quarta-feira, 30 de abril de 2008

OBITUARIO – 01 de Maio de 1994 a 2008-05-01


É bom recordar aqueles que por alguma razão nos tocaram especialmente ao longo da vida.

Neste dia 01 de Maio de 1994, morre, vitima de acidente de viação, no circuito automóvel de Imola, em Itália, o para mim, maior piloto de formula um de todos os tempos, Ayrton Senna da Silva.

Simplesmente o meu grande ídolo do automobilismo. Depois dele só recordações...

Passaram 14 anos, mas parece que foi hoje!!!

Obrigado Senna...

http://www.geocities.com/MotorCity/1323/

ESTRANHOS NO PARAISO

Para muita gente, cinema minimalista são aqueles filmes de Andy Warhol onde nada acontece. Como “Sleep” (1963), mostrando durante seis horas, sem cortes, um cara adormecido numa cama, ou “Empire” (1964), mostrando durante oito horas a mesma imagem imóvel do Empire State Bulding. (Eu radicalizaria esse minimalismo: bastaria um segundo, ou um fotograma, para cada filme desses). Obras assim, no entanto, fazem parte de um capitulo especial do cinema, são filmes de artista plástico, cuja função é propor e discutir conceitos vanguardistas. Estão na mesma prateleira dos filmes de Yoko Ono e companhia.
Mais interessante do que isso são os filmes minimalistas com formato do cinema comercial: com historia, cenários, personagens, diálogos, ação, mas tudo reduzido ao mínimo, ao essencial. Cineastas como Robert Bresson, Eric Rohmer, John Cassavettes, Godard, Julio Bressane, fizeram filmes assim. Dias atrás vi um exemplar que não conhecia: “Estranhos no Paraíso” de Jim Jarmusch (1984), um filme que na época do seu lançamento fez um sucesso enorme, e ao qual não dei muita atenção.
O titulo original é “Stranger Than Paradaise”, ou seja, “Mais estranho que o Paraíso”. Para mim, é comose o diretor dissesse: “Num filme besta como este acontecem mais coisas do que num filme de James Bond ou Indiana Jones” Willy é um jovem imigrante húngaro, morando em Nova York numa quitinete minúscula. Ele recebe por alguns dias a visita indesejada da sua prima Eva, que vem de Butapeste. Willy vive de ganhos no pôquer com seu amigo Eddie, e de apostas em corridas de cavalos. Depois que Eva vai morar com uma tia em Cleveland, eles pegam um carro emprestado e vão fazer-lhe uma visita. Num repente , decidem levar a moça para conhecer a Florida.
O filme consta de uma serie de planos sem cortes, geralmente com a câmara imóvel do começo ao fim (em alguns planos, a câmara se desloca acompanhando um personagem que caminha). Cada plano é separado do anterior e do seguinte por alguns segundos de tela escura (ruídos, vozes e musica se fundem aos da cena seguinte). Parece um filme feito em estrofes, em unidades fechadas, independentes. O trio de atores não faz esforço algum para dar as suas linhas de texto. A interpretação é naturalista, descontraída, ainda que os atores passem a maior parte do tempo em silencio enquanto a câmara roda.
Filmes como “O Senhor dos Anéis” ou “2001, uma Odisséia no Espaço” são como grandes concertos orquestrais que nos inundam de estímulos e nos transportam para outro universo. Mas assistir a filmes como “Estranhos no Paraíso”, e os dos outros diretores citados acima, nos coloca de frente com a essência do cinema. É como assistir a um show “voz e violão”, as canções nuas, em preto e branco, sem orquestra, sem efeitos. É um cinema mínimo e essencial, a história incomum de gente comum, a historia imprevisível de vidas rotineiras, a historia verdadeira de gente inventada.

‘Braulio Tavares’

HÁ SEMPRE ALGUÉM

O mundo inteiro está cheio de pessoas.
Há pessoas caladas que precisam de alguém para conversar.
Há pessoas tristes que precisam de alguém que s conforte.
Há pessoas tímidas que precisam de alguém que as ajude a vencer a timidez.
Há pessoas sozinhas que precisam de alguém para brincar.
Há pessoas com medo que precisam de alguém para lhes dar a mão.
Há pessoas fortes que precisam de alguém que as faça pensar na melhor maneira de usarem a sua força.
Há pessoas habilidosas que precisam de alguém para ajudar a descobrir a melhor maneira de usarem a sua habilidade.
Há pessoas que julgam que não sabem fazer nada e precisam de alguém que as ajude a descobrir o quanto sabem fazer.
Há pessoas apressadas que precisam de alguém para lhes mostrar tudo o que não tem tempo para ver.
Há pessoas impulsivas que precisam de alguém que as ajude a no magoar os outros.
Há pessoas que se sentem de fora e precisam de alguém que lhes mostre o caminho da entrada.
Há pessoas que dizem que não servem para nada e precisam de alguém que as ajude a descobrir como são importantes.
Precisam de alguém.
Talvez de ti...

‘Leif Kristiansson’

OS TRES VENENOS

O sofrimento da humanidade origina-se de várias causas, sendo umas mais perniciosas que outras, devido à potencialidade que têm de inocular no organismo doses fatais de benefício. Desses venenos, três destacam-se como principais veículos condutores da dor, do sofrimento e da desgraça na face da terra: o apego, o ódio e o rancor.
Quantos de nós: já ouviram: alguém falar assim:
- Eu sou muito apegado aos meus bens, à minha esposa, que são os meus amores.
O vocábulo apego empregado nesse tom pode afastar-se do seu significado mais puro: de afeição de amizade.
Pode ser compreendido como um sentimento de domínio, de posse doentia, vinculado à satisfação e felicidade próprias, não à da pessoa amada, nem à preservação do patrimônio herdado ou adquirido. Pode ser ainda interpretado como um mal sem medida, não se confundindo, por isso, com o afeto ou com o amor. Estes somente estarão presentes numa relação que busca felicidade e alegrias mútuas.
As ações violadoras das mensagens da paz, da concórdia, do desejo de partilha com o irmão o pão de cada dia são causas desencadeadoras de efeitos futuros dolorosos. Persistir nesses caminhos não-virtuosos é o mesmo que adubar e aguar a semente da lei do retorno sombrio.
Os caracteres opacos são refratários a todo o ato do bem. Exalam ódio e rancor contra tudo o que os contraria; contra tudo que ocupa um espaço que crêem seus. Neles, ódio e rancor são causas confluentes de terríveis perversidades; de aversões profundas a determinadas pessoas, com inimizades tantas vezes não manifestadas, mas alimentadas, no intimo, com alto grau de ressentimentos.
Nos opacos, ódio e rancor tendem a crescer com adorno de espinhos. Mas, vencê-los é preciso, com a razão, mediante o controle e expurgo dessas causas viróticas, cortando-as pela raiz.
A felicidade somente chegará à porta dos opacos, quando estes adotarem um modo justo de agir, liberto da vingança, de ódio e de rancor. Aí, sim, encontrarão um ideal superior e sua fisionomia pura. Aí sim, serão finalmente, alguém.

‘Onélia Queiroga’

THE WORLD A MIST

The roaring alongside he takes for granted, and that every so often the world is bound to shake. He runs, he runs to the south, finical, awkward, in a state of controlled panic, a student of Blake. The beach hisses like fat. On his left, a sheet of interrupting water comes and goes and glazes over his dark and brittle feet. He runs, he runs straight through it, watching his toes. --Watching, rather, the spaces of sand between them where (no detail too small) the Atlantic drains rapidly backwards and downwards. As he runs, he stares at the dragging grains. The world is a mist. And then the world is minute and vast and clear. The tide is higher or lower. He couldn't tell you which. His beak is focussed; he is preoccupied, looking for something, something, something. Poor bird, he is obsessed! The millions of grains are black, white, tan, and gray mixed with quartz grains, rose and amethyst.

Elizabeth Bishop

domingo, 27 de abril de 2008

BRASIL – FALSAS VERDADES QUE SE ESPALHAM

‘Metade das brasileiras acredita que maturidade deve banir unhas compridas, salto alto e cores vibrantes’

Uma pesquisa mostra que é comum o habito de classificar os grupos em tipos. Mulheres com mais de 40 nos devem manter o cabelo curto. Louras são burras. Idosas são fofoqueiras. Homens não choram. Obesos são preguiçosos. Segue por ai uma extensa lista de idéias prontas, verdades definitivas compartilhadas por grande parcela da população.
É comum o hábito de generalizar e classificar os grupos em tipos. Essas crenças, conhecidas como estereótipos, são produto de uma série de circunstancias históricas, geográficas, sociais e econômicas, de acordo com o professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), autor do livro Psicologia social dos estereótipos, Marcos Emanoel Pereira.
O especialista esclarece que uma das principais constatações da psicologia social é a de que, ao interagir, as pessoas levam em conta não só o que estão vendo e ouvindo, mas o conhecimento que dispõem sobre o grupo ao qual pertence a outra pessoa. Por vezes, os estereótipos emergem sobre a forma de anedotas, cujo alvo pode ser mulheres, estrangeiros, crenças religiosas ou até profissões. O humorista brasiliense Cláudio Falcão, pai das personagens Mary, Berenice e Goreti, reconhece a importância da construção de tipos para o humor, levando ao extremo suas peculariedades como, por exemplo, o vocabulário “tipo assim” da adolescente Mary. “Os excessos se tornam engraçados”, diz Falcão.
Apesar de serem menos notados, também existem estereótipos positivos, como a idéia de que todos os japoneses são engenhosos. Assim, em algum momento da vida, as pessoas acabam sendo catalogadas. Algumas admitem que já tiveram medo de serem rotuladas por causa da aparência física. Um exemplo é o da arquiteta Flávia Ramos. Loura natural, é uma profissional de sucesso que rejeita a idéia de que é possível julgar uma mulher pela cor de seus cabelos.
No inicio dos anos 1990, a música Lôraburra, de Gabriel, O Pensador, era um sucesso de execução nas rádios. “Loraburra, cê não passa de mulher objeto”, dizia a letra. A canção incomodava a dedicada e inteligente universitária Flávia Ramos. Então com 16 anos e cursando a faculdade de arquitetura, ela temia que os colegas pudessem relacioná-la ao hit. “Ficava com medo de as pessoas acharem que eu era burra porque era loura”, relembra. Aos 30 anos, Flávia coordena o trabalho de uma equipa de oito homens e nunca foi rotulada no meio profissional.
A arquiteta conta que morou por três anos nos Estados Unidos e, por lá, os preconceitos estão mais vinculados à beleza feminina. Ou seja, toda a mulher bonita, em principio, é incompetente. Flávia reconhece que, às vezes, percebe que as pessoas se surpreendem com a sua trajetória profissional, como se a substimassem previamente. No entanto, em sua opinião, as crescentes conquistas femininas no mercado de trabalho estão reduzindo o espaço para esse tipo de idéia. Ela ressalta que muitas vezes os preconceitos são acentuados por causa das atitudes de celebridades que sobrevivem às custas da imagem. “Isso acaba reforçando alguns estereótipos”, avalia.
Como nascem os estereótipos Solange acha absurdo quem acredita que depois dos 40 anos a mulher tem que manter o cabelo curto.
Criar tipos é um processo individual e ocorre quase sempre de forma automática. ,as é difícil rastrear em nossa história pessoal como essas idéias nascem. Uma parte dessas crenças foi aprendida ao longo da vida. “É impossível imaginar uma categoria social que não seja alvo de algum tipo estereotipado”, explica o psicólogo Marcos Emanoel Pereira. De certa forma, os estereótipos simplificam a realidade, o que acaba criando convenções, como a de que mulheres depois dos 40 anos devem manter os cabelos curtos. A pesquisa, A beleza amadurece, da Dove, feita com 1.450 mulheres de 50 a 64 anos, em nove países, mostra que as brasileiras acreditam que na maturidade devem banir unhas compridas 44%, roupa de cor vibrante 46% e maquiagem 48%.
A gerente administrativa Solange Brasil Tourinho, que não revela a idade, admite já ter ouvido de muitas pessoas que os cabelos curtos rejuvenescem.

‘Erica Andrade’

sexta-feira, 25 de abril de 2008

O GOSTO DA ALMA

Sim, como seria mesmo este país liberado ao uso da maconha?
Se os senhores me dão licença, é o que eu gostaria de saber.
Eu somente, não. Os que vierem depois de mim, os tetranetos que nem ao menos conhecerei. São esses, principalmente esses, que deveriam ser consultados sobre um país legislado por mim e pelos meus contemporâneos.
Um país em que se pode fumar maconha livremente.
Antes de opinar sobre o imperativo da lei do uso, penso que seria razoável refletir sobre o poder do costume.
Caso venha a ser aprovada, a Lei da Maconha vai entrar pela porta da frente das nossas casas, revogando usos e costumes seculares em nossas famílias. O primeiro deles tem cara de pai e mãe.
Antes de acatar a lei, antes de dar a ordem, pai e mãe têm que dar o exemplo.
O cigarro de maconha que está na gaveta do armário do casal por certo ficará também liberado ao uso do filho que se espelha no exemplo do pai.
Não pode ser diferente.
Tal pai, tal filho.
Até compreendo o argumento legalista daqueles que propõem a descriminação como forma de eliminar definitivamente o tráfico. Indiscutivelmente, havia de ser um duro golpe nos negócios de certos traficantes.
Mas estariam definitivamente escancaradas todas as vias de acesso às outras drogas rotuladas de “mais pesadas”, do gênero heroína e cocaína, além das sintéticas da família das anfetaminas, das aparentadas do ecstasy e até do crack, por que não?
A prevalecer esse tipo de raciocínio, nada mais aceitável e compreensível do que a celebração da propina nos negócios públicos, desde que disciplinado em lei...
Por mais que Montesquieu tenha insuflado espírito nas leis, jamais conseguiu encontrar alma num texto legal.
Pois em, antes de circular pelas veias, o principio ativo de qualquer droga lateja na alma humana, revelando anjos e demônios que a lei no consegue sofrear.
Afinal, onde pretendem travar esse debate?

‘Luiz Augusto Crispim’

NÃO ACREDITE EM VITÓRIA SEM ESFORÇO

Quando uma coisa para você ou para os outros parece fácil demais, desconfie. Não há vitória sem esforço, sem dedicação, sem comprometimento, sem entusiasmo. Estamos falando claro, das vitórias que valem a pena, que são profundas.
Às vezes ouvimos historias tão encantadoras de coisas que foram conseguidas com tanta facilidade que ficamos pensando:
“Será que as coisas difíceis são só para mim? Tudo o que consegui foi com muito esforço e para os outro as coisas parecem ser fáceis”.
Quando você tiver esta sensação, desconfie das histórias que lhe contaram. Nada é tão fácil para ser conseguido.
O sucesso demanda muita dedicação, afinco, perseverança e, sobretudo, tempo e paciência. Na grande maioria das vezes, as pessoas que alcançam sucesso lutam e lutam muito para conseguir chegar aonde chegaram, para ter o que têm hoje. Erraram muitas vezes, não desistiram, persistiram, tiveram uma dedicação superior à causa em que acreditavam.
Lembre-se que nada é impossível! Mas lembre-se também que nada cai do céu sem a sua participação efetiva e seu comprometimento.

‘Brígida Brito’

NA PRAIA CONTIGO... SEM TI

Ontem, fui à praia de noite.
Ouvi o respirar da lua, ensurdeci
Com o rugir das ondas, envolvi-me
Com a areia gelada e o vento soprou
Meigo no meu pescoço. Arrepiou-me e
Invejou a acalmia dos teus beijos.
Disse-lhe, quisera eu sentir-te aqui e agora.
Ameacei-o se te afastasse de mim, se soprasse
A sombra das tuas lembranças para além
De um toque de pestanas. Não se tranqüilizou.
Enfureci-o e, ciumento, ralhou com os meus caracóis
Que te reclamavam ferozmente. Enrosquei-me
No casaco que teimava em substituir-te. Pintei
Na lua o teu rosto, calquei na areia o teu nome - que me sorriu -
Repeti-o até o meu coração sangrar de tanto te gritar.
Ao lado do teu escrevi o meu. Talvez assim, pelo menos ali,
Quisesse o destino ver-nos juntos. Como a sede de um rio
Em busca da foz, o mar correu na minha direção
E levou-os de mãos dadas. Para onde…não sei.
Mas sei que nem a fúria de uma mãe em defesa da cria
Te arrancam de mim. Pelo menos, do meu coração.

In: Gosto e contragosto

SHINE A LIGHT

Até á algumas semanas atrás, os fãs dos Rolling Stones puderam ver, na tela grande, os quatro rapazes de Londres em tamanho GGG. ‘Shine a Light’, magistralmente dirigido por ganhador do Oscar, Martin Scorsese durante duas apresentações no belo Beacon Theater de Nova York, em Outubro de 2006, traz o reportorio peculiar. Não é registro ao vivo da turnê Bigger Bang, mas um apanhado dos 40 nos de carreira dos Rolling Stones. A grande falta cometida por Scorsese é não manter, na versão de cinema os números “Painti it black”, “I’m freee” e a belíssima “Shine a light”, tocada nos créditos do filme.

A trilha, em CD duplo, ao menos compensa os deslizes, trazendo-as junto com “Little T&A”. No mais, é o fonografo do filme, com números como “Jumping Jack Flash”, “Tumbling Dice” e, claro, “I can’t get no Satisfction”, entre 24 faixas lançadas pela Universal Music.

(AC)

A CIDADE DOS VIDROS

Sob a chancela da “Coleção Negra – noir europeu”, estão a ser editados alguns títulos dos mais representativos da literatura policial contemporânea. Um dos mais recentes lançamentos, é ‘A Cidade dos Vidros’, de autoria do escritor islandês Armaldur Indridason. O romance é aberto com a descrição da cena de um crime de um senhor chamado Holberg, de 70 anos.

Acompanhamos o processo de investigação, as pistas e a narrativa vai nos encaminhando, nos enredando em um ritmo que faz com que tenhamos vontade de continuar com o livro para desvendar toda a trama.

As pistas vão sendo lançadas e o leitor vai fazendo juntamente com o narrador um processo de investigação, analisando os clichês do gênero, os possíveis desvios que o autor tenha porventura ‘plantado’ para nos despistar, a nós, leitores.

A IMPORTÂNCIA DO SILÊNCIO

O silencio é necessário em muitas ocasiões, mas é preciso sempre ser sincero; pode-se reter alguns pensamentos, mas no se deve camuflar nenhum. Há maneiras de calar sem fechar o coração; de ser discreto sem ser sombrio e taciturno; de ocultar algumas verdades sem as cobrir de mentiras.
Só se deve deixar de calar quando se tem algo a dizer que valha mais do que o silencio.
O tempo de calar deve sempre vir em primeiro lugar; e nunca se pode falar quando não se aprendeu antes a calar. O homem nunca é tão dono de si mesmo quanto ao silencio. Fora dele, parece derramar-se por assim dizer, para fora de si e dissipar-se pelo discurso; de modo que ele pertence menos a si mesmo do que aos outros.
Quando se tem uma coisa importante para dizer, deve prestar a ela uma atenção muito especial: é necessário dizê-la a si mesmo e, depois de tal precaução, voltar a dizê-la, para evitar que haja arrependimento quando já não se tiver o poder de voltar atrás no que se declarou.
Quando se trata de guardar segredo, calar nunca é demais; o silencio é então uma das coisas em que, geralmente, não há excesso a temer.
O silencio muitas vezes passa por sabedoria em um homem limitado e por capacidade em um ignorante.
A característica própria de um homem corajoso é falar pouco e executar grandes ações. A característica de um homem de bom senso é falar pouco e dizer sempre coisas razoáveis. Não há menos fraqueza ou imprudência em calar, quando se é obrigado a falar, do que leviandade e indiscrição em falar, quando se deve calar.

‘Joseph Antoine T. Dinouart’

terça-feira, 22 de abril de 2008

AMAR

Amar só pode quem se esquece.
Amar só pode quem merece.
Amar só pode quem sofreu,
Cresceu e perdoou.
Caiu e levantou.

Amar é ter serenidade.
É sentir felicidade.
No aceitar o que há de ser.

Amar é lutar pela verdade,
Mantendo a dignidade,
Construindo o crescer.

Amar é o buscar da
Claridade
É viver a liberdade,
De prender-se no dever.

Amar é espalhar fraternidade,
Dando luz à humanidade
Construindo o crescer.

Amar é a fé que se agiganta
Quando o véu se levanta,
Pelo esforço do vencer.

Amar é fruir a esperança,
Na tomada de consciência
No descobrir do próprio ser.

Marisa Cajado

AS RUGAS DOS MEUS SONHOS

Essas rugas que trago no meu rosto
e o cansaço em meus olhos saudosistas,
não afetam meus sonhos memoristas
nem refletem razoes de algum desgosto.

São marcas indeléveis do entreposto
do tempo, em contratempos alcovistas,
envolto em vultos de infindais conquistas,
que se foram nas sombras do sol-posto.

Em nada afetam de meu rosto as rugas,
nem meu olhar perdido em mansas fugas,
a idade em meus sonhos não influi.

Se nas horas dos dias de crescer
eu sonhava com o que queria ser
hoje sonho em ter sido o que não fui.

‘Ronaldo Cunha Lima’

TOOTSIE

Quando o American Film Institute fez uma pesquisa para eleger as melhores comédias do cinema americano, ‘Tootsie’ (1982) ficou em segundo lugar. Não é para menos. O filme é muito engraçado, mas não é pela quantidade de risadas que ‘Tootsie’ lançou essa posição – mas também pela narrativa inteligente e as ótimas atuações do elenco.

Naturalmente, o destaque é Dustin Hoffman, num ‘tour-de-force’ antológico como o ator que finge ser mulher para conseguir uma vaga de atriz em uma novela de TV.

O filme ainda tem Jéssica Lange como a colega por quem Hoffman se apaixona, Charles Durning (como o pai dela, que se apaixona pela atriz que Hoffman finge ser), Teri Garr e os iniciantes Geena Davis e Bill Murry.

O filme foi relançado em DVD recentemente numa ótima edição dupla.

(RF)

DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DO AMOR

Considerando ser o Amor
o maior de todos os agentes de
Utilidade Pública,
PROCLAMA-SE O QUE SEGUE:

Artigo 1º
O Amor pode apropriar-se de todo e qualquer coração,
com ou sem anuência do dono.

Artigo 2º
Em presença de sentimentos inferiores, tais como a raiva, o ódio e o ressentimento, ao Amor é permitido julgá-los e extraditá-los sem direito a reconsideração da pena.

Artigo 3º
O Amor deve ser respeitado em todas as suas formas, sejam elas dirigidas a pessoas, coisas, vegetais ou animais.

Artigo 4º
Ao Amor é sempre permitida a companhia do perdão, pois que sem este
ele está falsificado.

Artigo 5º
O Amor tem o direito de ficar cego, surdo e mudo quando em presença de maledicências e pode apresentar-se como agente de paz diante de desarmonias e atos prejudiciais a todos os seres do planeta.

Artigo 6º
O Amor tem licença plena para manifestar-se livremente,
independente de raça, credo ou religião.
Ele é incondicionalmente livre para viver em seu habitat natural: o coração.

Artigo 7º
O Amor é bússola que aponta o caminho para a felicidade e assim deve ser indiscutivelmente reconhecido.

Artigo 8º
A todo aquele que banir o Amor do seu coração será imputada a pena de solidão,
isolamento e sofrimento perpétuos.

Artigo 9º
O Amor nunca deverá ser responsabilizado por dores,
perdas ou danos e tem amplos poderes para neutralizar todas as batalhas, sejam elas emocionais, familiares ou sociais.

Artigo 10
Ao Amor não se aplicam Leis Trabalhistas:
Ele pode exercer suas funções 24hrs por dia durante todos os dias do ano.

Artigo 11
Quando o Amor entra em corações, deve ser bem recebido, bem tratado, bem nutrido e absolutamente livre para agir
em prol de todos os envolvidos por ele.

Artigo 12
Em nenhuma hipótese o Amor deverá ser álibi para atitudes de más intenções, tais como usá-lo como desculpa para enganar, iludir ou controlar corações.
Também nunca poderá ser instrumento de brincadeira com o sentimento do homem ou da mulher.

Artigo 13
Toda e qualquer tentativa de matar o Amor será tratada pelo Universo como crime contra a vida do próprio mandante.

Artigo 14
O Amor é partidário da Lei de Causa e Efeito:
Ele pode partir em definitivo da vida daqueles que optam pelo sofrimento diante das adversidades, e também daqueles que se deixam cair em abandono.

Artigo 15
Ao Amor nada deve ser acrescentado
e dele também nada retirado,
posto ser o mais perfeito de todos os sentimentos e manifestação absoluta de Deus.

Parágrafo Único:
Os Direitos do Amor sempre protegerão os legítimos direitos de todos os seres.

REVOGUEM-SE TODAS AS DISPOSIÇÕES EM CONTRÁRIO

‘Irandete Melo’

DOR MAMARIA

Dor mamária (mastalgia) é a queixa mais freqüente das mulheres no consultório de mastologia. A sua prevalência chega a 70% das mulheres, se levarmos em consideração os diversos tipos e a intensidade do sintoma. A mastalgia pode ser classificada de acordo com a sua intensidade em leve, moderada e severa que influencia na qualidade de vida, repercutindo negativamente em termos sexuais, sociais e, de modo geral, nas atividades habituais da mulher.
Cerca de 11% a 15% dos casos de dor mamária se enquadram nos critérios de mastalgia severa. Felizmente, para a maioria das mulheres, a dor mamária é um pequeno desconforto, auto-limitado e não necessita de tratamento, apenas de orientação. A mastalgia também pode ser classificada como cíclica, quando ocorre e varia ao longo do ciclo menstrual, e não cíclica, quando não tem relação com o ciclo menstrual.
Fatores hormonais se interagem, levando á dor mamária. Suas causas mais comuns são, alterações funcionais benignas, ectasia ductal (dilatação dos ductos e estagnação da secreção nos mesmos) e o abscesso sub-areolar recidivante. Naquelas mulheres que estão no período puerperal, observamos o ingurgitamento mamário e a mastite, que são aspetos de um mesmo problema.
Como causas extra-mamárias relativamente freqüentes de mastalgia, temos as doenças reumáticas da coluna dorsal e nevralgia intercostal (dor entre as costelas).
Não podemos deixar de citar o uso do sutiã inadequado como causa de dor mamária.
Com relação ao câncer de mama, a dor ocorre somente em alguns casos, quando há disseminação tumoral para as costelas, processo inflamatório associado ou necrose do tumor.
O tratamento da mastalgia varia de acordo com a sua causa, podendo, como já foi dito, ser apenas uma orientação.
Apesar da maioria dos casos de dor mamária não refletir doença grave, é importante que a mulher procure o mastologista regularmente.

‘Débora Cavalcanti’

ENFRENTANDO A PRESSÃO NO DIA-A-DIA

Equipes reduzidas; trabalho em excesso; exigências por superação de metas e objetivos, apresentação de resultados, alta competitividade, necessidade de aprendizado constante e muitas vezes, tratamento autoritário de chefes são fatos cada vez mais comuns no dia-a-dia de uma legião de profissionais. Mas como viver sob a; continua pressão imposta pela economia globalizada e pela vida moderna?

Sob tenso, a maneira como lidamos com a situação difícil pode ser muito; estressante, pois é fácil “perder a cabeça” e gerar agressões desnecessárias.

Mesmo assim, é possível interromper ou mudar esse processo, pois tudo dependerá da postura provocada de cada um para resolver conflitos, reduzir e até eliminar o estresse provocado por esta situação.

Desenvolver as seguintes habilidades:

- Abandone o papel de vitima e exerça controle sobre a situação.

- Assuma a responsabilidade em determinada condição.

- Limite o alcance do problema.

- Diminua o tempo de duração do problema.

- Administre o seu tempo de maneira eficiente.

- Desenvolva habilidade para resolver conflitos.

- Treine a sua linguagem corporal.

- Aprenda a negociar.

- Expresse o impacto do conflito sobre você.

- Descreva a situação, estabeleça um acordo e fale sobre os resultados.

ENVELHECER

Envelhecer! Sentimos dia a dia
A idade aniquilar-nos lentamente,
É vermos um deserto à nossa frente
E atrás de nós, exausta, a poesia …
É ver fugir aos poucos a alegria
Que a vida nos trouxera antigamente;
É nem saber se acorda o sol ardente,
Quando a alma dorme escurecida e fria.
É começar a ter, nalguns instantes,
Saudades de alguém que fomos antes,
Viver lembrando aquilo que morreu …
É perguntar, em busca de conselho
Fugindo à voz fatídica do espelho,
A si mesmo e com medo: Quem Sou Eu?

(Pedro Homem de Mello)

FUGIR OU ENFRENTAR A DOR?

Quando a vida nos obriga a enfrentar situações difíceis – como uma perda pessoal, por exemplo – é preciso entender que a eternidade está dando mais um passo.

Jorge Luis Borges escreveu algo muito bonito a respeito:

“Tu és nuvem,
és mar,
esquecimento.

És também o que perdeste em um momento.

Somos todos os que partiram.

O reflexo de nosso rosto no espelho muda a cada instante.

E cada dia tem o seu próprio labirinto.

A nuvem que se desfaz no poente é nossa imagem.

Incessantemente,
uma rosa se converte em outra rosa”.

Particularmente, eu detesto o caminho da perda, mas ás vezes não há solução, e é preciso encará-lo. A seguir, algumas histórias a respeito.

‘Paulo Coelho’

quarta-feira, 16 de abril de 2008

A ALMA E O ALVORECER

Os movimentos da natureza são fantásticos! São belos e, também pedagógicos. Podemos aprender muito com eles, se soubermos olhar ao nosso redor e contemplar a vida com os olhos de um aprendiz.
Os ritmos da vida são alternados em movimentos de luz e sombra. Sabemos que a existência não é uma eterna aurora. O sol que se ergue imponente, irradiando luz, se põe no horizonte oposto. Somos, invariavelmente, visitados pela escuridão. A questão crucial é: como lidar com o crepúsculo? O que podemos aprender com a face escura da vida?
Todos os dias, invariavelmente, o sol se levanta e se põe. Os movimentos da natureza são fantásticos. São poéticos e também pedagógicos. A trajetória do sol tem muito a nos ensinar: nada fica para sempre às escuras- haverá sempre um amanhecer.
Todos nós precisamos saber conviver com a escuridão momentânea. É exatamente na escuridão que aprendemos a valorizar a luz. Infelizmente, muitas vezes, só nos damos conta da benção de poder enxergar as coisas que estão diante dos nossos olhos quando as perdemos.
A solidão nos faz valorizar as companhias que nós desprezamos. As angustias nos fazem relembrar os dias de paz. Por isso mesmo, depois do crepúsculo vem sempre o crescimento interior. Aprendemos muito com o silencio das madrugadas frias, e com a solidão das noites quase intermináveis.
Precisamos de criatividade para vencer as noites escuras. De paciência, para aguardar o brilho da manhã. Da esperança, para vislumbrar novos horizontes.

‘Estevam Fernandes de Oliveira’

A ARANHA E O POETA

A aranha tece a teia Eu o poema Há milênios fazendo-a perfeita Eu aprendendo Todos os pequenos bichos se enredam no poema-ceia Só rato, barata, cupim, traça(m) minha teia A aranha mata a fome na rede Meu poema tem a fome fiada nos milênios Diferenças à parte, a aranha não suporta minha indisciplina.

Carlos Gildemar Pontes

A POTESTADE

Sonhei que estava flutuando no espaço sideral, cercado de constelações, de portentos, de trevas fulgurantes. A Potestade rodeou-me com a sua Presença, e dirigiu-se a mim:
“Não crês na minha existência”, disse-me ela – e cada célula do meu corpo reverberou como um tímpano. “Por isso prefiro dirigir-me à totalidade do teu Ser, que só emerge quando adormece o cão de guarda que te sustenta vida afora, e ao qual chamas de Eu, ou Consciência”. Eu estava aterrado e sem palavras; só me restava escutar. Sentia-me esvoaçar em todas as direções, como uma pluma no epicentro de um tornado. “Admiro tua fidelidade a ti próprio”, prosseguiu. “São muitos os que não crêem, mas dizem crer por covardia, por conformismo, ou por imitação. Mais importante que a fé é a verdade. Mais importante do que crer em mim é ter a coragem de olhar dentro de si mesmo e dizer sem rebuços o que vê.”
O que via eu? Via galáxias coruscantes, aglomerados densos de matéria escura, estrelas que faiscavam como os grãos de areia no interior de um tornado. E aquela voz, que prosseguiu: Deves estar te perguntando – por que eu? Por que logo eu fui chamado para este Contato, esta Revelação? E te responderei usando a linguagem do teu tempo e do teu povo. O Universo está contido em ti. Em teu corpo e tua alma estão gravados de forma; indelével todas as informações necessárias para reconstruir tudo isto que vês à tua volta. Fosse este Universo destruído, bastaria que tu sobrevivesses para que toda a historia dele pudesse ser reconstruída, a partir das leis que governam os teus átomos e as tuas células vivas. O Universo é auto-reflexo: está todo gravado em cada uma das partes vivas que contém”. Fez uma pausa. “Isto vale não só para ti, é claro, mas para qualquer outra criatura. Se te escolhi foi por mero Acaso. Quero te mostrar algo”.
Fez um gesto com a mão, e a esse gesto descerrou-se uma cortina. Ms como posso dizer “um gesto”, se sua presença ocupava toda a face interna da esfera de espaço que me continha, como falar em mão se a sua mera impressão digital era composta pelo turbilhão de galáxias que ali revoluteavam? Mas a esse gesto uma Dimensão abriu-se e vi ali justapostos todos os tempos, todos os passados e futuros, todos os fios entrelaçados dos mundos possíveis. “O mundo em que vives passa por uma crise que pode destruí-lo”, prosseguiu a Voz. “Falo do teu planeta, e do teu país. Quando crises assim se anunciam, escolho um habitante para me informar sobre a necessidade desse mundo. E é isso que te pergunto: vale a pena que esse planeta e esse país existam? Vale a pena que prossigam? Se achares que não, desaparecerás com eles. Mas se achares que sim, desaparecerás só tu. Teu nome será obliterado, teus atos esquecidos, teus descendentes se estiolarão. Teu país prosseguirá, e desaparecerás apenas tu. Não tens que me responder agora. Vai – desperta!” Neste instante o celular tocou na mesa de cabeceira. Atendi, e era engano.

‘Braulio Tavares’

A PRIMEIRA IMPRESSÃO É A QUE FICA

Na vida profissional, uma boa imagem pessoal é capaz de abrir portas, de ajudar a estabelecer confiança e de transmitir credibilidade. Contudo, construir uma imagem positiva requer atenção e conhecimento, especialmente sobre estética, etiqueta, ética e relacionamento interpessoal.
Observe, no dia-a-dia, o modo como as pessoas que transmitem uma boa imagem pessoal se vestem, se cumprimentam e conversam. Essas pessoas devem ser um espelho para você.
Manter uma imagem pessoal positiva faz bem para a sua vida pessoal e profissional, mas essa imagem tem de ser autêntica e coerente. Se a “embalagem” (aparência) não corresponder ao “conteúdo” (ser), todo o seu esforço cairá por terra. A correspondência entre “conteúdo” e “embalagem” é crucial quando se trata de credibilidade e credenciais. Há pessoas que aparentam possuir um vasto conhecimento sobre uma enorme gama de assuntos e, quando precisam de falar de algum deles, o fazem com a profundidade de um pires. Isso abala a credibilidade delas. E credibilidade é assim: uma vez arranhada, leva tempo para ser restaurada.
As pessoas precisam ter uma percepção equilibrada a seu respeito. É certo que nem todos o enxergarão da mesma forma, mas é preciso evitar antipatias. Bom, mesmo, é que todos possam vê-lo como uma pessoa confiável, competente, ética e transparente. Assim, você será sempre bem recebido!

Dicas para a construção de uma boa imagem pessoal:

1 – Identifique se a imagem que você transmite é positiva ou negativa e avalie a sua participação em grupos e a facilidade com que se relaciona com desconhecidos para saber se a sua imagem está agradada ou não.

2 – Seja cordial, educado e agradável; cumprimente a todos, independentemente do seu nível hierárquico; tenha sempre um sorriso no rosto e as palavras “obrigado” e “por favor” na ponta da língua.

3 – Fique atento à sua comunicação verbal e não verbal, evitando que o seu corpo diga uma coisa e as suas palavras outra.

Vestuário é um dos principais componentes da sua imagem pessoal. Mais importante que ter dinheiro para gastar em vestuário é ter bom senso e aprender a se vestir corretamente, de um modo que revele o seu estilo e a sua personalidade e de acordo com o contexto para o qual você se veste. Portanto, seguem-se algumas regras básicas em relação ao vestuário:

Formal

Terno e gravata para homens e terninho ou tailleur para mulheres.

Casual

Camisa com colarinho e manga longa, com calças de lã fria ou gabardine para homens, e twin-sets, camisas ou blusas de seda, com calça ou saias de lã fria ou microfibra para mulheres.

Esportiva

O jeans é permitido, mas só o tradicional.

Fuja sempre de modismos e opte por peças de qualidade e cimento impecáveis, que proporcionem conforto e elegância na medida certa. Mantenha unhas, cabelos e barba bem feitos, refletindo a sua higiene e preocupação com a aparência.

Evite

Roupas que não respeitem o nível de formalidade exigido, peças muito velhas, desbotadas ou mal cuidadas. As mulheres devem evitar as saias e vestidos curtos, blusas de alça ou muito decotadas, fendas profundas e brilho e transparências. Também devem evitar excessos de maquiagem, de perfume ou acessórios. Homens devem evitar bermudas, cabelos sem corte e barba por fazer.
Seja autentico! Vá além do primeiro encontro. Surpreenda as pessoas e prove que você cumpre o que promete. Aja sempre com ética, respeito, confiança e credibilidade e muitas portas se abrirão a você.

‘Lair Ribeiro’

A SUA CRENÇA É A SUA SENTENÇA

Já sabemos, há bastante tempo, que; atraímos para as nossas vidas pessoas que correspondam às nossas crenças internas, aquelas mais enraizadas em nosso subconsciente, ou seja, as que nem sempre ou não facilmente nos damos conta de que alimentamos e, principalmente, que agimos e fazemos escolhas nos baseando nelas.
Estou cada dia mais segura de que as relações que estabelecemos em cada fase das nossas vidas são atraídas e determinadas por nossas “verdades pessoais”, por aquilo que acreditamos ser consistente, coerente, aceitável. Até aí, parece muito fácil identificarmos, então, o que é que determina tais relações. Entretanto, tanto quanto estou certa a nossa crença é a nossa sentença, também estou certa de que é somente com muito auto-conhecimento, coragem e disponibilidade para decifrar os nossos mais profundos conceitos, que podemos conhecer as nossas crenças e transformá-las.
Geralmente (eu diria até que na maioria das vezes), bem pouco ou quase nada sabemos sobre as crenças que fomos absorvendo especialmente nos primeiros 20 anos das nossas vidas. Este é um tempo em que as pessoas mais próximas de nós sempre têm algo de si mesmas para nos “dar como verdade”, seja através de palavras ou de atitudes. Assim, absorvemos delas, o que não necessariamente é verdadeiro para nós.
Somente a partir do momento em que nos reconhecemos como adultos e inteiramente responsáveis por nossas próprias vidas (sem ficar culpando pai, mãe, destino, condição social, física ou financeira ou quem quer que seja por nossos fracassos) é que podemos encarar este amontoado de crenças e, definitivamente começar a botar fora o que não nos serve de nada, adequar aquilo que nos convém e assumir inteiramente aquilo em que realmente acreditamos. Neste momento podemos escolher conscientemente, propositadamente, as nossas crenças e, assim, decidir a nossa sentença.
Não basta afirmar e reafirmar, o tempo todo, indiscriminadamente, que; você quer encontrar uma pessoa para compartilhar a sua vida; que você deseja que o seu casamento dê certo; que tudo o que você mais quer é ser feliz no amor se, de verdade, contundentemente, você não acredita nesta possibilidade. Talvez você ache que acredita; talvez você até queira mesmo acreditar; mas é preciso mais do que “achar” ou “querer”; é preciso transformar as suas crenças internas. Decifrá-las, reconhecê-las, admiti-las como suas e, através de um trabalho profundo e dedicado, “vomitá-las” enquanto venenos e reabsorvê-las como crenças positivas, que levem ao sucesso, à realização e à certeza absoluta de que é possível conquistar o que você deseja.
Como fazer isso? Eu gostaria muito de lhe dizer que é fácil, mas não posso; estaria mentindo. Mas posso dizer que é totalmente possível, o que talvez já seja mais do que você acredita. Você precisa iniciar um processo de auto-observação durante o máximo de tempo que conseguir. Precisa fazer isso com o coração aberto: sem se criticar nem se defender. No se culpe e nem se absolva, apenas se observe, por exemplo: O que você realmente pensa (aquela parte mais dentro de você que você consegue ouvir) quando alguém lhe conta sobre uma relação que está dando super certo? Pensa: “nossa, que legal, tomara que continue assim e que eles sejam cada dia mais felizes...” ou “até prece!!! Nenhuma relação dá tão certo assim... ele só pode estar exagerando ou inventando...”?!? Ou ainda, o que você pensa quando alguém lhe diz que muitos homens querem assumir um compromisso e que muitas mulheres não são interesseiras? Pensa: “que bom que existem pessoas disponíveis e bem intencionadas!” ou “ah, ta... e eu sou o papai-noel...”?!? Este é um bom começo para você saber em quê realmente acredita. Porque aquela voz que você ouve bem baixinho, com som abafado, falando coisas o tempo todo dentro de você, mas que você geralmente maquia, mascara, reformula e expressa de um outro jeito, é a que melhor decifra as suas verdadeiras crenças... Preste atenção, pense nisso!!!
E saiba: o tipo de amor que você atrai é justamente aquele que corresponde com as suas crenças internas. Ou seja, o amor no qual você acredita é o amor que você terá!

‘Brígida Brito’

APARÊNCIAS

Vi certa vez em algum lugar a seguinte frase:
“Não confie nos homens só pelos seus cabelos brancos, os canalhas também envelhecem”, mas acho que nunca dei importância, afinal, sempre acreditei nas pessoas. Com o passar dos tempos, me deparei com circunstancias que me levaram a conflitantes reflexões e pude constatar que as aparências do ser humano são verdadeiramente traiçoeiras. Algumas pessoas não são o que parecem ser a primeira vista e tudo se transmuda com um simples piscar de olhos. Assim, não adianta o inconseqüente do Hugo Chaves querer entrar para a história fazendo loucuras, não adianta o Bush achar que é dono do mundo, como também, não adianta você que está lendo esta coluna e que se encontra entroncado com algum poder, acreditar que pisando nas pessoas e manipulando a todos, vai conseguir ser feliz e amplamente realizado na vida. Na verdade, vamos todos parar na porta do céu... e aí, você acha que vai entrar?
Em nossa sociedade a coisa mais comum é você ser valorizado pelo que você tem e não pelo que você é. Portanto, para alguns não adianta você ser um bom conjugue se não morar na melhor casa. Não adianta ser um bom profissional se no tiver prestigio político e carro do ano. Não adianta ser honesto, se não vestir roupa de marca. Sim, nossa sociedade de tão moderna tornou-se ambiente fértil para o florescimento do lado escuso do ser humano! Como disse o colunista Adilson Luiz: “E nem tudo é aparentemente feio, previsível, identificável, óbvio. Ás vezes uma bela maça esconde vermes asquerosos e enervantes, enquanto um maracujá murcho apraz e relaxa”.
Tomei conhecimento que há alguns anos atrás, três jovens amigos e estudantes de uma mesma serie escolar e sala de aula, foram compelidos a redigir uma pequena redação versando sobre o corpo humano: “A cabeça é meio redonda e dura, o seu cérebro fica dentro dela e o seu cabelo em cima dela. O seu rosto fica na frente da sua cabeça onde você come e faz careta... Seu estômago é aquilo que muitas vezes dói e ronca quando você não come... Os seus braços você tem que ter para jogar a bola e também para alcançar a manteiga, na hora do café. Seus dedos saem de suas mãos para você estalar, tirar catota e somar quando estuda matemática. Perna é aquilo que se não tiver duas não pode correr rápido. Seus pés são aquelas coisas que você corre em cima e seus dedos do pé são aqueles que estão sempre dando topadas e fedendo a chulé. E isso é tudo o que há em você, exceto pelo que há por dentro, mas isso eu nunca vi”.
Um detalhe: Os três colaram entre si e hoje pertencem aos três poderes. Esta é a visão que se tem de cima para baixo.

‘Amadeu Robson Cordeiro’

AS QUALIDADES DO PROFISSIONL DO FUTURO

Veja as nove metacompetências do líder moderno:

1 – QI – Capacidade mental

Não pode haver competência/metacompetência sem inteligência. O líder precisa ser inteligente para tomar decisões, analisar os fatos, pensar estrategicamente e fazer julgamentos rápidos.

2 – Inteligência emocional

Uma das principais habilidades de um líder é ser capaz de enxergar além dos olhos e, principalmente, compreender aquilo que nem sempre é dito, além de relacionar-se de forma eficaz, embora em meio a evidencias dinâmicas pessoais.

3 – Conhecimento

Sem conhecimento não há metacompetência. Porém esse fator deve ser explorado em diversos níveis, não apenas no “arroz com feijão”.

4 – Crescimento

É transformar o conhecimento em capacidade para alçar vôos mais altos. Isto implica estar com a mente aberta para novas descobertas e possibilidades.

5 – Ego saudável

Entenda ego saudável como a segurança que poucas pessoas têm em reconhecer a sua capacidade e, ao mesmo tempo, aliar-se a outras com competências, também excepcionais, sem se sentirem ameaçadas.

6 – Apontar a direção

Só quem tem autoridade pode apontar a direção. Autoridade diga-se, no sentido de influenciar as pessoas e, consequentemente ser ouvido. Mostrar o caminho, mas deixar que cada um possa trilhar o seu próprio trajeto de desenvolvimento e crescer.

7 – Vender

São aqueles capazes de formar alianças com as pessoas, de forma direta ou indireta, criando um ambiente de alto desempenho,principalmente através do uso da palavra, de uma comunicação clara e transparente que não se mostre presa em procedimentos,mas em comportamentos voltados para as pessoas.

8 – Iniciar

São os que estão sempre ávidos por fazer mais e mais.
Impulsionadores de mudança, incentivadores, que trabalham com a sinergia da equipa para buscar maiores e melhores resultados, alicerçados em seus conhecimentos e habilidades.

9 – Relacionar-se

Imagine um metacompetênte sem a capacidade de relacionar-se. Seria um desastre. Um relacionamento se constrói pelo tripé: respeito, confiança e transparência.

‘Rocha & Coelho’

AUTO ANALISE

Sentiu tristeza? Agradeça a tu vida. Se você deseja realmente ser feliz, agradeça a todas as coisas boas que possui neste momento. Se você é saudável, agradeça, pois, agradecendo, coisas boas surgirão cada vez mais. Observe que tendemos a reparar só nas coisas que a gente não tem e; esquecemos de agradecer o que temos. Lembre-se: Quanto mais você se queixar, reclamar e até mesmo amaldiçoar o que não tem, mais a sua vida se torna um “mar de insatisfação” e você acaba se tornando uma pessoa amarga. Portanto, não amaldiçoe a sua vida.

Sentiu irritação?

Meia hora de silencio. Deixe a irritação vir. De olhos fechados, preste atenção no seu corpo. Sinta não análise, não controle. Fique com você, com as suas sensações físicas, observe, fique apenas observando as suas reações corporais. Deixe que os seus sentimentos e reações do seu corpo se manifestem. Se vier sensação de enjôo, deixe vir e só observe não queira controlar, solte o seu corpo. Quando você só observa e deixa os seus sentimentos e sensações físicas se manifestarem, normalmente essas sensações desagradáveis se transformam.

Critica destrutiva aos outros?

Dê uma olhada para você. As pessoas são o nosso espelho. Elas refletem os defeitos que a gente não quer perceber, que existem em nós. Você cobra, por exemplo, que o seu marido não lhe dá carinho, atenção. Vai aqui uma pergunta: Será que você está se dando carinho? Você se dá colo? Ou você é seca, muito dura consigo mesma? Se você for realmente honesta com você, vai refletir a esse respeito. Faça um exame do que você é, de como vem se tratando. Reflita sobre como você se relaciona com os outros. Se você é daquelas pessoas que querem controlar os outros, a vida (porque é insegura) acaba ficando rígida, se desvitalizando e, consequentemente, perde o ânimo prela vida. Vida é movimento, dinamismo, mudanças. Lembre-se: a vida no se curva, não se submete a ninguém. Talvez você não tenha percebido que é você quem tem que se curvar a ela e reverenciá-la. Mas para isso, você precisa exercitar a humildade.

‘Brígida Brito’

segunda-feira, 14 de abril de 2008

MEMÓRIA NA PELE

Há uma memória indissolúvel que guarda desejos, abraços, prazeres que acorda no meio da noite e espera o dia vir com seu cheiro de mato e passarinho, há nesta memória o registro dos momentos passageiros, do brilho dos olhos teus dos prazeres repartidos da resina do sexo entre nossas coxas erupindo como se fôssemos mar revolto em minha memória és como uma tatuagem gravada no pescoço.

Carlos Gildemar Pontes

INCLUSÃO E IDENTIDADE

Refletir sobre ou a partir do tema inclusão no inicio do século XXI é uma responsabilidade muito grande. O que significa falar em inclusão neste nosso país e nestes tempos de globalização? E afinal onde e em que tempo estamos?
O termo globalização aponta para duas imagens: a primeira pressupõe a extensão de uma determinada cultura até seu limite, o globo. As culturas heterogêneas tornam-se incorporadas e integradas a uma cultura dominante, que acaba por cobrir o mundo inteiro. Coisas que eram mantidas separadas são agora colocadas em contato e justaposição. As culturas se acumulam umas sobre as outras, se empilham, sem princípios óbvios de organização.
Esta definição nos garante que todos nós já estamos incluídos de algum modo em todos os espaços, inclusive num sistema de comunicação. No entanto, observamos que a discussão sobre o tema é acirrada, principalmente no meio intelectual brasileiro: quais diferenças terão permissão para permanecer nessa incorporação de culturas? Qual é o problema a ser observado se a globalização mescla mundo, mistura valores? Por que nos inquietarmos diante desse fenômeno e por que a exclusão fica evidente?
Se existe necessidade de falarmos sobre inclusão é porque estamos em duvida sobre o conceito de pessoa humana. E se este conceito está sob suspeita é porque as formas de conhecimento de que dispomos estão desequilibradas em relação ao nosso modo de ser e de agir no cotidiano.
Diante desta realidade novas perguntas podem ser formuladas complementando as primeiras: o que está acontecendo com a pessoa humana e a consciência humana? Por que ela está confusa com relação às imagens da realidade? E que realidade é esta que nos invade, disfarçada, escondida em simbolismos dissimulados e manipuladores?
Essas inquietações nos atingem como profissionais da educação, além de outros profissionais. Nós que mantemos contato permanente com a pessoa humana nos esforçamos para promover a saúde mental, ensinamos, no temos medo de aprender, interpretamos, educamos. Por isso temos que trabalhar a nossa visão de cada dia, a nossa consciência e a nossa identidade.
Durante toda a vida no processo de desenvolvimento normal a identidade vai se constituindo e a criança representa formas sociais de acordo como elas são sintetizadas no seu mundo psíquico em desenvolvimento; o adolescente integra de forma desordenada estas imagens; o adulto as disponibiliza em sistemas coerentes de valores no mundo do trabalho e das relações afetivas; o idoso torna-se generativo, integro e sábio.
Sabemos que a consciência humana está ligada a um processo de constante expansão responsável em grande parte pela construção da identidade. Ou seja, ao longo da vida o ser humano vai integrando aos poucos as imagens de si mesmo e vai diferenciando, num trabalho delicado, as representações de si e as representações das coisas que estão fora de si.
Portanto, as influencias da cultura, as regras, as proibições devem ser bem apresentadas ao sujeito em desenvolvimento para que ele possa representar significativamente este conjunto de informações e possa alicerçar e sustentar a sua identidade como sujeito único e como sujeito social.
A expansão da consciência humana mais do que em nenhum outro tempo é, sem duvida, um dos principais fenômenos responsáveis pela compreensão de nossa época. Através dela podemos conseguir decifrar o conteúdo simbólico da realidade. Será que estamos cegos diante das novas éticas que nos forçam a nos sentir incluídos quando não estamos? Qual a inclusão que defendemos?
Aqui fica a reflexão de autores como Ribeiro (1998), Featherstone (1997) e Carpigiani (2004), reforçando o nosso entendimento de que para se discutir inclusão e identidade precisamos nos perceber inseridos na leitura dos sistemas de valores da nossa realidade atual. E isso se faz no cotidiano.

‘Maria Neusa dos Santos’

CHOVE A CANTAROS

Essa água que sou mareja pelos poros das paredes de lodo verde. Essa água que sou explode por uma fenda de rocha. Despenco e, por instinto, procuro, ávida, os caminhos d’água salgada. Guerreira, água, chumbo, estilhaço no alto o surdo ribombo do meu poder. Inevitável choque. Como um espetáculo de ziguezagues mortíferos, desabo, aguaceira que sou, com a sensação de entrega, e gozo, embebida na doçura da terra sedenta de mim, que juntas parimos a vida.

Rita Brennand

BESAME MUCHO…

A essa altura dos acontecimentos, suponho que praticamente todos os gestos humanos já foram representados na tela cinematográfica. Um dos mais recorrentes tem sido o gesto de beijar, tão recorrente que há quem pense que foi a sétima arte que o inventou. Não foi. Séculos antes de o cinema existir já se beijava á vontade, porém, com certeza foi o cinema que deu ao gesto o seu estatuto – digamos assim – imaginário.
E vejam que a historia do beijo no cinema começou cedo.
Não fazia nem um ano que, em Paris, os irmãos Lumiere haviam mostrado ao público o seu cinematografo – 28 de Dezembro de 1895 – e, em Nova Iorque, já se lançava um filme chamado “O Beijo” (The kiss – 1896).
A estória foi a seguinte. Na Broadway fazia sucesso uma peça chamada “A viúva Jones”, com os actores May Irwin e John C. Rice desempenhando esse casal maduro que se apaixonava, e em dado momento, selava a paixão com um grande beijo. Bastante ativa na época, a companhia cinematográfica de Thomas Edison achou que seria interessante, e lucrativo, rodar um filme sobre o beijo do casal, e May e John foram contratados para, num cenário especial, repetir diante da câmera o beijo, agora sob a direção de William Heise.
Com a metragem padrão da época, um minuto de duração, o que “The Kiss” mostrava era um close dos rostos do idoso casal, que flertava um pouco e, aí, ele ajeitava o vasto bigode e beijava a amada na boca, acariciando o lado esquerdo da sua face com uma das mãos. Descontando o tempo do flerte, o beijo tinha exatamente quinze segundos de duração, e, no entanto, isto foi o suficiente para provocar escândalo junto dos setores mais conservadores da sociedade. Exibido em locais públicos, o filme para alguns pareceu “bestial”. Segundo a imprensa da época, no palco o beijo dos actores era perfeitamente natural e sadio, mas, aumentado para as proporções descomunais da tela cinematográfica ele resultava, obsceno, imoral, pornográfico, e devia ser proibido. Ainda bem que nem todos pensaram assim, e o filme de Edison foi um sucesso, o mais lucrativo daquele ano de 1896.
Logo que os filmes passaram a ser mais longos, contando uma estória com começo,meio e fim, o beijo conquistou o seu papel definitivo no enredo. O cinema mudo está cheio de beijos, e o falado, nem se fala.
Lá pelos anos 30, os beijos e suas derivações começaram ficar tão ousados que, de novo, os setores mais conservadores começaram a protestar e mesmo a mobilizar contra. Foi então que foi crido nos Estados Unidos, o famoso “Código Hays de Censura” que ditava, aos Estúdios, as regras sobre o nível de intimidade a ser mostrado nas telas. A partir de 1934, as encenações osculatórias passaram a ser rigorosamente cronometradas nos sets, pois um beijo que ultrapassasse o número de segundos permitido pela lei do Senador Hays seria sumariamente cortado da película.
O Código Hays vingou até 1964, mas, claro, muito antes desta data, ele já estava fragilizado pela avalanche de beijos atrevidos que o público pagante, aplaudindo, estimulava – um deles, vocês lembram-se bem; o de Burt Lancaster e Deborah Kerr nas areias quentes do Havaí em “A um passo da eternidade” (1953). Aliás, antes disso quem driblou o Código Hays foi o mestre Hitchcock, criando em “Interlúdio” (1946) o que se poderia chamar de “beijo intercalado”. Grant e Ingrid Bergmn se beijavam dezenas de vezes, com pequenos intervalos que davam a cada beijo, a duração exigida pela censura. Resultado: o efeito foi muito mais erotizante do que se o beijo fosse inteiriço.
Na fase áurea do cinema clássico, o beijo não era só um gesto erótico; era o símbolo da consumação do amor romântico, geralmente situado na parte final do enredo, como um sinal benfazejo de happy ending. Com a extinção universal da censura, nos anos setenta, quando uma cópula anal regada a manteiga passou a ser trivial, o beijo perdeu espaço na hierarquia dos gestos amorosos e muitos filmes modernos fazem elipse dele para ir direto a... vocês sabem a que.
De minha parte, sou saudosista dos velhos tempos em que William Holden e Kim Novak se beijavam num paiol de feno, e vendo aquilo e somente aquilo, íamos para casa, excitados, pensando termos visto muito mais.
Enfim, melhor que o beijo na tela, só o beijo fora dela. Muitos e saborosos é o que desejo o leitor, sobretudo neste dia 13 de Abril, dia mundial do beijo.

‘João Batista de Brito’

AREIA MOVEDIÇA

No terreno arenoso dos caminhos
Interiores, quase imperscrutáveis,
Há trechos que ficaram intransitáveis
A despeito da ausência dos espinhos.
*
De vez em quando surgem pedacinhos
De estradas, mais ou menos favoráveis,
Que são tolhidas pelas indomáveis
Revoltas de revoltosos ribeirinhos.
*
No amoroso de mim, essa sondagem
Eu a conservo livre, em homenagem
Ao sonho que me anima e que me acalma.
*
E apesar de ser franca essa passagem,
Ela não vem, não quer seguir viagem
Na areia movediça de minh’alma.

‘Ronaldo Cunha Lima’

APRENDIZAGEM

Fundas raízes quentes têm as árvores para esplender seu fruto em altos ramos. Há pelo espaço um ondular de asas carregando destinos contra o tempo. Cada manhã os bichos se levantam e seus dorsos redondos são montanhas de robusta certeza, grosso impulso. Bate o sangue entre os troncos, há um calor de seres respirando, um renascer de assombros cegos e constantes. Quem me ensina o que essas forças mais antigas sobre a terra confirmam cada dia? Que secreto atributo as ilumina, maior que nosso amor e nossa morte?

Izacyl Guimarães Ferreira

quinta-feira, 10 de abril de 2008

TRIUNFO DEL AMOR

Brilla la luna entre el viento de otoño,
en el cielo luciendo como un dolor largamente sufrido.
Pero no será, no, el poeta quien diga
los móviles ocultos, indescifrable signo
de un cielo líquido de ardiente fuego
que anegara las almas,
si las almas supieran su destino en la tierra.
La luna como una mano,
reparte con la injusticia que la belleza usa,
sus dones sobre el mundo.
Miro unos rostros pálidos.
Miro rostros amados.
No seré yo quien bese ese dolor
que en cada rostro asoma.
Sólo la luna puede cerrar, besando,
unos párpados dulces fatigados de vida.
Unos labios lucientes, labios de luna pálida,
labios hermanos para los tristes hombres,
son un signo de amor en la vida vacía,
son el cóncavo espacio donde el hombre respira
mientras vuela en la tierra ciegamente girando.
El signo del amor, a veces en los rostros queridos
es sólo la blancura brillante,
la rasgada blancura de unos dientes riendo.
Entonces sí que arriba palidece la luna,
los luceros se extinguen
y hay un eco lejano, resplandor en oriente,
vago clamor de soles por irrumpir pugnando.
¡Qué dicha alegre entonces cuando la risa fulge!
Cuando un cuerpo adorado;
erguido en su desnudo, brilla como la piedra,
como la dura piedra que los besos encienden.
Mirad la boca. Arriba relámpagos diurnos
cruzan un rostro bello, un cielo en que los ojos
no son sombra, pestañas, rumorosos engaños,
sino brisa de un aire que recorre mi cuerpo
como un eco de juncos espigados cantando
contra las aguas vivas, azuladas de besos.
El puro corazón adorado, la verdad de la vida,
la certeza presente de un amor irradiante,
su luz sobre los ríos, su desnudo mojado,
todo vive, pervive, sobrevive y asciende
como un ascua luciente de deseo en los cielos.
Es sólo ya el desnudo. Es la risa en los dientes.
Es la luz o su gema fulgurante: los labios.
Es el agua que besa unos pies adorados,
como un misterio oculto a la noche vencida.
¡Ah maravilla lúcida de estrechar en los brazos
un desnudo fragante, ceñido de los bosques!
¡Ah soledad del mundo bajo los pies girando,
ciegamente buscando su destino de besos!
Yo sé quien ama y vive, quien muere y gira y vuela.
Sé que lunas se extinguen, renacen, viven, lloran.
Sé que dos cuerpos aman, dos almas se confunden.

Vicente Aleixandre

WHEN WE TWO PARTED

When we two parted
In silence and tears,
Half broken-hearted,
To sever for years,
Pale grew thy cheek and cold,
Colder thy kiss;
Truly that hour foretold
Sorrow to this.
The dew of the morning
Sank chill on my brow—
It felt like the warning
Of what I feel now.
Thy vows are all broken,
And light is thy fame:
I hear thy name spoken,
And share in its shame.
They name thee before me,
A knell to mine ear;
A shudder comes o'er me—
Why wert thou so dear?
They know not I knew thee,
Who knew thee too well:—
Long, long shall I rue thee
Too deeply to tell.
In secret we met—
In silence I grieve
That thy heart could forget,
Thy spirit deceive.
If I should meet thee
After long years,
How should I greet thee?—
With silence and tears.

Lord Byron

WHEN BEGGING STOPS

There comes an hour when begging stops,
When the long interceding lips
Perceive their prayer is vain.
"Thou shalt not" is a kinder sword
Than from a disappointing God
"Disciple, call again."

Emily Dickinson

WHAT LIPS MY LIPS HAVE KISSED, AND WHERE, AND WHY

What lips my lips have kissed, and where, and why, I have forgotten, and what arms have lain Under my head till morning; but the rain Is full of ghosts tonight, that tap and sigh Upon the glass and listen for reply, And in my heart there stirs a quiet pain For unremembered lads that not again Will turn to me at midnight with a cry. Thus in winter stands the lonely tree, Nor knows what birds have vanished one by one, Yet knows its boughs more silent than before: I cannot say what loves have come and gone, I only know that summer sang in me A little while, that in me sings no more.

Edna St. Vincent Millay

VULCÕES AQUI E ALI

Volcanoes be in Sicily And South America I judge from my Geography— Volcanos nearer here A Lava step at any time Am I inclined to climb— A Crater I may contemplate Vesuvius at Home.

Emily Dickinson

VARANDA DE MENINAS

No beijo que me deste nessa despedida
Ficou o teu tempo todo concentrado
Parte da tua alma, toda a tua vida
Em luz sem presente fez-se só passado
Havia a varanda das belas meninas
Vendo os mascarados, mimos no passeio
Depois de atirarem muitas serpentinas
Que à casa ligavam árvores do meio
O meio que agora já só tem asfalto
E os fumos dos carros, feio e doentio
Onde uma sirene me traz sobressalto
E onde chega a névoa que sobe do rio
Foi encontro breve, como de rotina
Chamavam tarefas do teu dia-a-dia
No beijo voltaste como a ser menina

E a Morais Soares foi a da Alegria

UMA TROCA SIMPLES DE MÃOS

Uma troca simples de mãos para que a melodia vingue no andamento em que nos reconhecemos. Uma fracção de tempo, um disparo para que se entreteçam as pedras, os blocos de fogo. Hoje disponho o mar ante os teus olhos, a tempestade, a crueza sistemática das coisas, essa chuva que arde neste efémero instante que corta a costa, a barra, o farol. De onde venho? Correspondo a que uivo nesta solidão entre o abismo e coisa nenhuma?

Amadeu Baptista

UMA CAMA EM BRUGES

Morreu á poucos dias o escritor belga Hugo Claus. Nascido em 1929, era romancista e poeta. Está em português o seu espectacular romance «O Desgosto da Bélgica». Era, a par do holandês Harry Mulisch, um eterno nobelizável de língua neerlandesa. Um dos seus mais célebres poemas, «Een bed in Brugge», vai aqui, em tradução publicada em 1997.

Uma cama em Bruges

«Sou empregado dos Produits Chimiques, meu caro senhor,
empregado na morte lenta.
Ao fim de dez anos pode ter-se a reforma
por causa do gás no bandulho.Estou lá há catorze já, meu caro senhor,
há dois deles como motorista.
E nesses dois não precisei de vomitar nem uma vez,
por causa do ar fresco.
Nós, belgas, somos os melhores condutores da Europa inteira,
e eu já estive em todo o lado.
Porque somos perigosos a guiar.
E assim temos mais em conta os outros
que também são perigosos a guiar, mas sem quererem sabê-lo.
E sabe a coisa mais linda que estes olhos já viram?
E repare que estive na Capela Sixtina,
e que vi o rabo da Gisela do Mocambo ─
bom, foi numa loja de Bruges,
uma cama carmesim. Em Empire. Ou seria Luís XV?
Aí deitado, com a Gisela, havia de esquecer os meus três filhos
e o calendário inteiro.
O amor, caro senhor, tem de ser de cetim.
E a morte, caro senhor, é o que se sente no estômago
quando se sabe que nunca poderá comprar-se uma cama dessas.»

Tradução do neerlandês - Fernando Venâncio – In: Aspirina - B

TROCA FAVORÁVEL...

Nomeei-te no meio dos meus sonhos
chamei por ti na minha solidão
troquei o céu azul pelos teus olhos
e o meu sólido chão pelo teu amor

Ruy Belo

TREE AT MY WINDOW

Tree at my window, window tree,
My sash is lowered when night comes on;
But let there never be curtain drawn
Between you and me.
Vague dream head lifted out of the ground,
And thing next most diffuse to cloud,
Not all your light tongues talking aloud
Could be profound.
But tree, I have seen you taken and tossed,
And if you have seen me when I slept,
You have seen me when I was taken and swept
And all but lost.
That day she put our heads together,
Fate had her imagination about her,
Your head so much concerned with outer,
Mine with inner, weather.

Robert Frost

TRAVESSIA

Que caminhos terei de percorrer para chegar à cauda do arco-íris? Despachei emissários soprei clarins pus os fins pelos meios e os meios pelos fins abusando dos golpes temerários. Da aurora descem as mulas com a farinha partem do ocaso os trens em disparada cheios de mimos os navios reboam suas buzinas na bruma densa cavalgo uma águia branca sobre o vale.

Juarez Leitão

TRABALHAR COM PRAZER – A CHAVE DA FELICIDADE

Se você pensa que satisfação e trabalho são coisas distintas, está na hora de rever os seus conceitos! De acordo com nota divulgada pela BBC, pesquisadores suecos garantem que o trabalho duro, desde que utilize a plena capacidade da pessoa e valorize os seus pontos fortes, pode trazer mais satisfação a quem o realiza do que a própria remuneração recebida. Os estudiosos concluem que a satisfação oriunda do trabalho pode ser mais gratificante do que ganhar na loteria, visto que esta proporciona apenas uma felicidade temporária.
Mas como conseguir conciliar trabalho e satisfação pessoal?
Primeiro, pare de pensar em dinheiro como finalidade do trabalho. Dinheiro é conseqüência e não fim. Seu salário deve ser a recompensa pelo seu trabalho, mas não a finalidade dele e perde o prazer em trabalhar, mesmo que goste do que faz.
Segundo, identifique o seu propósito de vida. É ele que dita as diretrizes para a sua satisfação e realização pessoal. Todos temos um propósito de vida, mas poucas pessoas conseguem identificá-lo e viver em função dele. A maioria sabe apenas aquilo que não deseja da vida, sem ter consciência do que realmente importa. É como ir ás compras com uma lista do que não precisa comprar.
O propósito de vida deve ser sempre positivo e prazeroso, pois é na direção dele que nos movemos. Para facilitar a jornada e nos mantermos motivados a cumprir o nosso propósito mesmo em situações de crise, é importante ter em mente uma visão clara e bem definida desse propósito materializado no futuro. Isso lhe permitirá direcionar os seus esforços de forma muito mais precisa.
Os valores também são importantes para a realização pessoal. É preciso identificá-los, fortalecê-los e adequá-los ao seu propósito de vida.
Quando conseguimos alinhar propósito, visão e valores temos muito mais chance de nos tornarmos pessoas bem sucedidas. Isso, porém, não é garantia de sucesso.
Mais uma vez, é preciso ultrapassar limites! É preciso desenvolver a competência em executar melhor o que você faz de melhor, comunicar isso ás pessoas e fazer com que elas necessitem da sua habilidade. Por fim, é preciso, também, gostar do modo como você faz o que gosta de fazer.
De acordo com o estudo da universidade sueca, trabalhar para atingir um objetivo pode ser ainda mais prazeroso do que alcançar o objetivo em questão.
A importância de trabalhar com prazer.
No passado, todo o trabalho necessitava de força física, como as atividades agrícolas, por exemplo. Hoje, porém, a maioria das pessoas está envolvida em atividades que exigem mais esforço intelectual do que físico. Mesmo que sem estar focadas no trabalho 24 horas por dia, as pessoas estão com o trabalho na cabeça o tempo todo; logo, o trabalho acaba influenciando outras áreas das suas vidas, como a social e a familiar, por exemplo. Logo, se as pessoas não mantiverem uma relação satisfatória com o trabalho que realizam, certamente irão desenvolver sentimentos hostis em relação a ele, que resultarão em males físicos ou psicológicos, como estresse, cansaço, falta de produtividade, desânimo, depressão, entre outras patologias. Disso se conclui que quem não gosta do que faz nem do modo como o faz, está, progressivamente, esgotando a sua energia vital e, inclusive, os seus rendimentos! É isso que você quer para si?

‘Lair Ribeiro’

TODA A LUZ

Toda a Luz este poema fragmento de estrela mergulhando em um buraco-negro na sua extrema agonia da gravidade presa na palavra da língua inflamada em gazes estelares da gangrena da sintaxe e do léxico de cálculos de astrônomos imprecisos que o juntar de letras lapidadas em pedras é desalento e desterro e estas dormentes nos signos obscuros se perdem entre o significado e significando poço que percorre os diversos mundos e as dimensões de tão escuro que absorve toda a luz.

Edson Bueno de Camargo

TO BE IN LOVE

To be in love
Is to touch with a lighter hand.
In yourself you stretch, you are well.
You look at things
Through his eyes.
A cardinal is red.
A sky is blue.
Suddenly you know he knows too.
He is not there but
You know you are tasting together
The winter, or a light spring weather.
His hand to take your hand is overmuch.
Too much to bear.
You cannot look in his eyes
Because your pulse must not say
What must not be said.
When he
Shuts a door-
Is not there_
Your arms are water.
And you are free
With a ghastly freedom.
You are the beautiful half
Of a golden hurt.
You remember and covet his mouth
To touch, to whisper on.
Oh when to declare
Is certain Death!
Oh when to apprize
Is to mesmerize,
To see fall down, the Column of Gold,
Into the commonest ash.

Gwendolyn Brooks

THE NIGHT DANCES

A smile fell in the grass. Irretrievable! And how will your night dances Lose themselves. In mathematics? Such pure leaps and spirals ---- Surely they travel The world forever, I shall not entirely Sit emptied of beauties, the gift Of your small breath, the drenched grass Smell of your sleeps, lilies, lilies. Their flesh bears no relation. Cold folds of ego, the calla, And the tiger, embellishing itself ---- Spots, and a spread of hot petals. The comets Have such a space to cross, Such coldness, forgetfulness. So your gestures flake off ---- Warm and human, then their pink light Bleeding and peeling Through the black amnesias of heaven. Why am I given These lamps, these planets Falling like blessings, like flakes Six sided, white On my eyes, my lips, my hair Touching and melting. Nowhere.

Sylvia Plath

THE FOLLY OF BEING COMFORTED

One that is ever kind said yesterday: 'Your well-beloved's hair has threads of grey, And little shadows come about her eyes; Time can but make it easier to be wise Though now it seems impossible, and so All that you need is patience.' Heart cries, 'No, I have not a crumb of comfort, not a grain. Time can but make her beauty over again: Because of that great nobleness of hers The fire that stirs about her, when she stirs, Burns but more clearly. O she had not these ways When all the wild Summer was in her gaze.' Heart! O heart! if she'd but turn her head, You'd know the folly of being comforted.

William Butler Yeats

THE DOVER BITCH: A CRITICISM OF LIVE

So there stood Matthew Arnold and this girl With the cliffs of England crumbling away behind them, And he said to her, "Try to be true to me, And I'll do the same for you, for things are bad All over, etc., etc." Well now, I knew this girl. It's true she had read Sophocles in a fairly good translation And caught that bitter allusion to the sea, But all the time he was talking she had in mind the notion of what his whiskers would feel like On the back of her neck. She told me later on That after a while she got to looking out At the lights across the channel, and really felt sad, Thinking of all the wine and enormous beds And blandishments in French and the perfumes. And then she got really angry. To have been brought All the way down from London, and then be addressed As sort of a mournful cosmic last resort Is really tough on a girl, and she was pretty. Anyway, she watched him pace the room and finger his watch-chain and seem to sweat a bit, And then she said one or two unprintable things. But you mustn't judge her by that. What I mean to say is, She's really all right. I still see her once in a while And she always treats me right. We have a drink And I give her a good time, and perhaps it's a year Before I see her again, but there she is, Running to fat, but dependable as they come, And sometimes I bring her a bottle of Nuit d'Amour.

Anthony Hecht

THE ALCHEMIST

I burned my life, that I may find
A passion wholly of the mind,
Thought divorced from eye and bone
Ecstasy come to breath alone.
I broke my life, to seek relief
From the flawed light of love and grief.
With mounting beat the utter fire
Charred existence and desire.
It died low, ceased its sudden thresh.
I had found unmysterious flesh--
Not the mind's avid substance--still
Passionate beyond the will.

Louise Bogan

TERCEIRO RETRATO DE PAULA F

Teu corpo é uma paisagem protegida
Que não se lê num livro ou na Escola
A origem do prazer e a fonte da vida
Situa-se entre as calças e a camisola
Olho e vejo as dunas, vento e areia
Condições de humidade e pressão
No teu corpo é sempre maré-cheia
As ondas trazem espuma e paixão
Mostravas os quadros de uma sala
Mas a obra passou-me despercebida
E noutra proporção e noutra escala
Mais valiosa do que a Arte é a Vida
O poema procura mas não alcança
Desenhar sentimentos em confusão
Sais pelo jardim em passo de dança
E eu fico nos corredores da solidão

In Aspirina - B

TEORIA PARTICULAR (MAS NEM TANTO) DO POEMA

o poema que se lê
é tábua de aproximação
o poema publicado: trato caduco,
que junto ao poeta já está mudado:
mesmo que não o mude a letra,
mesmo que não o mude a rima,
que não mais o toque,
por respeito ao senhor editor,
por respeito ao senhor leitor,
ao senhor pesquisador
ao senhor louvor:
mesmo que o poeta
assine a convenção do texto
pronto (para o mercado?)
ou mesmo abandone o texto,
a pretexto de acabado,
o poema disporá da hora
de ser outra vez revelado
se outra voz o adota

Aleilton Fonseca

TEMPO DE BEIJAR

“Cientistas dizem que beijo aumenta batimentos cardíacos de 70 para 150 e ainda melhora a oxigenação do sangue”

Quem é que não gosta de um beijo, daqueles de tirar o fôlego e que faz o coração bater mais forte? Com certeza, esses segundinhos (ou minutinhos) arrebatadores já fizeram você esquecer o resto do mundo. O beijo, que aparenta ser um ato simples, é responsável por uma avalanche de sentimentos e reações no organismo humano.
E sem essa manifestação de carinho é impossível namorar ou amar alguém de verdade”.
Existe uma explicação cientifica para o beijo, que proporcionava sensações tão agradáveis. Através dele, o ser humano liberta seus neurotransmissores com substancias químicas que transmitem mensagens ao corpo – provocando um estado de leveza física e emocional. Quando duas pessoas se beijam, a hipófise, o tálamo e o hipotálamo trabalham juntos na libertação dessas substancias. Ocorre assim a “química do beijo”, que exige um preparo, um tempero entre o casal, sem os quais os neurotransmissores cerebrais não funcionam.
Quando alguém se apaixona seu organismo é atacado por varias substancias, dentre elas a feniletilamina. Uma simples troca de olhar, um aperto de mão ou beijo apaixonado podem desencadear a produção de feniletilamina. Há mais de 100 anos que os cientistas conhecem esta substancia, mas só cientistas conhecem esta substancia, mas só recentemente é que os doutores Donld F. Klein e Michael Lebowitz, do Instituto Psiquiátrico Estadual de Nova Iorque descobriram a relaço entre feniletilamina e o amor. Eles sugeriram que o cérebro de uma pessoa apaixonada contém grandes quantidades de feniletilamina, e que esta substancia poderia ser a responsável, em grande parte, pelas sensações e modificações fisiológicas que experimentamos quando estamos apaixonados.
A dopamina também é um importante neurotransmissor que guarda relação com a emoção amorosa. A euforia, a insônia, a perda de apetite, o pensamento obsessivo de quem ama, estão diretamente relacionados com os níveis de dopamina. A dopamina também, de alguma forma, está relacionada com as endorfinas, que são morfinas naturais fabricadas pelo cérebro. Elas são as drogas do prazer, seja o prazer sexual, seja o prazer da emoção amorosa. O beijo também está relacionado com os nossos sentidos. Durante o beijo visualizamos a pessoa amada mais de perto, amada mais de perto, sentimos o seu cheiro, sentimos o seu gosto e tocamos uma das partes mais sensíveis no nosso corpo, os lábios.

Tipos de beijos

Beijo comprido esquerdo

Usual na Índia. Segue carinhosamente o canto da boca. É um bom beijo de entrada para quase todos os beijos.

Rodin

É o mais perfeito de todos. Nele existe pureza, ternura, sensualidade, proteção e ambos os amntes desejavam o beijo.

Frontal com ponta

A ponta da língua faz movimentos para cima e para baixo lentamente, podendo tocar as gengivas.

Inferior com mordida superior que desliza

Vem da Índia. Uma boca beija o lábio superior, enaqunto a outra morde levemente o inferior. Uma das modalidades do beijo que os homens japoneses davam nas gueijas.

Beijo anestesia

Pressionar fortemente a língua na gengiva da outra pessoa. Peça para ela respirar profundamente. O céu da boca ficará anestesiado.

Beijo vampiro

Ela gosta de deixar marcas de suas investidas e, em geral, utiliza os dentes nos lábios e nas regiões em torno da boca.

Selo seco esquerdo

Um selo estalado no canto esquerdo da boca. Pode variar para o selo molhado com ponta, com a introdução da língua.

Músculos

Durante um beijo são mobilizados 29 músculos, sendo 17 linguais. Os batimentos cardíacos podem aumentar de 70 para 150, melhorando a oxigenação do sangue, o que mostra que o beijo tem também benefícios para o coração.

Substancias

No beijo há uma considerável troca de substancias, 9 miligramas de água, 0,7 decigramas de albumina, 0,8 miligramas de matérias gordurosas, 0,5 miligramas de sais minerais, sem falar em outras 18 substancias orgânicas, cerca de 250 bacterias, e uma grande quantidade de vírus.

In: C.P.

TALVEZ

Tal vez, oh mar, mi voz ya esté cansada
y le empiece a faltar aquella transparencia,
aquel arranque igual al tuyo, aquello
que era tan parecido a tu oleaje.
Han pasado los años por mí, sus duras olas
han mordido la piedra de mi vida,
y al viento de este ocaso playero ya la miro
doblándose en las húmedas arenas.
Tú, no; tú sigues joven, con esa voz de siempre
y esos ojos azules renovados
que ven hundirse, insomnes, las edades.

Rafael Alberti

SUSTENTABILIDADE URBANA

Há um fato que deveria estar presente nos corações e mentes de presidentes de câmara e legisladores: o modelo insustentável de crescimento adotado pelas nossas cidades. Este modelo consome os recursos naturais á exaustão e leva á extinção da biodiversidade. Ele vai inexoravelmente sufocando a natureza com asfalto, prédios e concretos. A ocupação humana parece faina de saúva, de formiga-roça: devora a vegetação natural e, por outro lado, asfixia a biodiversidade ao preencher os espaços com asfalto e concreto, e, sobretudo, com construções verticais descomunais.
A consciência dessa remissa, ou seja, de que há um modelo de crescimento que sufoca a natureza e que leva à insustentabilidade ambiental urbana, faria com que os gestores e legisladores viabilizassem antídotos, disponíveis numa política de preservação do maior numero possível de espaços vazios para transformá-los em áreas verdes, praças, parques, áreas de lazer, bulevares, centros culturais ou outras soluções para o uso coletivo da população. Os planos diretores deveriam ser categóricos quanto à preservação dos espaços vazios e criação de áreas verdes para uma melhor qualidade de vida nas cidades. O ideal seria que o espaço urbano fosse intercalado por extensas áreas arborizadas, locais para caminhadas, ciclovias, lagos, anfiteatros, pontos para contemplação, etc. é sabido que uma área arborizada torna o lugar mais agradável. As árvores trazem sombreamento. Elas purificam o ar, melhoram a estética da paisagem, atraem pássaros e atenuam, sobretudo, a poluição sonora. A criação de extensas áreas verdes é, portanto, a forma de estancar o modelo de crescimento insustentável nas cidades.

Valorização do espaço

Há de se considerar que os recursos naturais valorizam o espaço. Dizia um biólogo que a paisagem é uma característica ambiental por excelência de um povo. Ela expressa a relação sociedade/natureza de uma civilização. Como já lembrado, há nas cidades heranças paisagísticas naturais que remontam milênios e que estão ameaçadas de destruição pela ocupação urbana. Essas paisagens e esses recursos naturais passam a ser explorados como se fossem mercadorias, cujo valor de uso é depreciado em detrimento do seu valor de troca. Entao, nasa mais lógico: os espaços vazios existentes e que estão ameaçados pela especulação imobiliária devem ser desapropriados para preservação ambiental e uso comum da população.

‘Valério Bronzeado’

SONHOS E REALIDADES: A ESCOLHA DE UMA PROFISSÃO

O emprego formal acabou. Faltam vagas no mercado de trabalho. As grandes empresas diminuíram e muito o número de vagas disponíveis e são as pequenas, que tem gerado postos de trabalho. Ainda assim, a oferta de trabalho é infinitamente inferior à procura, além do fato de não preenchimento das vagas, em razão da baixa qualificação dos candidatos.
Noutros casos, a elevada qualificação dos candidatos, torna-se também um entrave.
Daí que:
Um grande entrave é o distanciamento entre o aprendizado do jovem e a realidade exigida pelo mercado. Deveria ocorrer um alinhamento entre as disciplinas e o mercado de trabalho e assim inspirar vocações, despertando talentos e desenvolvendo competências. A escola e a família devem propiciar ao aluno caminhos para o seu auto conhecimento e descoberta da própria personalidade e identidade. Fornecer informações qualificadas e estimular a reflexão, exercendo o mínimo de influencia possível.
“O que você vai ser quando crescer?”
Esta simples pergunta tem que ser feita, ajudando o jovem a despertar os seus sonhos e a capacidade de visualizar o futuro. A indagação resvala também nos pais e educadores, que precisam cada vez mais ter uma linguagem única, para neste momento crucial do jovem, o apoiar a tomar uma decisão e não de forma acomodada, fazer a sua opção profissional, apenas para, por exemplo, agradar á família.
Veja este desafio.

“Rocha & Coelho”

SONHEI CONTIGO

Sonhei contigo embora nenhum sonho possa ter habitantes tu, a quem chamo amor, cada ano pudesse trazer um pouco mais de convicção a esta palavra. É verdade o sonho poderá ter feito com que, nesta rarefacção de ambos, a tua presença se impusesse - como se cada gesto do poema te restituisse um corpo que sinto ao dizer o teu nome, confundindo os teus lábios com o rebordo desta chávena de café já frio. Então, bebo-o de um trago o mesmo se pode fazer ao amor, quando entre mim e ti se instalou todo este espaço - terra, água, nuvens, rios e o lago obscuro do tempo que o inverno rouba à transparência da fontes. É isto, porém, que faz com que a solidão não seja mais do que um lugar comum saber que existes, aí, e estar contigo mesmo que só o silêncio me responda quando, uma vez mais te chamo.

Nuno Júdice

SOME PEOPLE

some people never go crazy. me, sometimes I'll lie down behind the couch for 3 or 4 days. they'll find me there. it's Cherub, they'll say, and they pour wine down my throat rub my chest sprinkle me with oils. then, I'll rise with a roar, rant, rage - curse them and the universe as I send them scattering over the lawn. I'll feel much better, sit down to toast and eggs, hum a little tune, suddenly become as lovable as a pink overfed whale. some people never go crazy. what truly horrible lives they must lead.

Charles Bukowski

SOLSTÍCIO DE INVERNO

O Inverno Velho, velho, velho. Chegou o Inverno. Vem de sobretudo, Vem de cachecol, O chão onde passa Parece um lençol. Esqueceu as luvas Perto do fogão: Quando as procurou, Roubara-as um cão. Com medo do frio Encosta-se a nós: Dai-lhe café quente Senão perde a voz. Velho, velho, velho. Chegou o Inverno.

Eugénio de Andrade

SÓLO DA SED

Sólo la sed el silencio ningún encuentro cuídate de mí amor mío cuídate de la silenciosa en el desierto de la viajera con el vaso vacío y de la sombra de su sombra.

Alejandra Pizarnik

SEXTILHA FRANCESA PARA LEMBRAR DO MAIO DE 68

“Allons, enfants de la patrie”,
não tenho pátria, só tenho pernas,
o lixo ocidental já suja o Sena,
eu faço sexo enquanto invernas;
agora, “je vou salue, Marie”,
as muçulmanas são eternas.

Não vejo mais ou menos amores
pedalando sob o céu de Paris;
á esquerda, ao centro, à direita,
estudantes com balas de giz;
Delon, Bardot: “c’est demodée”,
o Quartier Latin não quer mais bis.

“Et maintenant, que vais-je faire?”,
é proibido proibir nossa canção,
“os automóveis ardem em chamas”,
a Torre Eiffel não faz bater o coração.
Que Sarkozy vá pra pata que o pôs,
A classe média nunca fez revolução.

‘Carlos Aranha’

SEXO SATISFATÓRIO…

Uma relação sexual satisfatória dura entre três e treze minutos, de acordo com um novo estudo realizado por pesquisadores nos EUA. O estudo afirma que um acto sexual “adequado” dura entre três e sete minutos; um “desejável”, de sete a treze minutos; um “curto demais” de um a dois minutos; e um “muito longo” de dez a trinta minutos.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

O HOMEM, A FRONTEIRA FINAL

Os 40 anos de ‘2001, uma Odisséia no Espaço’ e os outros nove melhores filmes de ficção cientifica”

Primeiro, são os homens das cavernas. Depois, o monólito misterioso. Em seguida, a descoberta das ferramentas – mas também das armas. Quando menos se espera, o pulo no tempo, o espaço. A fronteira final, já tinha dito o seriado ‘Jornada nas Estrelas’. Mas para ‘2001, uma Odisséia no Espaço’ de 1968, que completou á poucos dia 40 anos e foi relançado este mês em DVD numa edição dupla, a fronteira final é o próprio homem.

Para muita gente, o filme de Stanley Kubrick é tão indecifrável quanto o próprio monólito que surge em alguns momentos de 2001. a exploração espacial ganhou doses de suspense – na luta dos astronautas contra o supercomputador HAL-9000, que enlouquece e tenta matar todos na nave Discovery a caminho do planeta Júpiter – e também muita filosofia.

2001 teoriza sobre o passado e o futuro da humanidade – um futuro que se passa no ano-título, mas que vai muito além. A odisséia final é a evolução do ser humano, o passo adiante. Não admira que os minutos finais impressos na tela seja um quebra cabeças difícil de montar.

No lançamento o impacto visual certamente minimizou esse efeito. Filmado em 70 mm, nunca antes o espaço e o futuro pareceram tão realistas. O balé das naves ao som da valsa “Danúbio Azul”, de Johann Strauss, é apenas um dos momentos inesquecíveis.

A música do filme envolve uma das inúmeras histórias reais e lendas acerca da produção. Kubrick havia contratado Alex North, com quem tinha trabalhado em ‘Spartacus’, em 1960, para criar a trilha sonora de 2001. em cima da hora do lançamento, resolveu não usá-la e, sim, música clássica- além do “Danúbio Azul”, ficou famosa a abertura com “Assim falou Zaratustra”, de Richard Staruss. Conta-se que North só descobriu que havia ficado de fora na estréia do filme. A trilha original acabou sendo lançada no CD Alex North’s 2001.

Uma das lendas diz respeito ao nome do computador HAL. As três letras são imediatamente anteriores a IBM, marca famosa de um fabricante de computadores. Não seria por acaso... Mas Arthur C. Clarke, autor do conto original e co-autor do roteiro, diz no seu livro continuação, ‘Odisséia II’ que HAL significa Computador Heurístico Algorítimo.

Adaptando o conto ‘The Sentinel’ de 1948, Kubrick e Clarke trabalharam em paralelo; um desenvolvia o roteiro e o outro ampliava a historia para um romance – que teria nome igual ao do filme. ‘Odisseia II’ acabou virando o filme ‘2010, o Ano em que Faremos Contato’ de 1984, de Peter Hyams, sem um décimo da repercussão do original.

Se nunca fomos além da Lua nas viagens espaciais, muito do futuro imaginado em 2001 já chegou. O videofone, entre elas, mas essa não é a questão que importa no filme – e sim a trajetória do homem. E se você não entendeu o filme, não se preocupe. Pode tentar a explicação animada que está no site Kubrick 2001:

http://es.kubrick2001.com/

Mas o próprio Arthur C. Clarke, já havia dito:

- “Se você entender completamente 2001, nós falhamos. Nossa intenção era levantar muito mais questões que respondê-las”.

Renato Felix

“2001, uma Odisséia no Espaço”

1968 de Stanley Kubrick
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http://www.youtube.com/watch?v=HcYvv4PI-Ns&feature=related
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No sentido horário, a evolução filosófica do homem, a tecnologia, o duelo entre homem e computador e Kubrick em ação, no incrível cenário de 2001

“Metropolis”
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http://www.youtube.com/watch?v=0Ffa3Qa4ah4
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1926, de Fritz Lang

O mestre alemão concebeu um futuro em que a sociedade está dividida entre uma elite que vive na superfície e os trabalhadores que a sustentam, dando duro no subterrâneo. Como eles se reúnem em torno de Maria (Brigitte Helm, um cientista cria um robô para tomar o lugar dela e semear a discórdia. Antológico o filme inspirou inúmeros outros pelos anos seguintes, como ‘Blade Runner’ de 1982, para ficar em penas um.

“O dia em que a Terra Parou”

1951, de Robert Wise
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http://www.youtube.com/watch?v=Ksr3BS_LqsY
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O mundo estava mergulhado na Guerra Fria e começando a corrida espacial quando Wise dirigiu este filme fundamental, no qual um extraterrestre vem à Terra para avisar que a comunidade intergaláctica não está a fim de tolerar as nossas tendências belicistas. Quem o ajuda é uma dona de casa absolutamente normal, que também lhe dá a ele uma visão mais humana.

“Vampiros de Almas”

1956, de Don Siegel
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http://www.youtube.com/watch?v=HPl8G5cvdNw
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Filme B que é uma reflexão sobre a paranóia anticomunista nos EUA. Alienígenas começaram uma invasão da Terra por uma cidadezinha norte-americana: copias sem qualquer emoção e que agem sem qualquer individualidade trocam de lugar com os habitantes. Qualquer semelhança com a idéia que se fazia dos “perigos vermelhos” não é mera coincidência. Teve três refilmagens.

“O planeta dos Macacos”

1968 de Franklin J. Schaffner
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http://www.youtube.com/watch?v=Cmw6Jne0tAQ
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Na volta à Terra astronautas acabam parando num planeta onde os símios são os inteligentes e os humanos, tratados como animais. O conflito não demora a acontecer, numa irônica visão do papel do Homem e seus preconceitos com os “diferentes” refletidos contra si. O filme caminha para um dos mais impactantes finais da história do cinema. Teve quatro continuações e mais uma filmagem.

“Guerra das Estrelas”

1977, de George Lucas
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http://www.youtube.com/watch?v=_eVLHAYXTck&feature=related
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Com elementos de faroeste e capa e espada, Lucas criou a sua saga espacial inspirada bem menos em ciência do que nos antigos seriados de aventura do cinema. No fundo, é uma história de princesas e cavaleiros com roupagem no espaço e, com ajuda do merchandising, criou uma mitologia em torno de si sem paralelo no cinema, com personagens memoráveis, como o vilão Darth Vader. Teve cinco continuações.

“E.T., o Extraterrestre”

1982, de Steven Spielberg
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http://www.youtube.com/watch?v=t4yUQJeKZNs
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Spielberg já tinha mostrado, em ‘Contatos Imediatos do Terceiro Grau’ de 1977, que o alienígena não precisa ser uma ameaça – subvertendo a idéia geral do cinema nas décadas de 1950 e 1960. mas ao colocar um E.T. criança em contato com crianças da Terra, ele tocou os corações como poucas vezes o cinema conseguiu. Aqui, os adultos , que não entendem as crianças, é que são os alienígenas.

“Blade Runner, o Caçador de Andróides”

1982, de Ridley Scott
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http://www.youtube.com/watch?v=mmoe3PPIuwc&feature=related
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O que faz de alguém um ser humano? Blade Runner faz essa pergunta enquanto coloca um detetive (Harrison Ford) em perseguição a um grupo de andróides rebelados (os “replicantes”). Um deles, vivido por Rutger Hauer, demonstra ter uma dimensão filosófica tão grande ou maior que seu algoz, ao reinvindicar o simples direito de existir. O visual futurista de uma Los Angeles chuvosa e super populosa marcou a época.

“De Volta ao Futuro”

1985, de Robert Zemeckis
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http://www.youtube.com/watch?v=2pMlXTA1_n8&feature=related
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O melhor filme sobre viagens no tempo: Marty McFly (Michael J. Fox) viaja de 1985 a 1955 em um carro DeLorean. O problema fica ainda mais delicado quando ele impede, sem querer,o primeiro encontro de seus pais e sua futura mãe se apaixona por ele. O genial argumento é base para uma aventura muito divertida e esplendidamente executada. Teve duas continuações à ltura.

“Matrix”

1999, de Andy e Larry Wachowski
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http://www.youtube.com/watch?v=RJ0v5H3Uctw&feature=related
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Aqui, a cybercultura é a alma. Neo (Keanu Reeves) descobre que o mundo em que vive é uma mentira – uma reprodução virtual criada por máquinas que escravizaram a humanidade, no mundo real. Aprender a usar esse ambiente para libertar os seres humanos é o objetivo que leva a muita pancadaria, barulho e a um coquetel de referências culturais e filosóficas.

O EFEITO NARCÓTICO DOS PROBLEMAS

Adaptar-se a uma situação difícil dá muito mais trabalho que tentar resolvê-la.
Modificar determinadas situações pode ser muito menos trabalhoso que tentar adaptar-se a elas, você já parou para pensar nisto?
Os problemas parecem ter uma espécie de efeito narcótico que nos insensibiliza em relação a eles. É o que chamamos de “problecaína”. Criamos um tipo de capa protetora que isola a dor e nos permite sobreviver sem sofrer, é verdade, mas tem que também não resolver a questão. Esse efeito anestésico nos tira a clareza de raciocínio e nos priva de usar nossa maior virtude: a inteligência. Isso acontece na vida pessoal e profissional. Nas empresas, gestores de todos os níveis ficam anestesiados pelos problemas e acabam por se conformar com eles, como se fossem rotina.
Preste atenção aos itens abaixo e fuja do efeito “problecaína”:

- Perceba os problemas que estão à sua volta. Se não fizer isso, a rotina vai engolir você e transformá-lo num daqueles profissionais que passam a vida se queixando do estresse, da pressão e do excesso de trabalho. Como conseqüência, vai ver sua carreira encolher juntamente com a sua empregabilidade.

- Analise as dificuldades antes de sair atacando seus efeitos. Caso contrário, ficará frustrado, pois elas não se resolverão.

- Entenda que as mudanças não acontecem por acaso. Se você não souber conduzir o processo, mobilizando as pessoas e garantindo que o resultado seja obtido, se desgastará e perderá o esforço que fez. No fim, a sua credibilidade poderá ficar abalada e você, provavelmente, se juntará ao time dos profissionais que dizem não ter sorte na carreira porque fizeram tudo certo, mas não conseguiram o resultado que esperavam.

‘Rocha & Coelho’