quarta-feira, 14 de outubro de 2009

ODORES!

O odor da distancia
sulca as águas do Mar
esse odor da coisa dita
com o sentido de limitar

Odor com conteúdo
que muito bem compreendo
usado por muito poucos
no muito que vão fazendo

Odor vindo na maresia
do putrefacto das galés
ao tempo na travessia
dos acorrentados pelos pés

Odor trazido pela corrente
diferente no cheiro da maresia
dos corpos lançados á água
de gente que ao tempo morria


"grapilho"

terça-feira, 13 de outubro de 2009

A Fixed Idea

What torture lurks within a single thought When grown too constant; and however kind, However welcome still, the weary mind Aches with its presence. Dull remembrance taught Remembers on unceasingly; unsought The old delight is with us but to find That all recurring joy is pain refined, Become a habit, and we struggle, caught. You lie upon my heart as on a nest, Folded in peace, for you can never know How crushed I am with having you at rest Heavy upon my life. I love you so You bind my freedom from its rightful quest. In mercy lift your drooping wings and go.

"Amy Lowell"

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Tudo combinado

Com um posicionamento oficial que poderia ser considerado até mesmo desrespeitoso, por seu conteúdo que mistura o inverossímil e o irônico, o governo subestimou a inteligência da opinião pública brasileira, ao encarregar representantes do seu corpo diplomático de divulgarem que o presidente deposto de Honduras, Manoel Zelaya, se “materializou” na Embaixada brasileira naquele país, onde permanece acolhido.

Houve sim uma clara e prévia decisão política do governo brasileiro de abrigar Zelaya, não tendo sido, obviamente, mera coincidência o seu acolhimento na Embaixada às vésperas da Assembleia Geral da ONU, em Nova York, para a qual o presidente Lula já tinha um discurso preparado em defesa do presidente deposto e de sua recolocação no cargo. Estava tudo combinado.

O governo brasileiro não deveria estar se imiscuindo nos assuntos internos de outros países. E, antes de fazê-lo, deveria ter levado em consideração que Manoel Zelaya não fora deposto pelas armas, mas destituído do cargo por uma decisão da Suprema Corte e do Parlamento de Honduras. A medida se deveu à iniciativa de Zelaya de, desrespeitando a Constituição Federal seu país, querer realizar um plebiscito sobre a instalação de uma Assembleia Constituinte que se destinaria a reformar a Carga Magna hondurenha.

Estava tudo combinado. E o governo brasileiro não deveria estar se imiscuindo nos assuntos internos de outros países.


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