quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Planeta com cauda de cometa


Por meio de observações com o telescópio Hubble, da Nasa, a agência espacial norte-americana, um grupo de astrônomos confirmou a existência de um objeto extremamente quente ao qual chamaram de “planeta cometário”.
O motivo é que o HD 209458b, seu nome oficial, lembra um cometa. Trata-se de um gigante gasoso que está em uma órbita tão próxima de sua estrela que sua atmosfera aquecida está se esvaindo no espaço.
Segundo o estudo, publicado no The Astrophysical Journal, ventos estelares poderosos estão soprando material da atmosfera e deixando-o para trás na forma de uma cauda de um cometa.
“Desde 2003, cientistas têm teorizado que a massa perdida [do HD 209458b] está sendo empurrada em uma cauda e até mesmo calcularam como ela seria. Achamos que encontramos a melhor evidência observacional até o momento para apoiar essa teoria”, disse Jeffrey Linsky, da Universidade do Colorado em Bouder, líder do estudo.
O HD 209458b está a 153 anos-luz da Terra e pesa pouco menos do que Júpiter, mas está cerca de cem vezes mais perto de sua estrela do que a distância do Sol para o maior planeta de seu sistema.
O planeta cometário completa uma volta em torno de sua estrela em apenas 3,5 dias. No Sistema Solar o período orbital mais curto é o de Mercúrio, com 88 dias.
Linsky e colegas detectaram elementos pesados, como carbono e silício, na atmosfera de mais de 1.000 ºC do planeta. Segundo eles, isso implica que a sua estrela está aquecendo toda a atmosfera e fazendo com que os elementos químicos mais pesados escapem.
O artigo Observations of Mass Loss from the Transiting Exoplanet HD 209458b (vol.717, doi:10.1088/0004-637X/717/2/1291), de Jeffrey Linsky e outros, pode ser lido no The Astrophysical Journal em http://iopscience.iop.org/0004-637X/717/2/1291

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Descodificaram o nome SOCRATES‏

Acaba de me chegar às mão um estudo efectuado por cientistas
portugueses que descodificaram o nome SOCRATES.
Eis as conclusões do estudo:

S
alazar
O
utrora
C
aiu;
R
egressou
A
gora
T
ransformado
E
m
S
ocialista

Um homem Inteligente Falando das Mulheres

O desrespeito à natureza tem afetado a sobrevivência de vários seres e entre os mais ameaçados está a fêmea da espécie humana.
Tenho apenas um exemplar em casa,que mantenho com muito zelo e dedicação, mas na verdade acredito que é ela quem me mantém. Portanto, por uma questão de auto-sobrevivência, lanço a campanha 'Salvem as Mulheres!'
Tomem aqui os meus poucos conhecimentos em fisiologia da feminilidade a fim de que preservemos os raros e preciosos exemplares que ainda restam:


1. Habitat
Mulher não pode ser mantida em cativeiro. Se for engaiolada, fugirá ou morrerá por dentro. Não há corrente que as prenda e as que se submetem à jaula perdem o seu DNA. Você jamais terá a posse de uma mulher, o que vai prendê-la a você é uma linha frágil que precisa ser reforçada diariamente.

2. Alimentação correta
Ninguém vive de vento. Mulher vive de carinho. Dê-lhe em abundância. É coisa de homem, sim, e se ela não receber de você vai pegar de outro. Beijos matinais e um 'eu te amo’ no café da manhã as mantém viçosas e perfumadas durante todo o dia. Um abraço diário é como a água para as samambaias. Não a deixe desidratar. Pelo menos uma vez por mês é necessário, senão obrigatório, servir um prato especial.

3. Flores
Também fazem parte de seu cardápio – mulher que não recebe flores murcha rapidamente e adquire traços masculinos como rispidez e brutalidade.

4. Respeite a natureza
Você não suporta TPM? Case-se com um homem. Mulheres menstruam, choram por nada, gostam de falar do próprio dia, discutir a relação? Se quiser viver com uma mulher, prepare-se para isso.

5. Não tolha a sua vaidade
É da mulher hidratar as mechas, pintar as unhas, passar batom, gastar o dia inteiro no salão de beleza, colecionar brincos, comprar muitos sapatos, ficar horas escolhendo roupas no shopping. Entenda tudo isso e apoie.

6. Cérebro feminino não é um mito

Por insegurança, a maioria dos homens prefere não acreditar na existência do cérebro feminino. Por isso, procuram aquelas que fingem não possuí-lo (e algumas realmente o aposentaram!). Então, aguente mais essa: mulher sem cérebro não é mulher, mas um mero objeto de decoração. Se você se cansou de colecionar bibelôs, tente se relacionar com uma mulher. Algumas vão lhe mostrar que têm mais massa cinzenta do que você. Não fuja dessas, aprenda com elas e cresça. E não se preocupe, ao contrário do que ocorre com os homens, a inteligência não funciona como repelente para as mulheres.

Não faça sombra sobre ela
Se você quiser ser um grande homem tenha uma mulher ao seu lado, nunca atrás. Assim, quando ela brilhar, você vai pegar um bronzeado. Porém, se ela estiver atrás, você vai levar um pé-na-bunda.

Aceite: mulheres também têm luz própria e não dependem de nós para brilhar. O homem sábio alimenta os potenciais da parceira e os utiliza para motivar os próprios. Ele sabe que, preservando e cultivando a mulher, ele estará salvando a si mesmo.
E meu amigo, se você acha que mulher é caro demais, vire GAY, mas não pense que gastará menos, faça-o por ser 'GOSTO'! 
 
Luiz Fernando Verissimo
 

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Afinal?...

... a injustiça e o apetite das elites politicas é transversal aos sistemas, ainda que só em Democracia seja possível fazer valer a vontade de quem é soberano que, dizem, é o povo, e eu, concordo mas acrescento: que é preciso estar avisado e não andar distraído em futebóis e ter coragem e vontade de mudar.


A Lei 2105 de 1960 (de António de Oliveira SALAZAR) 

Acabemos de vez com este desbragamento, este verdadeiro insulto à dignidade de quem trabalha para conseguir atingir a meta de pagar as contas no fim do mês.

Corria o ano de 1960 quando foi publicada no "Diário do Governo" de 6 de Junho a Lei 2105, com a assinatura de Américo Tomaz, Presidente da República, e de A. Oliveira Salazar, Presidente do Conselho de Ministros.

Conforme nos descreve Pedro Jorge de Castro no seu livro "Salazar e os milionários", publicado pela Quetzal em 2009, essa lei destinou-se a disciplinar e moralizar as remunerações recebidas pelos gestores do Estado, fosse em que tipo de estabelecimentos fosse. Eram abrangidos os organismos estatais, as empresas concessionárias de serviços públicos onde o Estado tivesse participação accionista, ou ainda aquelas que usufruíssem de financiamentos públicos ou "que explorassem actividades em regime de exclusivo". Não escapava nada onde houvesse investimento do dinheiro dos contribuintes.

E que dizia, em resumo, a Lei 2105?

Dizia simplesmente que quem quer que ocupasse esses lugares de responsabilidade pública não podia ganhar mais do que um Ministro.
Claro que muitos empresários logo procuraram espiolhar as falhas e os buraquinhos por onde a Lei 2105 pudesse ser torneada, o que terão de certo modo conseguido pois a redacção do diploma permitia aos administradores, segundo transcreve o autor do livro, "receber ainda importâncias até ao limite estabelecido, se aos empregados e trabalhadores da empresa for atribuída participação nos lucros".
A publicação desta lei altamente moralizadora, que ocorreu no período do Estado Novo de Salazar, fará muito brevemente 50 anos.
Em 13 de Setembro de 1974, catorze anos depois da lei "fascista", e seguindo sempre as explicações do livro de Pedro Castro, o Governo de Vasco Gonçalves, militar recém-saído do 25 de Abril, pegou na ambiguidade da Lei 2105/60 e, pelo Decreto Lei 446/74, limitou os vencimentos dos gestores públicos e semi-públicos ao salário máximo de 1,5 vezes o vencimento de um Secretário de Estado.
Vendo bem, Vasco Gonçalves, Silva Lopes e Rui Vilar, quando assinaram o Dec.-lei 446/74, pura e simplesmente reduziram os vencimentos dos gestores do Estado do dobro do vencimento de um Ministro para uma vez e meia o vencimento de um Secretário de Estado. O Decreto- Lei 446/74 justificava a alteração nos referidos vencimentos pelo facto da redacção pouco precisa da Lei 2105/60 permitir "interpretações abusivas", o que possibilitava "elevados vencimentos e não menos excessivas pensões de reforma".
Ao lermos hoje esta legislação, parece que se mudámos, não de país mas de planeta, pois tudo isto se passou no tempo do "fascismo" (Lei 2105/60) e do "comunismo" (Dec.-Lei 446/74).
Agora, está tudo muito melhor, sobretudo para esses “reis da fartazana” que são os gestores estatais dos nossos dias: é que, mudando-se os tempos mudaram-se as vontades e, onde o sector do Estado pesava 17% do PIB, no auge da guerra colonial, com todas as suas brutais despesas, pesa agora 50%. E, como todos sabemos, é preciso gente muito competente e soberanamente bem paga para gerir os nossos dinheirinhos.
Tão bem paga é essa gente que o homem que preside aos destinos da TAP, Fernando Pinto, que é o campeão dos salários de empresas públicas em Portugal (se fosse no Brasil, de onde veio, o problema não era nosso) ganha a monstruosidade de 420.000 euros por mês, um "pouco" mais que Henrique Granadeiro, o presidente da PT, o qual aufere a módica quantia de 365.000 mensais.
Aliás, estes dois são apenas o topo de uma imensa corte de gente que come e dorme à sombra do orçamento e do sacrifício dos contribuintes, como se pode ver pela lista divulgada recentemente por um jornal semanário, onde vêm nomes sonantes da nossa praça, dignos representantes do despautério e da pouca vergonha a que chegou a vida pública portuguesa.

Assim - e seguindo sempre a linha do que foi publicado - conhecem-se 14 gestores públicos que ganham mais de 100.000 euros por mês, dos quais 10 vencem mais de 200.000.
O ex-governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, o mesmo que estima à centésima o valor do défice português, embora nunca tenha acertado no seu valor real, ganhava 250.000 euros/mês, antes de ir para o exílio dourado de Vice-Presidente do Banco Central Europeu.

Entretanto, para poupar uns 400 milhões nas deficitárias contas do Estado, o governo não hesita em cortar benefícios fiscais a pessoas que ganham por mês um centésimo, ou mesmo 200 e 300 vezes menos que os homens (porque, curiosamente, são todos homens...) da lista dourada que o "Sol" deu à luz há pouco tempo.

Acabemos de vez com este desbragamento, este verdadeiro insulto à dignidade de quem trabalha para conseguir atingir a meta de pagar as contas no fim do mês.
Não é preciso muito, nem sequer é preciso ir tão longe como o DL 446/74 de Vasco Gonçalves, Silva Lopes e Rui Vilar:

Basta ressuscitar a velhinha, mas pelos vistos revolucionária Lei 2105/60, assinada há 50 anos por Oliveira Salazar.

Comparemos as três situações e tiremos as devidas conclusões !  Até calha em verso  ! 

terça-feira, 17 de agosto de 2010

História de Portugal ultra-condensada

Tudo começou com um tal Henriques que não se dava bem com a mãe e acabou por se vingar na pandilha de mauritanos que vivia do outro lado do Tejo. Para piorar ainda mais as coisas, decidiu casar com uma espanhola qualquer e não teve muito tempo para lhe desfrutar do salero porque a tipa apanhou uma camada de peste negra e morreu.
Pouco tempo depois, o fulano, que por acaso era rei, bateu também as botas e foi desta para melhor.
Para a coisa não ficar completamente entregue à bicharada, apareceu um tal João que, ajudado por um amigo de longa data que era afoito para a porrada, conseguiu pôr os espanhóis a enformar pão e ainda arranjou uns trocos para comprar uns barcos ao filho que era dado aos desportos náuticos. De tal maneira que decidiu pôr os barcos a render e inaugurou o primeiro cruzeiro marítimo entre Lisboa e o Japão com escalas no Funchal, Salvador, Luanda, Maputo, Ormuz, Calecute, Malaca, Timor e Macau .
Quando a coisa deu para o torto, ficou nas lonas só com um pacote de pimenta para recordação e resolveu ir afogar as mágoas, provocando a malta de Alcácer-Quibir para uma cena de estalo. Felizmente, tinha um primo, o Filipe, que não se importou de tomar conta do estaminé até chegar outro João que enriqueceu com o pilim que uma tia lhe mandava do Brasil e acabou por gastar tudo em conventos e aquedutos.

Com conventos a mais e dinheiro menos, as coisas lá se iam aguentando até começar tudo a abanar numa manhã de Novembro. Muita coisa se partiu. Mas sem gravidade porque, passado pouco tempo, já estava tudo arranjado outra vez, graças a um mânfio chamado Sebastião que tinha jeito para o bricolage e não era mau tipo apesar das perucas um bocado amaricadas.
Foi por essa altura que o Napoleão bateu à porta a perguntar se o Pedro podia vir brincar e o irmão mais novo, o Miguel, teve uma crise de ciúmes e tratou de armar confusão que só acabou quando levou um valente puxão de orelhas do mano que já ia a caminho do Brasil para tratar de uns negócios.

A malta começou a votar mas as coisas não melhoraram grande coisa e foi por isso que um Carlos anafado levou um tiro nos coiratos quando passeava de carroça pelo Terreiro do Paço. O pessoal assustou-se com o barulho e escondeu-se num buraco na Flandres onde continuaram a ouvir tiros mas apontados a eles e disparados por alemães.
Ao intervalo, já perdiam por muitos,  Angola continuava a ser nossa mesmo que andassem para aí a espalhar boatos.
Comunistas dum camandro! Tanto insistiram que o velhote se mandou do cadeirão abaixo e houve rebaldaria tamanha que foi preciso pôr um chaimite e um molho de cravos em cima do assunto.
Depois parece que houve um Mário qualquer que assinou um papel que nos pôs na Europa e ainda teve tempo para transformar uma lixeira numa exposição mundial e mamar duas secas da Grécia na final.
E o Cavaco e o Sócrates? O Cavaco foi com o Pai Natal  o Sócrates e o palhaço no comboio ao circo.
FIM

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Fisco ameaça penhorar bens por dívida de oito euros

A carta chegou «nos primeiros dias de Agosto» com um aviso claro: «A penhora de bens em assunto fiscal, com a indicação de que o património já tinha sido identificado».
«Fiquei muito surpreso e preocupado, especialmente porque não houve nenhum aviso anterior», disse à Agência Financeira Rui Ochoa, responsável de uma agência de comunicação e residente no Porto.
«Depois, quando nas Finanças me explicaram a situação, só tinha vontade de rir», confessou. Em causa está uma dívida de 8,45 euros.
«Trata-se de um atraso, de cerca de um ou dois meses, no pagamento de IRS relativo a 2008», explicou à AF Rui Ochoa que admitiu que «ainda hoje» vai pagar o valor em causa.
Questionado sobre este caso e sobre as providências que o Ministério das Finanças vai tomar para evitar estes casos, a resposta foi sucinta: «Para aferir da veracidade do caso que menciona, ter-se-ia de identificá-lo e a Administração Fiscal não se pronuncia sobre casos concretos de contribuintes, salvo sob autorização expressa, e por escrito, do próprio».

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

A Rainha de Inglaterra

O PGR criticou o comportamento do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, considerando-o como um "mero lobby de interesses pessoais que pretende actuar como um pequeno partido político". E concluiu que "é imperioso que se diga que modelo se deseja para o País: se um sistema em que o sindicato quer substituir as instituições ou um Ministério Público responsável". Esta crítica ao sindicato é injusta e agrava a crise profunda em que vegeta o Ministério Público.
É injusta a crítica do PGR ao Sindicato dos Magistrados do Ministério Público. O Sindicato tem-se distinguido pela promoção da dignidade profissional e mesmo pela defesa da liberdade de decisão dos magistrados do Ministério Público. E tem-no feito com a devida contenção linguística e respeito institucional. O Sindicato dos Magistrados do Ministério Público constitui, por isso, um garante da qualidade do funcionamento do Ministério Público e dessa forma do próprio Estado de direito.
Bem vistas as coisas, as declarações desta semana reflectem o estado do Ministério Público. O Ministério Público vive a mais profunda crise da democracia. O PGR tem amplos poderes hierárquicos e processuais que lhe permitiriam cumprir a sua função constitucional. Aliás, esses poderes foram até recentemente reforçados na última reforma do Ministério Público. É, pois, surpreendente o desafio feito pelo PGR ao poder político a decidir se prefere um MP autónomo, mas com uma hierarquia a funcionar, ou "o actual simulacro de hierarquia em que o PGR tem os poderes da Rainha de Inglaterra".
Na actual configuração constitucional e legal do PGR, é errado comparar o PGR a uma figura como a Rainha de Inglaterra. Os poderes do PGR não são simbólicos. Longe disso. Sucede é que muitos desses poderes não são exercidos ou são exercidos de forma insuficiente. Exemplo cabal disso mesmo é o poder do PGR de concretização da política criminal. Portugal continua sem uma política criminal, que imponha coerência interna na actuação do MP e desse modo respeite o princípio da igualdade de uma justiça igual para ricos e para pobres, para os notáveis e para o cidadão comum. A Lei n.º 51/2007 prevê o dever funcional de o MP "privilegiar" a aplicação de certas "medidas" no inquérito e de "promover" na audiência de julgamento determinadas sanções não privativas da liberdade. Ora, falta ainda hoje uma concretização objectiva e detalhada da política criminal no tocante ao arquivamento em caso de dispensa de pena, à suspensão provisória do processo, à mediação penal, ao processo sumaríssimo e ao processo abreviado. Como falta uma política racional de promoção de sanções não privativas da liberdade, sendo manifestamente insuficiente a Directiva n.º 1/2008.
É certo que o estatuto do Ministério Público e até a Constituição poderiam sofrer benfeitorias várias no que respeita à estrutura e funcionamento do Ministério Público e, designadamente, à sua relação com os órgãos de polícia criminal e à execução da política criminal. Mas o estatuto vigente não pode ser invocado para justificar as intervenções legalmente questionáveis do Ministério Público em certos casos e muito menos a grave crise institucional instalada no seio do Ministério Público. Como o mostra à saciedade a performance de anteriores procuradores-gerais. 

PAULO PINTO DE ALBUQUERQUE

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Respiração cerebral


Agência FAPESP – Técnicas para controlar a respiração, como em ioga ou meditação, por exemplo, estão se tornando populares como alternativa para tentar relaxar e diminuir o estresse. Mas como é mesmo que o cérebro controla a respiração?
Segundo um grupo de cientistas do Reino Unido e dos Estados Unidos, são as células conhecidas como astrócitos que têm um papel central na regulação da respiração.
Astrócitos são células com formato de estrela (daí o nome) encontradas no cérebro e na medula espinhal. Até então, achava-se que fossem personagens passivos e secundários na fisiologia cerebral, mas Alexander Gourine, da University College London, e colegas encontraram evidências de que essas células multitarefas são protagonistas no controle químico-sensorial envolvido na respiração.
Os autores do estudo, publicado na edição on-line da revista Science, descobriram que os astrócitos cerebrais são capazes de perceber alterações nos níveis de dióxido de carbono e de acidez no sangue e no cérebro.
Com essa capacidade, essas células podem ativar redes neuronais envolvidas na respiração, localizadas no cérebro, de modo a aumentar a respiração de acordo com a atividade e o metabolismo do organismo.
Os astrócitos fazem isso ao liberar trifosfato de adenosina (ATP), um mensageiro químico que estimula centros respiratórios no cérebro a aumentar a respiração para que a quantidade a mais de dióxido de carbono seja removida do sangue e eliminada pela expiração.
Os resultados do estudo, segundo seus autores, podem ajudar a entender melhor os mecanismos responsáveis por problemas respiratórios como asma, enfisema e até a sensação de fôlego curto causada pelo estresse ou por doenças cardiovasculares.
“A pesquisa identifica os astrócitos cerebrais como elementos fundamentais nos circuitos cerebrais que controlam funções vitais como a respiração e indica que eles são realmente as estrelas do cérebro”, disse Gourine.
O artigo Astrocytes Control Breathing Through pH-Dependent Release of ATP (doi: 10.1126/science.1190721), de Alexander Gourine e outros, pode ser lido na Science em www.sciencemag.org.

Planeta com cauda de cometa

Agência FAPESP – Por meio de observações com o telescópio Hubble, da Nasa, a agência espacial norte-americana, um grupo de astrônomos confirmou a existência de um objeto extremamente quente ao qual chamaram de “planeta cometário”.

O motivo é que o HD 209458b, seu nome oficial, lembra um cometa. Trata-se de um gigante gasoso que está em uma órbita tão próxima de sua estrela que sua atmosfera aquecida está se esvaindo no espaço.

Segundo o estudo, publicado no The Astrophysical Journal, ventos estelares poderosos estão soprando material da atmosfera e deixando-o para trás na forma de uma cauda de um cometa.

“Desde 2003, cientistas têm teorizado que a massa perdida [do HD 209458b] está sendo empurrada em uma cauda e até mesmo calcularam como ela seria. Achamos que encontramos a melhor evidência observacional até o momento para apoiar essa teoria”, disse Jeffrey Linsky, da Universidade do Colorado em Bouder, líder do estudo.

O HD 209458b está a 153 anos-luz da Terra e pesa pouco menos do que Júpiter, mas está cerca de cem vezes mais perto de sua estrela do que a distância do Sol para o maior planeta de seu sistema.

O planeta cometário completa uma volta em torno de sua estrela em apenas 3,5 dias. No Sistema Solar o período orbital mais curto é o de Mercúrio, com 88 dias.

Linsky e colegas detectaram elementos pesados, como carbono e silício, na atmosfera de mais de 1.000 ºC do planeta. Segundo eles, isso implica que a sua estrela está aquecendo toda a atmosfera e fazendo com que os elementos químicos mais pesados escapem.

O artigo Observations of Mass Loss from the Transiting Exoplanet HD 209458b (vol.717, doi:10.1088/0004-637X/717/2/1291), de Jeffrey Linsky e outros, pode ser lido no The Astrophysical Journal em http://iopscience.iop.org/0004-637X/717/2/1291.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Porreiro Pá, é o fim do principio Caro Zé


Meu Caro Zé Pinto

Estou muito feliz por ti, pois tomei conhecimento de que após o ótimo trabalho de negação e destruição de provas, realizado de forma mais do que profissional, pelo nosso amigão das curvas e contracurvas, PGR, se conseguiu finalmente concluir a fase de inquérito do processo que mais popularidade te conseguiu granjear ao longo destes anos.

Sabes bem como o povão gosta de mártires, e tu soubeste muito bem passar essa mensagem de injustiçado para a opinião publica. Cheguei a ver velhinhas de chaile pelos brancos cabelos a chorar carpidamente, suspirando por entre as dentaduras, que te queriam assassinar politicamente, eq eu tu eras um moço tão gentil, simpático, e muito amigo dos gays, pois até tinhas lutado para fazer aprovar uma lei que vai dar mais trabalho aos padres das paróquias, que vão poder passar a casar os Maneis com os Antónios, e as Marias com as Raquelinas...

Porreiro Pá...

Só foi pena meu caro, que agora, logo agora que as coisas voltam a carburar bem para ti a nível de sondagens, pois o Pedrinho ainda não parou de dizer e fazer disparates, caiba ao Juiz de Instrução decidir se o processo avança ainda mais em tribunal. É que eu acho que agora é que chegamos ao fim dó principio desta trapalhada toda, e ou me engano muito, ou vais acabar por sair um nadinha ‘cagado’ de toda esta história, pois já não tem mais por donde apagar fitas de escutas, e queimar arquivos comprometedores.

Agora te digo que essa idéia de mandares o compadre Vara para aquela empresa brasileira, foi de gênio. O tipo assim fica longe, e quem esta longe da vista, acaba por também estar do coração, e da razão... Um bom amigo comprometedor, é como uma boa sogra... querem-se frios, distantes, de preferência no cemitério...

Antes do Natal, deves receber então um presente, do Juiz de Instrução, que tem 4 meses para decidir o que fazer com a papelada toda que resistiu as inúmeras e propositadas destruições. Cá para mim, o tipo, se não pertencer ao grupo certo, (tens que te inteirar se está com os da Maçonaria... ou com o Loby Gay...) ainda vai querer escutar mais gente, e até mesmo que venhas tu pessoalmente a responder as perguntas que devido aos teus inúmeros afazeres, muito diligenciadamente, ficaram por responder.

Pois é meu Caro, as coisas pareciam fáceis, mas estão cada vez mais complicadas, pois os Procuradores do Ministério Publico são chatos para caramba e não te vão querer largar a labita assim com umas duas ou três caixas de robalos. Enquanto tu não esclareceres as inúmeras duvidas que andam por ai no ar, eles vão estar sempre na tua cola. O melhor mesmo era arranjares umas viagens para impingir computadores e aspiradores na America Latina e em Africa, durante os meses de Novembro e Dezembro, e em Janeiro marca uma digressão a Pantagonia, pois lá as comunicações não são nada fáceis, e podes sempre inventar que estas bloqueado com o degelo do pólo sul...  

Olha que essa coisa de o processo ter ficado a congelar no Montijo de 2005 até 2008, ainda não foi muito bem esclarecida, e como as perguntas por responder estão inscritas no despacho, desde logo te colocaram uma enorme caixa de cascas de banana, para tu caíres ao mais pequeno passo em falso, e tu parece que não ES lá muito bom equilibrista... lábia de palavra tens tu, agora dançarino...

Agora imagina tu que; o teu amigo da onça de Boliqueime se lembra nas ferias de convocar para Setembro ou Outubro o Conselho de Estado para requerer um despacho lá dos camaradas que permita tu seres ouvido, para responderes aquele monte de perguntas, e mais as resmas que lá devem ter para te colocar...

È meu Caro Amigo, a coisa esta ficando escura, para não dizer preta. E olha que não tem nada que ver com a filha do teu amigo Santos de Angola.

Aceita os meus mais calorosos cumprimentos, e na resposta me vai dizendo que tabaco preferes, caso decidam te mandar passar férias para Alcoentre.

Antentamente,

Um amigo empenhadamente, sempre ao teu dispor.