sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

A LENDA DO GUARANÁ

As lendas indígenas são muito ilustrativas e enriquecem o universo cultural dos nossos educandos de uma forma extraordinária. Por isso, deveriam ser mais divulgadas nas escolas, na forma de leitura e interpretação de texto, como também no cinema, teatro e televisão.
A lenda do guaraná, por exemplo, muito interessante, conta a historia de Alupá, filho dos índios Taíra e Naiara. De boa índole e inteligente, o menino ajudava a mãe na plantação, pecava com os homens da aldeia, colhia frutas na floresta e saía para nadar com as outras crianças.
Aos poucos, Alupá foi desvendando os mistérios da mata, com exceção da maldade de Jurupari, o espírito do mal, que um dia se transformou numa cobra para dar o bote no indiozinho.
Assim, quando o garoto se encontrava sozinho no alto de um pé de carambola, saboreando as frutas, Jurupari tomou a cor do tronco da arvore e enrolou-se no seu corpo, picando-o mortalmente.
Quando o índio Taíra encontrou o filho morto, com a perna sangrando, sentiu logo a ação do gênio do mal, pois sabia que ele conhecia muito em os animais e não se deixaria atacar assim tão facilmente, o que foi confirmado pelo chefe religioso da tribo, o xamã.
Enquanto os índios se reuniam em torno de Alupá, ouviu-se um trovão. Naiara, a mãe do garoto, fechou os olhos e ficou assim por alguns minutos, contando depois ao grupo que o estrondo fora uma mensagem de Tupã.
O deus queria compensar a aldeia pela perda de Alupá e pedia que ela plantasse os olhos do filho, como se fossem sementes.
Daí nasceria um arbusto milagroso cujos frutos trariam felicidade. E assim, dentro de poucos dias nasceu o pé de guaraná, fruto de grande valor nutritivo, reverenciado no mundo inteiro.

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