quarta-feira, 27 de julho de 2011

Madeira, o parque de diversões do PPD/PSD

Na última semana assistimos a mais um episódio do PPD/PSD Terceira sobre a recuperação dos Jardins do Palácio dos Capitães Generais, investimento orçado em cerca de um milhão de euros.
Mais do que discutir jardins, relvados e amores-perfeitos, folgo em saber que o outro PPD/PSD, o da Madeira, em informação veiculada pelo “jornal do regime”, vai gastar 8,6 milhões de euros + IVA em “(..) motivos decorativos, montagem e desmontagem das iluminações das festas de Natal, Passagem de Ano, Carnaval e Vinho Madeira.”
O esbanjamento de dinheiro insere-se na Festa de Natal e Passagem de Ano de 2011/2012, 2012/2013 e 2013/2014, nas Festas de Carnaval dos anos 2012/2013/2014 e nas Festas do Vinho Madeira dos anos 2012/2013/2014.
Fico a pensar que nove milhões de euros em mangueiras luminosas, serrilhas e arames deve dar para fazer da Madeira um mega parque de diversões… Para a festa ficar completa, só faltam os carrinhos de choque com aquela sirene maluca no fim de cada voltinha.

Rui Ataíde

segunda-feira, 25 de julho de 2011

MAIS UMA VERGONHA NACIONAL: Senhas de Presença do Dr. Jorge Sampaio - Fundação Cidade de Guimarães‏

ISTO ESTÁ UM INFERNO!

SÓ AINDA NÃO COMEÇOU A ARDER.

MAS, ESPERO QUE QUANDO COMEÇAR CONSIGA CALCINAR ESTES FILHOS DA mãe TODOS!

Para estes não há austeridade!
E ao que alguns destes pássaros ganham neste tacho há que juntar os vários Conselhos de Administração a que pertencem.
Assim de repente lembro-me que o antigo Presidente tem dois tachos na ONU e o Freitas do Amaral é vogal não executivo na Galp, onde recebe senhas de presença no valor de 3500 Euros por cada reunião!
Começo a estar preocupado com a lentidão do arranque dos trabalhos para saber quais são as Fundações, Institutos, Empresas Municipais e Parcerias Público-Privadas que vão ser extintas ou aglomeradas.
Durante as eleições não se prometeu outra coisa, mas agora, ninguém fala de tais promessas!
Ainda nos vai cair outro imposto em cima e nada de diminuição de despesas do Estado!
Quanto à Justiça, soube hoje, através da TV que um criminoso a cumprir uma pena de 24 anos teve direito a saídas precárias!!!
Claro que acabou por fugir!
E quem foi o responsável ou responsáveis por tal autorização?
Será que irão ser responsabilizados pela Ministra da Justiça?
Os Agentes das Forças de Segurança continuam a ser agredidos e os seus agressores a serem libertados.
Sabem de algum caso em que tenha dado lugar a punição efectiva? Eu, não.
E os criminosos com longo historial de roubos violentos e que são libertos aguardando em liberdade o julgamento, julgamento esse que nunca se realiza pois assim que são notificados desaparecem!

Continuamos a caminhada para este País se transformar numa República das Bananas!

José Morais da Silva


Assunto: Senhas de Presença do Dr. Jorge Sampaio - Fundação Cidade de Guimarães


ALGUNS DEMOCRATAS E CAMARADAS SOCIALISTAS
GRANDES PATRIOTAS E DEFENSORES DOS INTERESSES
DO PAÍS MESMO DEPOIS DE O FALIREM

 
É imperioso e urgente que o nº máximo possível de Portugueses tomem conhecimento destas vergonhas!!!
Verdadeiro crime social!!! (entre muitos outros).


Folha salarial da Fundação Cidade de Guimarães

Folha salarial (da responsabilidade da Câmara Municipal) dos
administradores e de outros figurões, da Fundação Cidade de Guimarães, criada para a Capital da Cultura 2012:


-  Jorge Sampaio - Presidente do Conselho de Administração:
14.300 € (2 860 contos) mensais + Carro + Telemóvel + 500 € por reunião
-  Carla Morais - Administradora Executiva
12.500 €  (2 500 contos) mensais + Carro + Telemóvel + 300 € por reunião
-  João B. Serra - Administrador Executivo
12.500 € mensais + Carro + Telemóvel + 300 € por reunião
-  Manuel Alves Monteiro - Vogal Executivo
2.000 € mensais + 300 € por reunião


Todos os 15 componentes do Conselho Geral, de entre os quais se
destacam Jorge Sampaio, Adriano Moreira, Diogo Freitas do Amaral e Eduardo Lourenço, recebem 300 € por reunião, à excepção do Presidente (Jorge Sampaio) que recebe 500 €.

Em resumo: 1,3 milhões de Euros por ano (dinheiro injectado pelo Estado Português) em salários. Como a Fundação vai manter-se em funções até finais de 2015, as despesas com pessoal deverão ser de quase 8 milhões de Euros !!!
Reparem bem: Administradores ganhando mais do que o PR e o PM !


Esta obscenidade acontece numa região, como a do Vale do Ave, onde o desemprego ronda os 15 % !!!

Alguém
acredita em leis anti-corrupção feita por corruptos?

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Governo Passos Coelho – Comediantes involuntários

Governo Passos Coelho – Comediantes involuntários


Lacaios, há-os para todos os gostos, vêm em todos os tamanhos. Uns, limitam-se a ser, silenciosa e tristemente, lacaios. Outros, fazem questão de mostrar que o são, lambendo as botas aos seus senhores... e fazendo votos de que estes sujem novamente as botas, para as poderem lamber de novo. Outros, finalmente, em cima de tudo isto, ainda pretendem ter graça. Explico-me. O ministro das “finanças” (soa toque de finados...), o Sr. Vítor Gaspar, numa intervenção qualquer num canal de televisão (sem link), perguntado sobre a razão porque não respondia a determinada questão, respondeu mais ou menos isto: «Não respondo por falta de vontade de responder, mas sim por ter muita vontade de responder... mas como esse tema não está na agenda desta reunião, tenho que controlar a minha tentação». ...e ficou parado, a olhar para os jornalistas, com aquela espécie de sorriso idiótico que faz fronteira entre uma piada e um fiasco. Entretanto, aproveitou para se gabar dos cerca de 180 segundos que os patrões europeus lhe deram para jurar a pés juntos que fará rigorosamente tudo o que eles mandarem... antes de o despacharem... ainda que, com uma «simpatia absolutamente inexcedível». Já o caso do primeiro-ministro é mais rebuscado. Prometeu e reitera a intenção de não se queixar da “pesada herança” do governo anterior... enquanto se vai queixando do «desvio colossal» que encontrou nas contas (deve ser ainda o mesmo “desvio” encontrado por Sócrates há seis anos). Trata-se, portanto, de uma espécie de comédia de enganos, género “Falar verdade a mentir”. Promete clareza, transparência e verdade... enquanto mente. Promete decisão e coragem (casos da privatização da RTP e da extinção de freguesias, por exemplo)... enquanto se acobarda. Promete não aumentar os impostos... enquanto na primeira oportunidade, decide roubar cerca de metade do subsídio de Natal a milhões de portugueses. Se não fossem sempre os mesmos a pagar os custos da montagem destas comédias governamentais, este “desvio colossal” da verdade e da mais básica vergonha na cara, até seria, vá lá... engraçadinho. Assim, francamente... 

Samuel Quedas

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Mercado não quer veado‏

veadoNos últimos tempos temos assistido aos apetites gastronómicos do Mercado, os quais se tem manifestado em parangonas como “Dívida: no primeiro leilão pós-PEC a procura superou a oferta” (i), “Leilão de dívida pública teve grande procura e juros a dez anos em baixa ligeira “ (Público) ou ainda “Dívida portuguesa com forte procura” (DN).
Apetites não se discutem e cada qual come o que bem entende mas, com um apetite assim voraz, sempre pensei que o Mercado acabasse por comer algum veado, não destes mas daqueles que a Câmara da Nazaré tinha posto à venda. É certo que pagar a pronto, ter alvará da Autoridade Florestal Nacional e possuir um documento atestando que o comprador teria condições para abrigar os veados é capaz de ter afastado um ou outro interessado. Mas não terão sido estas simples e universais condicionantes que terão impedido o Mercado de se satisfazer com estes belos cervídeos, sendo antes o seu gosto por lixo a determinante condicionante para esta ausência.
Mercado não quer veado, está visto, o que torna oportuno lembrar aquela velhinha anedota do Bocage quando ele entra no comboio e pergunta “- Um par de cornos, quem precisa?” e, perante a ausência de resposta, deixa sair entre dentes “- Está tudo servido”.

In: Aventar

A verdade sobre o sexo e os jovens na geração atual


http://hypescience.com/wp-content/uploads/2011/07/dita-von-teese.jpg

Não é preciso ser nenhum gênio para saber que a geração de hoje é muito mais avançada do que a passada – incluindo no sexo.

Então, se eles já não estão contentes com mais nada, e querem sempre mais, o que será do sexo daqui para frente? Tem que quebrar tabus, avançar a linha, para ser excitante? E agora que quase todos os tabus já foram quebrados, as pessoas com menos de 40 anos vão perder o interesse no sexo?

Erica Jong, que escreve sobre sexo, diz que em toda parte há sinais de que o ato tenha perdido seu “frisson” de liberdade. O sexo é menos picante quando não é proibido? O sexo em si pode não ter morrido, é claro, mas parece que a paixão sexual está quase.

É exagero dizer que a sociedade já não tem mais como avançar em matéria de sexo e perdeu o “frisson” por ele? O texto de Erica possui alguns críticos, como a escritora Erin Gloria Ryan, que acusa Erica de focar no pessoal de meia-idade, não nos jovens reais, e ignorar a descoberta de uma geração totalmente nova e fascinada pelo sexo.

Também, a escritora Tracy Clark-Flory chama o texto de Jong de apenas o mais recente em uma longa história de argumentos sobre como o sexo está sendo corrompido ou destruído.

Porém, há algo que Erica fala que deve ser levado em consideração. Ela não é a primeira a notar que casais – e mesmo solteiros – de todas as gerações encontram-se em uma espécie de “estagnação sexual”, perseguindo uma nova emoção, porque a última tinha se tornado entediante.

Agora que a grande nuvem digital proporciona todas as possíveis combinações eróticas, qual o próximo tabu que alguém deve quebrar, além de um tipo de rejeição desafiadora da exploração sexual?

As preocupações de Erica Jong podem ser corretas, mas ela está errada em algo: não há nenhuma “reação contra o sexo”, pelo menos não geral. Mulheres jovens não estão virando as costas para o sexo, mas se estão tendo prazer é outra história – será que estão encontrando a emoção estremecedora que costumavam ter ou querem ter?

Enquanto o pornô não está tão em alta, a erótica digital e gratuita (muitas vezes retratando os próprios usuários) tornou-se um passatempo padrão. Vendas de brinquedos sexuais continuam a subir e muitos desses compradores têm menos de 40 anos.

Ou seja, não há indicação de que mulheres mais jovens estão fazendo sexo com menos frequência. Mas também é verdade que há nostalgia de um povo com menos de 40 anos de uma época que eles nem viveram.

As pessoas cultuam ídolos que não eram de seu tempo, como Audrey Hepburn e Marlena Dietrich. Meninas de 18 anos dedicam tempo a ver fotos glamourosas de modelos do início dos anos 1960. A stripper retro Dita von Tease é um ícone de estilo mais de uma década depois de ter feito sucesso.

Mulheres jovens não estão rejeitando o sexo; estão desejando o glamour que costumava cercá-lo. Sexo agora está em todos os lugares e “não representa” mais nada. Já se foi a época em que o sexo era grande coisa…

Encontros sexuais sem remorso ou culpa ainda existem, mas as pessoas mais jovens parecem divididas. Elas gostam da liberdade, mas querem as melhores partes de épocas passadas, também. Elas querem que a sedução, a incerteza, a busca, não necessariamente a monogamia missionária; mas luvas brancas, pérolas e flerte com um uísque em um bar interessante não parece muito mais envolvente do que shots de Red Bull e vodka e uma rapidinha no estacionamento?

Há ainda outra coisa a considerar: uma certa quantidade de desilusão com o sexo não é tendência, é biologia. Nossos cérebros são projetados para procurar novidades. A quantidade de novidade que cada um de nós procura depende da nossa própria química. Quando não obtemos novidade o suficiente, ficamos entediados.

A geração sexual de hoje torna possível para todos nós obter qualquer forma de novidade sexual que desejar, a qualquer momento que quiser. Se você trabalhasse em uma sorveteria, e pudesse tomar todo o sorvete que quisesse, o que aconteceria logo no segundo dia de trabalho? Sim, você ia enjoar de sorvete.

 
Com a devida venia a MSN

segunda-feira, 11 de julho de 2011

OPART e ilegalidades‏

Exmos. Srs. Bloggers, Exmos. Srs. Contribuintes

Sou funcionário há já largos anos do agora designado OPART – Organismo de Produção Artística, EPE (entidade pública que engloba e gere o Teatro Nacional de São Carlos e a Companhia Nacional de São Carlos) e há muito tempo que assisto passivamente, e por receio pelo meu posto de trabalho e o dos meus colegas, a algumas ilegalidades que se vão praticando nesta instituição, especialmente nas alturas que antecedem às mudanças de governo como agora acontece. É público que os cargos do CA e das Direcções Artísticas deste organismo são feitas nomeações políticas. A última nomeação feita no OPART, e dada a conhecer a todos os seus funcionários, pela Directora de Recursos Humanos através da Comunicação Interna nº 08/2011 de 03 de Maio de 2011 (que tinha como “Assunto”: Nomeação) servia para “informar que o Dr. João Villa-Lobos se encontra a exercer funções de Vogal do Conselho de Administração do OPART, E.P.E., com efeitos desde 28 de Abril de 2011”. Mais adiantava que “brevemente o novo Vogal do Conselho de Administração realizará uma visita às instalações do OPART – E.P.E., acompanhado pelo Vogal do Conselho de Administração em funções, Maestro César Viana.
Por serem cargos de nomeação, e quem vive e trabalha diariamente nestas casas sabe-o melhor que ninguém, são cargos permeáveis a influências e pressões do poder político. Seja porque não se gosta de um DA e se quer colocar outro que gostamos mais, seja até para colocar um amigo do partido numa direcção de chefia intermédia ou mesmo como assessor de qualquer coisa. Tenha ou não competência, tenha ou não formação. Em todas as mudanças de legislatura se assiste a uma corrida interna contra o tempo para, afastar de certos cargos quem não partilha a cor política, para garantir o lugar a pessoas de proveniência dúbia e nem sempre cumprindo com a legalidade. Muito recentemente foi admitida no Teatro Nacional de São Carlos uma nova funcionária. Esta admissão deu-se após entrada na organização do Dr. João Villa-Lobos para membro do CA para suprimir a lacuna deixada pela demissão da anterior administração (para efeitos de praticar actos de gestão corrente, e até nomeação de novo governo e consequente novo CA; esses actos incluíam por exemplo pagamentos a fornecedores e salários; chegou-se até a temer que nesse primeiro mês não houvesse salários porque a sociedade é obrigada com duas assinaturas).
A excepção que a lei prevê para as contratações, num Governo/Conselho de Administração em regime de gestão corrente, são apenas aquelas sem as quais os organismos e entidades públicas não possam funcionar normalmente; que ponham em causa o normal funcionamento da instituição. A nova funcionária (Filipa Barriga) veio integrar os já e sempre existentes “Projectos Especiais/Educativos” do TNSC, então sob a alçada directa a Direcção de Marketing (ver, Ficha Técnica do programa de sala da ópera “Chapéu de Palha de Itália”, página 134 – a primeira produção de ópera onde consta o Dr. João Villa-Lobos como Vogal do Conselho de Administração. Esta contratação não seria de estranhar por várias razões. Não só não há conhecimento na organização de ter sido aberto concurso público ou mesmo colocado anúncio num jornal a recrutar uma técnica para este efeito, como, desde a sua contratação até ao dia de hoje ainda não houve uma Comunicação Interna assinada pelo CA ou pela DRH (um dos métodos pelos quais habitualmente se dá a conhecer ao público interno das movimentações de pessoal) ou mesmo uma apresentação formal por quem de direito a quem trabalha nestas casas.
Também não seria de estranhar se a existência da nova funcionária não tivesse sido ocultada internamente: nos corredores do São Carlos, toda a gente se refere à nova funcionária com muitas reservas, em tom de segredo, e tendo-lhe sido perguntado por várias pessoas, a própria idenditificou-se como sendo amiga pessoal do maestro César Viana, um dos membros do Conselho de Administração, desde os tempos de Belgais.
A juntar a isto, a nova contratada foi colocada, dias antes mesmo de entrar oficialmente ao serviço na organização (dia 1 de Junho), a ocupar um gabinete no nosso edifício da Rua Vítor Cordon (onde apenas uma pequeníssima parte dos serviços administrativos funciona), e onde a senhora ainda lá se encontra à data de hoje. Não obstante não se terem cumprido nenhuma das formalidades (escrita ou pessoalmente) de fazer constar que há uma nova pessoa que foi contratada (como é prática nesta casa), esta já integra o “Projecto Educativo TNSC” (entretanto desafecto à Direcção de Marketing) e como tal já consta na Ficha Técnica do programa de sala da ópera “Carmen”, página 122, em cena no palco do São Carlos – a segunda produção de ópera onde consta o Dr. João Villa-Lobos como Vogal do Conselho de Administração. Só ainda não fizeram a devida actualização na Ficha Técnica do Site do São Carlos, nem actualizaram a categoria, no respectivo departamento, do colega que foi despromovido.
Esta contratação também não seria grave se não coincidisse com a não renovação de contratos a termo certo nas últimas semanas (pela grave situação financeira do teatro e necessidade de reduzir pessoal), com a decisão de “cessar as funções” de cargos de chefia intermédios, ”com efeitos imediatos” e despromovendo-os “às funções correspondentes a Técnico”, assim como de decidir que “os colaboradores afectos à referida direcção passem a reportar directamente ao Conselho de Administração, aos Directores artísticos e/ou a qualquer pessoa que qualquer daqueles para tanto incumba” (este é o teor da Comunicação Interna Nº 11/2011 de 09 de Junho de 2011, assinada e enviada pelo Vogal do Conselho de Administração – João Villa-Lobos – para todos os endereços de e-mail de todos os trabalhadores do TNSC/CNB).
Porque o Conselho de Administração não é dono do OPART, e porque o Teatro Nacional de São Carlos e a Companhia Nacional de Bailado ainda são entidades públicas e, por isso mesmo, de todos nós, nós que descontamos e pagamos impostos para continuar a haver ópera e bailado, é que vos venho pedir que investiguem estas contratações que, pela forma como estão a ser geridas, indiciam ilegalidades. Que se questione a Ministra da Cultura, sobre as instruções que tem dados nos últimas meses e nas últimas semanas ao OPART nas várias vezes que tem chamado o CA ao Ministério nas últimas semanas ou nos vários encontros tidos pessoalmente e ao telefone entre o CA e o ex-Director Adjunto de Espectáculos do São Carlos – Dr. Nuno Pólvora, destacado para assessor da Sra. Ministra nesta última legislatura -, que se questione o Dr. João Villa-Lobos e o Maestro César Viana sobre a legalidade da gestão de todo este processo de contratação da funcionária Filipa Barriga, numa época em que são pedidos sacrifícios aos portugueses. Infelizmente esta é uma prática corrente nesta casa, muito em especial no São Carlos, há largos anos. Eu já fiz o que podia (e mais não posso por recear o meu posto de trabalho e represálias internas). Agora é a vossa vez: não deixem morrer o assunto e investiguem, por favor.
Enviado pelo leitor Carlos a 14 de Junho de 2011.

In: Avatar

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Quando não há assunto : Independência da Madeira, já!

“Perplexo” por José Couto Nogueira
A situação é de deixar qualquer um de boca aberta…

Em termos jornalísticos, é um bocado pobre fazer um artigo sobre Alberto João Mugabe Jardim. Quer dizer, quando não há assunto, é fácil ir buscar as declarações do soba da Madeira, que são sempre impressionantes e dão pelo menos uma manchete apelativa. Além disso qualquer publicação é um serviço que se lhe faz: é para aparecer que ele diz o que diz, e pelos vistos dá sempre resultado. Contudo, as últimas declarações de Mugabe Jardim levantam uma boa ideia.
O que aconteceu foi que o Flama, movimento independentista da Madeira, colocou várias bandeiras em locais bem visíveis do Funchal. Jardim foi do movimento quando ele nasceu, na época do 25 de Abril, por causa do susto dos madeirenses com o perigo comunista no Continente. E esta colocação, comemorativa dos 35 anos do movimento, certamente que não aconteceu sem a sua autorização, senão autoria. Oficialmente diz que não tem nada a ver com o assunto e acrescenta que também não os vai proibir:
“Se há casamentos gay, também pode haver pessoas que pensem a favor da independência!” E mais outra: “Se há partido comunista, também pode haver partido autonomista”.
O Flama quer um referendo sobre a independência da Madeira, mas Mugabe Jardim, que até gosta da ideia, acha que “neste momento não iria representar uma melhoria de condições de vida para os madeirenses.” Pois não. Sem o dinheirinho que vai daqui para a Madeira, certamente que eles ficariam pior. E nós, no continente, melhor.
Talvez seja a altura, agora que se estão a tentar reformas profundas do sistema, de fazer o tal referendo. Só que não como o Mugabe Jardim e os tipos do Flama estão a pensar.
Não senhor. Tem de se fazer um referendo sobre a independência da Madeira aqui no continente. Nós é que temos de decidir se queremos continuar a sustentar um regime paternalista que nos custa milhões, a troco de insultos do soba.
Aposto que o sim ganhava!
Ir ao blogue:
http://perplexo.blogs.sapo.pt/

quarta-feira, 6 de julho de 2011

A estupidez humana...

Albert Einstein disse que só há duas coisas infinitas: o universo e a estupidez humana, acrescentado que, quanto ao primeiro, tinha as suas dúvidas. Vem isto a propósito de, em Portugal, nos dias que correm, só haver uma coisa absolutamente certa: para 90% dos portugueses, o dia de amanhã vai ser pior que o dia de hoje. Há décadas, aliás, que é assim.

Perante um eleitorado incapaz de discernir de acordo com a realidade – ou seja: quem (que pessoas e partidos) conduziu o país à situação em que se encontra, que políticas conduziram ao desastre – e, consequentemente, exigir soluções que invertam essa situação, cerca de 70% dos que ainda votam fazem-no por dois motivos fundamentais: apoiar o partido dos seus afectos, ao qual tudo justificam e aplaudem; derrotar o seu principal opositor, ao qual tudo condenam, mesmo que sejam as práticas políticas – e respectivos resultados – que suportam e justificam no seu.

Em consequência desta absoluta imbecilidade, a vida da maioria dos portugueses, incluindo os tais 70% de eleitores masoquistas, tem vindo a transformar-se num inferno. Paralelamente – e de forma absolutamente perversa e cínica – o poder instalado, pelas vozes e penas de que dispõe em toda a comunicação social, que lhe pertence ou domina, esforça-se por difundir a ideia de que a situação actual do país resulta precisamente do facto de a maioria dos portugueses viver acima das suas posses. Terem muitos «direitos adquiridos». Tenta-se, assim, convencer a população a aceitar, passivamente e de bom grado, os cada vez maiores sacrifícios que lhes são impostos e, principalmente, que não perceba que a resolução da crise não é mais que um mero processo de transferência dos cêntimos que possam existir nos bolsos de milhões de pessoas para as carteiras, contas, cofres e “offshores” de quem domina, de facto, o país: os detentores do poder económico nacional e multinacional.

Como se sabe – alguns fingem que não sabem, e nem gostam que se fale nisso –, Portugal é um paradigma das desigualdades sociais, dos baixos salários e pensões, da pior repartição da riqueza, das piores prestações sociais, do menor peso dos encargos com salários nos custos de produção, enfim, um país onde a miséria alastra de forma assustadora. Mas é um país onde os «direitos adquiridos» das elites fazem inveja aos seus pares por essa Europa fora, ou mesmo ao presidente Obama e ao responsável pela Reserva Federal Norte-Americana. Enfim, algo com que os 70% que votam PS e PSD convivem muito bem, coisa que já não acontece com os «direitos adquiridos» da classe de explorados a que a maioria deles pertence.

Estribado nesta absurda realidade, que Einstein explicou divinalmente, o PSD prepara-se para rapar o fundo ao tacho. Parte do Subsídio de Natal já lá vai. Levado na onda anestésica de um novo ciclo eleitoral (no «agora é que vai ser!») e no enorme suspiro de alívio que foi correr com Sócrates, o pagode vai ser sugado sem dó nem piedade, na crença vã – e estúpida – de que vem aí algo de novo e de melhor.

Daqui a quatro anos estarão a votar em Assis ou Seguro. Mais pobres, mais pindéricos, mas cheios de esperança.





(João Carlos Pereira)

sexta-feira, 1 de julho de 2011

A novela de DSK‏


O que os americanos não seriam capazes de fazer para esconder a fraude que é a sua economia!!!

Na manhã de 14 Maio, o dia em que foi preso, Dominique Strauss-Kahn (DSK) tinha sido aconselhado pelos
serviços secretos franceses (DGSE) a abandonar os EUA e regressar rapidamente à Europa, descartando-se do
telemóvel para evitar que pudesse ser localizado. A delicadeza da informação secreta que lhe tinha sido entregue
por agentes "d...elatores" da CIA justificava tal precaução.

Strauss-Kahn tinha viajado para os Estados Unidos para clarificar as razões que levavam os norte-americanos
a protelar continuamente o pagamento devido ao FMI de quase 200 toneladas de ouro. A dívida, com
pagamento acordado há vários anos, advém de ajustes no sistema monetário - "Special Drawing Rights" (SDR's).
As preocupações do FMI sobre o pagamento norte-americano ter-se-iam avolumado recentemente. Nesta viagem
Strauss-Kahn estaria na posse de informação relevante que indiciava que o ouro em questão já não existe nos
cofres fortes de Fort Knox nem no NY Federal Reserve Bank.

Mas Strauss-Kahn terá cometido um erro fatal: ligou para o hotel, já da plataforma de embarque, pedindo que o
telefone lhe fosse enviado para Paris, o que permitiu aos serviços secretos americanos agir nos últimos minutos.
O resto dos factos são do conhecimento público.

Já em prisão domiciliária, em Nova Iorque, DSK terá pedido ajuda ao seu amigo Mahmoud Abdel Salam Omar, um
influente banqueiro egípcio. Era muito importante, para fundamento da defesa, que o egípcio lhe conseguisse obter
a informação privilegiada sobre a "mentira" do ouro, que DSK tinha deixado "voar" em NY, para justificar a teoria
da perseguição. No entanto a intervenção voluntariosa do banqueiro egípcio saiu gorada. Dias depois Salam Omar
foi igualmente preso nos Estados Unidos, também ele acusado de assédio sexual a uma empregada de hotel.
Relatórios de diferentes serviços secretos internacionais convergem na conclusão: os factos que motivaram a prisão
do egípcio são altamente improváveis, Salam Omar é um muçulmano convicto e um homem com 74 anos de idade.

A inversão de sentido na história da suite do Sofitel de NY começava aqui a ganhar consistência e outros factos
viriam ajudar.

Em Outubro de 2009, Pequim terá recebido dos EUA cerca de 60 toneladas de ouro, num pagamento devido pelos
americanos aos chineses, como acerto de contas no balanço de comércio externo.
Com a entrega, Pequim testou a genuinidade do ouro recebido tendo concluido que se tratava de "ouro falso".
Eram barras de tungsténio revestido a cobertura de ouro. As 5.700 barras falsas estavam devidamente identificadas
com chancela e número de série indicando a origem - Fort Knox, USA.
O congressista Ron Paul, candidato às eleições presidenciais de 2012, solicitou no final do ano passado uma auditoria
à veracidade das reservas do ouro federal que foi rejeitada pela administração Obama.
Numa entrevista recente, questionado sobre a possiblidade de ter desaparecido o ouro federal de fort Knox, o
congressista Ron Paul gelou os interlocutores respondendo liminarmente: "É bem provável!"

À "boca fechada" têm vindo, aqui e ali, a escapar informações, a avolumar-se incertezas sobre as reservas de ouro
norte-americanas. Mas as notícias referentes aos fortes indícios que de o ouro seja apenas virtual têm colhido uma
tímida atenção na comunicação social americana.

A "verdadeira história" por detrás da prisão de DSK, agora pública, consta de um relatório secreto preparado pelos
serviços de segurança russos (FSB) para o primeiro-ministro Vladimir Putin. Talvez por isso Putin tenha sido o primeiro
lider mundial a assumir publicamente a ideia de que DSK terá sido "vítima de uma enorme conspiração americana".

Estes factos, a confirmarem-se, em nada ilibam DSK na suspeição que sobre si recai do eventual crime de assédio
sexual a uma empregada do hotel mas, quem sabe, essa possa revelar-se como a pequena e ingénua ponta de um
grande iceberg.
A ser verdade, os serviços secretos norte-americanos, seguramente bem informados, terão sabido tirar partido das
fraquezas do inimigo-alvo, aniquilando-o com eficácia cirurgica - um pequeno crime de costumes, tão ao gosto do
imaginário popular, pode bem ter contribuido para abafar crimes de contornos bem mais sérios, por eliminação de
testemunha ou de prova.

Entretanto DSK prepara activamente a defesa em tribunal arregimentando já um verdadeiro "crack team" de
ex-espiões da CIA, investigadores, detectives e media advisors.