quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

APENAS UM PASSO

Não importa há quanto tempo você esta a andar para o Norte, com apenas um passo você é capaz de andar para o Sul. O que é preciso para dar uma volta de 180º na sua vida? Apenas um passo.
Você está a apenas um passo de uma dieta mais equilibrada, a um passo de melhorar as suas finanças pessoais, a um passo de ter um relacionamento mais gratificante.
Daqui a um minuto, os seus piores problemas podem estar todos atrás de você, ao invés de estarem na sua frente. Com apenas um passo, o melhor dia da sua vida pode ainda estar por vir e não estar perdido em algum lugar do passado distante.
Num instante, todas as energias negativas na sua vida podem ser redirecionadas para alguma coisa positiva. Apenas um passo é necessário para romper essa inércia, e dar à sua vida o rumo que você realmente gostaria que ela tivesse.
E lembre-se, sorrindo, você conseguirá atingir estes objetivos com muito mais facilidade... apenas dando um passo.

‘Brígida Brito’

A NOVA ARMA

Nos campos de futebol antigamente as armas dos adeptos contra os adversários, ou perante uma arbitragem amis “manhosa” eram as moedas, chapéus de chuva, garrafas, almofadas, e até em Espanha, o Luis Figo, foi presenteado uma vez pelos adeptos do Barcelona com algumas cabeças de porco, devido á sua transferência para o grande rival, Real Madrid, em troca de umas valentes pesetas, moeda que valeu até o seu famoso nome em Espanha, “Figo el Pesetero”.
Agora a nova arma é o Laser, e alguns jogadores já foram tornados cobaias dessa poderosa armação, de salientar que Cristiano Ronaldo, na sua mais recente visita a França, ao Olimpique de Lion, foi tratado como autentica estrela, e seguido por uma dessas poderosas armas.
A direção dos “Red Devils” é que não gostou e já reclamou para a UEFA.
Se a moda pegar, teremos autenticas batalhas de Laser nos estádios, por esse mundo fora.
É a guerra das estrelas a entrar no futebol!

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

QUANDO…

Quando tiveres de arrancar algum espinho que o contato da terra te haverá imposto à epiderme da alma, reflete nas colheitas incessantes das flores de alegria que a vida te oferta.
Quando tiveres de arredar alguma pedra da estrada a percorrer detém-te a contar os quilômetros, seguro em que transitas.
Quando tiveres de sanar algum momento de tristeza, medita nas horas de contentamento e esperança que te alimentam os dias.
Quando tiveres de perguntar; porque teriam sido criadas as sombras da noite, pensa nos milhões de estrelas que as trevas descortinam.
Quando tiveres de atravessar alguma dificuldade no mundo, soma as bênçãos que já possuis e sentirás o coração mergulhado no oceano da bondade.

‘Francisco Cândido Xavier’

PSICOTERPIA? PARA QUE?

Quantas vezes temos nos sentido tristes, oprimidos, esmagados, impotentes, sozinhos. Parece que nada do que fazemos dá certo. O mundo não tem graça, as pessoas não nos compreendem e a atividade profissional deixou de ser prazerosa.
Quantas vezes temos nos perguntado: O que está errado comigo? Tenho um familia maravilhosa, um companheiro ou companheira excelente, filhos que me amam e me respeitam. Por que essa insatisfação que teima em me acompanhar? E essa angustia que não sai do meu peito?
Ou, ás vezes, passamos por alguma situação tão forte, na nossa vida, que saímos do nosso centro e não conseguimos vislumbrar uma saída. Sentimo-nos perdidos, soltos, sem referencias.
Nesses momentos, a busca de um profissional da psicologia pode ser a ajuda que precisamos. O psicólogo psicoterapeuta, competente e de uma boa formação ética, poderá ajudá-lo a se encontrar consigo mesmo. Poderá ajudá-lo a compreender melhor o que se passa com você e a desenvolver os seus próprios recursos internos, para perceber alternativas em situações que lhes parece sem saída. Poderá ajudá-lo a ser mais independente e a ficar de bem com você mesmo.
O espaço do consultório, quer seja ele publico ou particular, é um espaço onde as mascaras são retiradas, onde a pessoa se mostra tal qual ela é, onde ela se confronta consigo mesma e com tudo o que foi assimilando, das pessoas que lhe são significativas.
Esses valores foram incorporados, de tal modo, que ela passou a acreditar que são os seus próprios valores. Que ela é assim. Valores que, se em algum momento, fez sentido para ela mesma, já não lhes servem mais, pois, para manter esses valores, ela teria que pagar um preço muito alto: a negação de si mesma.
E o sintoma da auto-mentira é, invariavelmente, a angustia. A angustia que, como a febre, é um aviso de que algo não está bem consigo. Que algo precisa ser feito urgente. Que algo precisa ser mudado.
O espaço psicoterapéutico, individual ou grupal, sendo um espaço que acolhe a subjetividade, sem julgamentos, aceitando a pessoa como ela se apresenta, é um espaço privilegiado para a compreensão do ser humano e da sociedade. Os estudos de casos nos dão pistas excelentes nesse sentido. Neles percebemos o quanto a atenção, o amor e o respeito humano são fundamentais para o desenvolvimento saudável do individuo e da sociedade como um todo.

‘Sonia Maria Lima de Gusmao’

OS AMIGOS DO REI

Quem são eles? São os nobres que recebem os títulos concedidos pelo rei ou imperador a alguém que tenha feito algo considerado merecedor da honraria. Chamados de nobiliários, esses títulos obedecem a uma ordem hierárquica descrente; duque, marques, conde, visconde e barão. Vamos conhecê-los.
DUQUE
É o mais elevado titulo de nobreza nas principais monarquias ocidentais, abaixo apenas de príncipe, normalmente o filho da família reinante, e tem origem no Império Romano, cujos comandantes militares recebiam o nome de dux, palavra latina que significa aquele que conduz, o que vai à frente, o pastor. O primeiro duque de que se tem noticia foi o de Castellanos, no século 12. Entre os povos antigos, o Duque era mercedor de honrarias como se fosse parente do rei. Na Rússia havia o titulo de grão duque, entre o duque e o czar, e na Áustria a mesma distinção foi instituída com o titulo de arquiduque. O assassinato de um deles, Francisco Ferdinando, numa rua de Sarajevo em 28 de Junho de 1914, fez eclodir a Primeira Guerra Mundial.
MARQUÊS
Na hierarquia da nobreza, é inferior somente ao duque. O seu nome vem do provençal, dialeto medieval falado no Sul da França. Ali se chamava originalmente de marques o intendente de fronteira – também chamado de “governador de marca”. Marcas eram distritos localizados em zonas fronteiriças ou não-pacificadas. Aí, o marquês tinha amplos poderes e respondia pela administração civil e pela defesa militar. Ou seja, era o senhor de terras fronteiriças.
CONDE
Na Roma Antiga, o vocábulo latino comes, comitis, aquele que acompanha – que deu origem à palavra “comitiva” – se referia a aqueles que viviam na órbita direta do imperador, seus assessores e oficiais palacianos. Compunham o conselho particular do monarca e o acompanhavam em viagens e negócios, quando exerciam função adjunta e poderes delegados pelo soberano. O valete, conhecido nas cartas do baralho, é o mesmo que Conde. Na irreverente linguagem tupiniquim, seria o nosso conhecimento aspone – só que festejado como nobre, já pensou?
VISCONDE
O mesmo que vice-conde, do latim vice comitis, ou seja, o substituto do conde, designado para desempenhar as suas funções quando ele estivesse impedido ou ausente, na realidade, o funcionário que substituía o conde na administração do condado. A partir do século X, o titulo passou a ser outorgado também aos filhos dos condes.
BARÃO
Titulo imediatamente inferior ao de visconde, o berço dessa palavra se encontra no germânico baro, que, originalmente significa homem livre, embora os oficiais assim chamados fossem dependentes diretos do rei. O titulo era concedido a pessoas de destaque na comunidade pelo seu bem sucedido desempenho profissional. No Império Romano, era um cargo administrativo cujo ocupante se incumbia da fiscalização dos prefeitos que atuavam nas redondezas da capital romana. O titulo foi criado pelo imperador Adriano para premiar soldados e administradores que se destacavam nas suas atribuições, mas que não tinham direito a assento na alta nobreza de Roma. No Brasil, ficaram famosos os barões do café, elite rural que comandou a vida de São Paulo – e do próprio país – por décadas. O Barão era popularmente conhecido no Brasil ao identificar a cédula de mil cruzeiros, que exibia a efígie do barão do Rio Branco, patrono da diplomacia nacional.
Historicamente, os títulos de nobreza surgiram para estabelecer uma relação de vassalagem entre o titular e o monarca. Com o tempo, passaram a ser concedidos pela Coroa como forma de agraciar as pessoas pelos seus atos ou serviços prestados à casa real.
Nos dias de hoje, a monarquia é regime minoritário no contexto das nações. A maioria adota a republica como forma de governo e nela, pelo menos teoricamente todos são iguais perante a lei – mas, como dizia ironicamente Aparício Torelly, o barão de Itararé, “embora todos sejam iguais perante a lei, alguns são mais iguais que os outros”.
Seja como for, continua a valer aquele ditado bem brasileiro: melhor que ser rei é ser amigo do rei...

‘Márcio Cotrim’

ONDE ESTÃO DESTA VEZ OS NEGROS CATIVOS?

Um pouco de história.

Foram em vão os esforços para a abolição da tarifa discriminatória em favor de África.

Será indispensável cortar sessenta ou cinqüenta por cento das despesas internas do homem brasileiro, a fim de que ele venha a suportar a competição dos seus concorrentes favorecidos pelos interesses da Europa ocidental. Não vejo que o Brasil, com a animosidade que manifesta todo o dia contra os Estados Unidos, consiga viver sem a Europa.

Nova Iorque, 18 de Julho – O regresso do sr. Chester Bowles da Europa está provocando uma das maiores controvérsias que tem agitado a Casa Branca, desde que o sr Kennedy tomou conta do governo.
Deve ter o ex-governador de Connecticut um merecimento fora do comum, ou então inimigos rancorosos. Não é habito dos grandes jornais americanos doutrinários a pressão que se vem fazendo para o afastamento nos Estados Unidos dos postos-chaves, que já desempenhou e que está desempenhando na atual administração federal. Mas o presidente não cedeu a verdadeiros imperativos, a fim de mandar no mínimo o sr. Bowles para o limbo da Embaixada do Rio de Janeiro. Ontem mandou chamá-lo. Almoçaram juntos e a Casa Branca acabou fazendo-o secretário de Estado adjunto. Foi essa a resposta que o sr. Bowles apresentou hoje de manhã à legião de inimigos que o queria separar do presidente.
Poucas figuras de políticos militantes tem aqui o colorido e a força magnética do sr. Bowles. A tendência do meio democrático para o afastar de Washington decorre da sua enorme fascinação pessoal. É uma personalidade que vive dentro de um partido, fazendo sombra aos companheiros que não têm a quarta parte dos seus predicados intelectuais, inclusivamente a fresca jovialidade com que luta nas duas arenas: a interna e a externa.
Esta personagem não tem outro atrativo para nós que não o de haver trabalhado, em nome do presidente americano, para que a Europa acompanhasse os Estados Unidos na questão da divida comercial brasileira. Depois foi-lhe cometida uma segunda tarefa, pertinente também a nós Ibero-Americanos. Fazia empenho o governo de Washington em que a tarifa preferencial não fosse aplicada pelos seis do Mercado Comum ao Brasil e aos outros países da América Latina. Quebraram lanças tanto o presidente como o seu à Europa. Foram, contudo, em vão os esforços daqui desenvolvidos para a abolição da tarifa discriminatória em favor do mercado africano. Regressa o ex-governante de Connecticut com as mãos vazias, sem trazer nada para o outro lado do hemisfério.
Há dois meses lavrara aqui e na Europa ocidental uma onda de otimismo quanto à filiação provável do Reino Unido no Mercado Comum. Na própria Inglaterra quase no havia dúvida do seu ingresso na sociedade dos Seis. Toda a industria inglesa se acha sobressaltada pela perda dos seus habituais consumidores do continente e que passaram a abastecer-se entre si, porque protegidos por uma barreira alfandegária, excluindo o tradicional produtor britânico. Manifestaram-se as associações manufatureiras favoráveis à entrada do País no acordo continental.
Acontece, porém, que subsiste na Inglaterra o mito imperial. Deliberou o gabinete conservador ouvir as nações da Comunidade, manifestaram-se logo contra a Austrália e a Nova Zelândia. Esta última, coitada, tem o seu comercio externo com quarenta por cento na dependência do consumidor inglês. O que ela manda para Londres e Liverpool é o que a Inglaterra iria receber da França, da Itália, da Bélgica, da Alemanha e da Holanda, como artigos de alimentação agrária e pecuária. Na hora em que o Reino Unido fosse o sétimo, seu comercio internacional estaria desarticulado.

‘Assis Chateaubriand – 27 de Julho de 1961’

O PRIMEIRO MÉDICO PARAIBANO

A caixa de botica, clister, cachete, emplastro, mesinha papa de pimenta, elixir, defluxo e escalda-pés.

1703 – o Conselho Ultramarino acolheu a solicitação do doutor de Coimbra, José Pimenta de Lacerda que ofereceu a El-Rei pra curar de medicina na capitania da Paraíba, Documentos do Arquivo Histórico Ultramarino de Lisboa foram colhidos e microfilmados para a UFPB pela professora Elza Régis.
O historiador Irineu Pinto revela que em 1709 o já referido conselho recebeu dos oficiais da Câmara comunicação de vexame que padeceu com a contribuição de 150 cruzados para pagar o médico.
Elza Régis nossa historiadora maior recolheu vários documentos semelhantes de 1768.
O Conselho Geral de Província pelo Presidente António Henriques de Almeida na sessão de 19 de Dezembro de 1932, daquele arremesso de Assembléia Legislativa apresentou ao Conselho Geral de Província a criação do lugar de Médico da Província.
O PRIMEIRO MÉDICO NO BRASIL
O primeiro médico a usar de suas faculdades no Brasil foi o físico e cirurgião de sua Alteza, Joanes Farás. Bacharel em Artes Medicina e que integrou a frota de Cabral em 1500 que saiu do Tejo a 9 de Março e passou 44 dias para pisar no solo brasileiro.
OS PRIMEIROS MÉDICOS FORMADOS NO BRASIL
Foram dois irmãos nascidos no Vale do Pianço, Manuel de Arruda Câmara em 1786 que se doutorou em Filosofia e Matemática em 1787 e em 15 de Agosto de 1791 em Medicina na Universidade de Montpeller.
O outro foi o seu irmão Francisco de Arruda Câmra, terminou o seu curso em 1791.
Representam assim os irmãos Câmara os primeiros paraibanos esculapio.
O EXERCICIO DA MEDICINA NA PARAIBA
Os primitivos médicos na Paraíba, exerciam as suas funções nos hospitais e atendimento ao domicilio.
Os facultativos, não possuíam consultório, o atendimento clinico era nas boticas, nome atribuído ás Farmácias e Drogarias, 505 dos medicamentos eram atendidos por aviamentos, execução sob receita, as boticas eram de pequena expressão e sob a direção de um farmacêutico ou pratico.
O ATENDIMENTO
O atendimento médico era marcado para o meio-dia, na botica, na entrada em um banco de madeira no tamanho do espaço lateral e as consultas eram realizadas abertamente á vista de todos sem cerimônia contando os seus achaques, muitos se apresentavam, com rodelas de tomate, cebola e alho, enrolados na cabeça, para aliviar as dores.
Á frente de todos, os médicos apalpavam e auscultavam.
Os casos mais íntimos eram levados ao fundo do quintal ou interior da botica para exames mais minuciosos, como toque retal ou uterino.
As crianças eram colocadas por cima do balcão em geral, sujavam o mesmo face á diarréia.
As receitas, eram manipuladas ns próprias boticas em forma de cachetes (comprimidos) ou liquido, muitas vezes à frente do paciente, com o almofariz.
Era comum os médicos receitarem laxantes e em casos graves aplicar clister (introdução introretal de liquido nos intestinos com canícula). No geral o pagamento era em troca de galinha ou alguma cuia de alimentos.
Aplicava-se a sangria par aplacar o sangue grosso ou usavam-se as sanguessugas (paralisia da família dos hiorudenius mordedor que suga o sangue).
Todo o medico possuía uma caixa de botica (maleta com medicamentos) para eventuais necessidades; o bom medico, possuía um cavalo bem arriado, capote, chapéu e riuna (bota); media-se a capacidade do medico, pela letra agarranchada (somente o boticário interpretava).
MEDICAMENTOS DA ÉPOCA
Fluxo-Sedtina, Óleo de Rícino, Emulsão de Scoot, Saúde da Mulher, Garopirina Hornos Vivos, Mitigal Pimenta Malaguete, banho a vapor, peia de fumo, para hemorróidas e emplastro nos peitos, para defluxo.

‘Arion Farias’

O OSCAR NÃO É O MELHOR

(Cinema mesmo é na Europa)

Tudo bem: é unnime que Daniel Day-Lewis e Johnny Depp são atores excepcionais. Quem há de negar? Concorreram ao Oscar de melhor ator na festa que rolou lá para as bandas da Costa Oeste americana. Day-Lewis por “Sangue Negro”, cotado para receber a estatueta e melhor filme. Depp por “Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet”, mais uma das suas delirantes fantasias em parceria com o diretor tim Burton. A dupla Depp-Burton sempre dá certo. Quem há de negar?
Mas, o Oscar, “Ladies and Gentlemen”, meninos e meninas, pode ser uma grande festa, sem dar pra ser levado a serio como evento do cinema de arte, apesar de já ter premiado uma obra prima como “Sindicato de Ladrões”, de Elia Kazan (e como isso faz tempo!...). Como festa, prefiro esses embates entre Obama e Hillary nas previas das presidenciais americanas.
Sejamos, não imperialistas, mas um pouquinho didáticos, e percebamos que o Oscar não é um festival. O modelo da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas é uma droga empurrada pelas goelas de milhares e milhões de espectadores no mundo inteiro, com audiência predominante nas três Américas (o maior mercado do que é premiado com as estatuetas). Vem de uma previa do lado “trash” do mercado, que é o “Globo de Ouro”, e de pesadas investidas de estúdios, produtoras e distribuidoras no sistema “coast to coast”, de Nova Iorque a Los Angeles, comprando páginas inteiras de jornais, fazendo eventos que nem Sílvio Santos assinaria e promovendo um “lobby” atrás de outro. Repito: não é um festival. Não dá pra levar a serio.
Vez em quando eles disfarçam e vêm com uma historia de que tem um filme de baixo orçamento, como é esse “Juno”, que pode ser o azarão, e blá-blá-blá, numa conversa pra enganar corações e mentes que ainda acreditam em alguma possibilidade de seriedade pros lados de Hollywood. Pura enganação.
Uma festa de cinema cujo maior “feeling” é ver qual o filme que “arrecada”, através de lobistas, o maior número de estatuetas, não fica nada a dever a qualquer evento picareta montado na Florida, nos interiores de Minas e São Paulo ou em algumas das capitais ou cidades em crescimento desordenado no Nordeste brasileiro. Por isso é que os novos ricos (eles sempre aparecem) e os emergentes que chegaram à classe média alta adoram o Oscar. Estavam todos sentados à noite, em frente à deusa-telinha, preparados pra se comover com a pós-adolescente Ellen Page exibindo a sua barriguinha de gravidez numa cena de “Juno”. Dá pra lembrar que Ellen é aquela protagonista de “Menina Má.Com”?
Onde existe bom cinema, como produção e eventos, é na Europa. Lembro que Hollywood não inventou o cinema, mas apropriou-se dele de uma maneira para dar impressão ao mundo que são os melhores nesse negocio. Como mercado, são. Como criadores, deixam a desejar, tendo as exceções da praxe. Gente como Robert Altman, por exemplo. Sim, didaticamente: o cinema foi inventado pelos irmãos Lumière. Na França.
As melhores coiss do cinema saíram da Europa. Movimentos como a “Nouvelle Vague”, o “Free Cinema” da Inglaterra, o neo-realismo, o expressionismo lemao. Gênios – inventores de linguagem, poesia, imagem e som, como Truffaut, Bergmn, Fellini, Visconti, Godard, Wenders, Buñuel, Antonioni, Carné, Eisenstein... Dio mio, não é pouco.
E os festivais, como os de Cannes, Berlim,, Veneza, Karlovy-Vary?... Foi em Cannes que o Brasil brilhou com o “Pagador de Promessas”, de Anselmo Duarte, adaptando Dias Gomes e ganhando a Palma de Ouro. Não faz muito tempo que o polemico “Tropa de Elite” ficou com o Urso de Ouro em Berlim. Teve Glauber Rocha, endeusado pelo “Cahiers du Cinema” e referencia em nas melhores discussões sobre cinema, até hoje, em qualquer país europeu.
Quero lembrar um filme: “O Leopardo” de Luchino Visconti. Em toda a historia do cinema americano, é impossível citar um só filme que chegue perto dessa obra-prima das obras-primas.
O Oscar, até aos anos 70 era considerado um lixo no Brasil. Aí, a ditadura militar promoveu o distanciamento entre as culturas brasileira e européia e arreganhou as pernas para a colonização mediatica dos EUA.
Estavam abertas as veias da América Latina.

‘Carlos Aranha’

MAIS TEMPO ANTES DO SEXO

Mulheres revelam que preliminares são fundamentais e querem beijos prolongados na boca e no corpo.

Para que tanta demora antes do sexo? Por que perder tempo com tantos abraços e beijos ao invés de ir direto ao ponto? Enquanto essas questões povoam a mente dos homens, as mulheres reclamam: as preliminares são essenciais, contribuem para o maior envolvimento n hora da relação e, consequentemente do casal. Elas revelam que gostam quando os homens esquentam o clima com presentes, e se demoram nas caricias mais ousadas e dão beijinhos em locais diferentes. As mulheres curtem quando os parceiros se interessam em saber quais os gestos que mais lhes agradam e conduzem as preliminares com atitudes carinhosas e subtis.

Valorizadas pelas mulheres, as preliminares tendem a ser deixadas de lado pelos homens, que preferem ir direto ao ponto. Isso tem gerado inúmeras discussões entre os casais modernos. O romantismo, fator tão adorado pela maioria das mulheres, parece que está fora do dicionário dos homens. Pelo menos é isso que elas dizem. Segundo o sexólogo Carlos Magno Alencar, as preliminares são muito importantes, principalmente para as mulheres, que têm a sexualidade voltada para o corpo inteiro, enquanto os homens têm a sexualidade dirigida mais aos seus genitais.
Homens que vão direto ao ponto, pulando as preliminares, estão fadados à solidão. “As preliminares são essenciais na hora do sexo, tanto para criar o clima como também para aproximar o casal. Só que os homens no têm por costume dar valor a isso e só pensam em transar, deixando de lado todo o prazer e cumplicidade que existe nessa hora”, reclamou a comerciante Bárbara Gouveia.
Para as mulheres, esse tipo de homem corre o serio risco de ficar sozinho o resto da vida, caso não mude a sua visão e o seu comportamento com relação ao sexo. “Quem é que vai ficar com um homem assim, que só pensa em chegar e transar, sem fazer um carinho, um afago, um cheiro? Infelizmente ainda tem mulher que possui o mesmo pensamento machista que muitos homens e por isso mesmo é tão infeliz no sexo. Somente uma mulher assim para querer um homem seco”, disse a estudante Maria Paula Gomes.
Segundo o psicoterapeuta sexual e presidente da Associação Brasileira para o Estudo da Inadequação Sexual, Oswaldo Rodrigues, as preliminares têm a finalidade de preparar física e emocionalmente as pessoas para uma penetração. ”Se os parceiros passam grande parte do dia pensando nos seus desejos sexuais, é provável que essa preparação para o ato sexual aconteça rapidamente, mas o fato é que muitas pessoas ficam o dia inteiro envolvidas em outras atividades, como a sua rotina de trabalho, por exemplo. Nesses casos, o envolvimento para o ato no ocorre tão depressa. Se a finalidade é uma relação prazerosa, esse tempo de preparação é necessário”, explicou.
EXPONDO OS DESEJOS E VIVENCIANDO AS FANTASIAS
Inicialmente banalizada na relação, as preliminares são a chave para o sucesso do encontro sexual,pois são elas que levam o casal à excitação que irá por sua vez, levá-los ao sexo. E geralmente as pessoas encontram mais prazer nas preliminares do que no ato sexual em si. Oswaldo Rodrigues explicou que, normalmente os homens têm maior facilidade em fntasiar o sexo durante mais tempo ao longo do dia e as mulheres, não. Por isso, elas sentem um maior necessidade das preliminares, um mínimo de tempo para concentrar a sua tensão.
“Mas é engano pensar que os homens não vão encontrar uma receita de como proceder com a parceira e deixá-la rapidamente disposta. As atitudes e caricias escolhidas dependem das preferências do casal e, para que eles entrem em sintonia, é necessário priorizar uma boa comunicação”, esclarece, lembrando que ao longo da vida, os parceiros viverão sensações diferentes e que isso pode delimitar o que cada um vai chamar de adequado, prazeroso.
Assim, vale conversar com a companheira sobre as preferências dela e comentar sobre as suas. Às vezes, não é tão fácil descobrir do que ela vai gostar, seja pela pouca convivência ou porque nem todas conseguem verbalizar ou expressar claramente as suas necessidades e vontades. Daí a importância de estar sempre atento ao contato entre os dois, assim como os detalhes e demonstrações de satisfação.
SEM MEDO E SEM VERGONHA
Um relacionamento não é apenas sexo, mas sem ele, não há paixão ou amor que dure muito tempo. Por isso mesmo, as mulheres estão perdendo o medo e a vergonha e conversando abertamente com os seus maridos e namorados sobre os seus desejos e fantasias sexuais.
“Não podemos viver como as nossas avós, que viviam insatisfeitas n cama, mas que não abriam a boca para reclmar, com medo do que o marido pudesse pensar sobre ela. Hoje, com tanta luta por igualdade, temos que levar as nossas reinvindicações para a vida sexual também”, sentencia a cozinheira Rosângela Gomes.
Para a veterinária Yasmim Lisboa, somente um homem sensível pode entender a importância das preliminares para a mulher.
“Geralmente são homens que se entregam de corpo e alma num relacionamento, românticos e carinhosos, que sabem o valor exato do sexo numa relação e por isso, dão valor às preliminares. Não tem vergonha de falar e vivenciar o sexo de uma forma prazerosa, aproveitando cada minuto da relação, que não se restringe apenas à penetração, mas aos beijos, carícias, abraços, enfim”, disse.
INTIMIDADE DO CASAL
As mulheres curtem quando os seus parceiros se interessam em saber quais os gestos que mais lhes agradam e conduzem as preliminares com atitudes carinhosas e sutis, esquentando o clima de forma romântica. O dialogo também é um item muito apreciado por elas, pois aumenta a cumplicidade e intimidade do casal, tornando a relação mais harmoniosa e alegre. Essas qualidades básicas e muito importantes são consideradas pelas como o retrato do homem ideal e bom de cama.
“Um homem que sabe escutar os anseios e desejos da sua parceira, que sabe propor situações românticas e gosta de jogos amorosos antes da penetração é um sonho que poucas mulheres conseguem realizar, porque, infelizmente, eles só querem saber do prato principal. A entrada e a sobremesa são descartadas como se fosse uma perda de tempo”, disse a professora Daniela Mendes.
Segundo a psicóloga Denise Ferreira, o dialogo é muito importante, mas o homem também deve conhecer bem o seu corpo e pontos de prazer, como eles funcionam e quais as carícias que mais os estimulam e devem conhecer bem o funcionamento e segredos do corpo feminino. Somente assim, eles saberão estimular os pontos certos da parceira durante as preliminares e poderá usufruir melhor a relação sexual.

‘Alessandra Bernardo’

ESTUDO SOBRE BATE PAPO NA INTERNET

Belo corpo virtual, é condição para aceitação social, conforme confirmam os pesquisadores.

Características perfeitas, corpos esculturais e um grande aliado trazido pelas pela tecnologia são apenas um dos componentes que o novo tipo de relacionamento humano vem sendo observado por pesquisadores da Universidade Federal de Campina Grande (UFGC) na Paraíba, Brasil. O velho bate-papo, revela o estudo, mostra que o computador está sendo responsável pelo desenvolvimento de uma espécie de ‘corpo virtual’ dentro da conquista, através do qual, a maneira como as pessoas se descrevem umas às outras demonstra que o culto ao corpo também chegou ao mundo virtual, além de ser quase um pré-requisito para ser bem ‘aceite’ pela pessoa pretendida.
Inúmeras são as salas de bate-papo disponíveis na grande rede, seja destinadas ao publico geral, seja divididas por faixa etária, orientação sexual e tipo de conversa que se deseja ter. Nestes espaços, até vídeos são compartilhados, além de fotos, e, á medida em que as afinidades vão aparecendo entre duas pessoas que estão começando a se conhecer, a conversa se estende às janelas do MSN, onde as características físicas surgem aliadas a artifícios como fotos e imagens de Webcam.
O professor Lemuel Guerra, que coordena a pesquisa realizada por um aluno de Mestrado da Universidade, afirmou que este tipo de aproximação, a priori virtual entre as pessoas, pode caracterizar este fenômeno intitulado corpo virtual, devido a característica própria existente na maneira de interação virtual entre aqueles internautas que pretendem começar um relacionamento.
“A natureza do espaço em que essas interações ocorrem possibilita um tipo mais intenso da imaginação e de recursos descritivos do que nas interações off line, inclusive a possibilidade de elaboração de descrições corporais mais ou menos correspondentes à realidade concreta dos corpos dos indivíduos”, contou.
A pesquisa, que ainda está em fase inicial, mas já apresenta os seus primeiros resultados, realiza as suas observações em vários horários, buscando verificar como o tempo se relaciona com os conteúdos das falas, os freqüentadores e as conversas que são realizadas fora do caráter ‘reservado’ das salas. O professor adiantou que no estudo, já se observou que as estratégias de apresentação mobilizadas nas interações on line nos chats de busca de relacionamentos em vários níveis se assemelham, em grande medida, com as que são utilizadas no mundo off line.
“Todavia uma diferença concreta entre os dois espaços se tem delineado: o controle desses dados, das informações e, portanto, das impressões que os sujeitos constroem a respeito de si mesmos,é muito maior nas interações on line do que naquelas off line. O leque de opções para a invenção de identidades e de personagens aumenta significativamente com a internet”, lembrou.
O professor ainda falou que, pelas primeiras obsservaçoes, o motivo pelo qual estas pessoas procuram as salas de bate-papo em busca de relacionamentos humanos, seja amoroso ou de amizade foi uma maneira encontrada por elas para fazer algo que sempre foi característico do ser humano: a interação. “Gente gosta de se encontrar, de fazer sexo, de conversar, essas coisas quev existem desde que a linguagem, em suas muitas variações, foi inventada pelos humanos!”, frisou.
GAYS MANIPULAM MAIS INFORMAÇÕES
A manipulação de informação em relação ao corpo, segundo a pesquisa, é feita com mais ênfase pelos internautas homens homossexuais, que, através das observações dos pesquisadores, sempre se apresentam com características belas e adjetivos comuns como ‘malhado’, “magro”, “depilado”, etc. O coordenador da pesquisa ainda falou que, em algumas conversas feitas por homens com este tipo de orientação sexual, dados como a relação entre o peso e altura chegam a ser mais primordiais que a maneira de ser de cada um.
“Um dado apontado pela literatura a respeito da relação com a imagem corporal é o de que homens gays tendem a se preocupar mais com os cuidados com o corpo do que a média dos não gays. Mas, não se trata de serem mais exigentes nos relacionamentos!”, frisou dizendo, ainda, que não se trata de uma regra em que todo o homem que se diz bonito na Internet seja homossexual. “Em nosso estudo a tendência é entre os gays”, completou.
Ele ainda apontou que os indivíduos homossexuais tendem a valorizar, mais do que os heterossexuais, estes dados como a idade, a presença ou ausência de pêlos no corpo, dentre outras, sendo entre os gays, mais rapidamente solicitadas e aparentemente mais definidoras dos níveis de decepção e de satisfação, do que entre os não gays.
MENTIRAS
A psiquiatra Andréia Ligia Correia, em relação a estes relacionamentos impulsionados pela tecnologia, mais especificamente, em salas de bate-papo, afirmou que a informação sobre as características físicas dos usuários dada de forma mentirosa nestas conversas pode ter indícios de que, uma das pessoas que estejam conversando não tenha a intenção de marcar um encontro real, sair do virtual.
O PERFIL DE CADA UM
- Os homens gays tendem a valorizar mais aspetos corporais do que os não gays.
- O peso e a idade são informações solicitadas mais rapidamente do que outras em geral.
- A solicitação de imagem (fotografia) é feita com muita freqüência e é um ponto em relação ao qual se estabelecem tensões.
- Há uma padronização significativa de textos e de estratégias de abordagem.
- As mulheres não homossexuais perguntam mais que os homens em geral sobre status marital.
- Estratégias de expressão da decepção com imagens enviadas ou indicadas (orkut e MSN) variam com a idade e a orientação sexual.

‘Diovanne Filho’

DROGA E INOCÊNCIA

“Meu nome não é Johnny” está fazendo um enorme sucesso entre os adolescentes. Um dos possíveis motivos para isso é a personalidade do personagem principal. Rapaz comum de classe media, João Estrela gosta de baladas, garotas e dinheiro. Entra no trafico mais para “curtir” do que para obter lucro com o comercio das drogas.
O filme tem um sentido pedagógico: o envolvimento de Estrela com o trafico é proporcional ao alheamento dos pais. A habilidade do diretor está em fazer com que esse didatismo atinja a platéia de modo sutil; o roteiro não transpira nenhuma “mensagem edificante”, mas vincula a atividade marginal do personagem a falhas na sua educação.
O pai não soube se constituir em referencia nem exemplo. Pelo contrario: vitima do próprio vicio (o cigarro), que não teve forças para largar, adoece e se transforma numa figura deplorável. É pungente o seu sofrimento no quarto, sozinho, entre ataques de tosse e falta de ar, enquanto no térreo Estrela e os amigos se drogam ao som de musica estridente.
O problema é que ele não puniu quando deveria punir, preferindo ser “amigão” do filho. Lembrou-me o pai de Brás Cubas, que em publico fingia bater mas, escondido, aplaudia as traquinices da criança. Ele foi o “esterco de onde brotou aquela flor” deteriorada, para repetir a expressão do narrador.
Brás Cubas não virou traficante nem fornecedor de drogas, naquele tempo não se falava nessas coisas. Mas se transformou num individuo sem vontade, incapaz de vencer na política e desencantado com a espécie humana. No fim da vida, considerou um ganho não ter legado filhos ao mundo.
João Estrela vive em outra época. Ms, tal como o personagem de Machado, tem amor ao luxo e ao dinheiro fácil. Deslumbra-o toda aquela grana e, sobretudo, fascina-o a importância que adquire como fornecedor privilegiado. A droga lhe traz poder, são muitos os que dependem dele.
O fato de o personagem ser um jovem como outro qualquer incomoda, pois mostra quão perto das drogas podem estar nossos filhos. Num mundo em que parece cada vez mais tênue a fronteira entre o crime e a lei, esse incomodo vira preocupação.
João Estrela aparece mais como vitima do que como criminoso, tanto é assim que a Juíza o envia para um manicômio e não para a prisão. Mas a aparente inconsciência com que vive tudo aquilo não o redime dos seus atos. Pelas articulações que fazia para conseguir o pó, era impossível que não soubesse com quem estava lidando.
Não existem inocentes nesse tipo de história.

‘Chico Viana’

CUIDE DA SUA VOZ

A voz é um dos principias instrumentos de comunicação que usamos durante a nossa vida. Através dela, apresentamos aos nossos semelhantes as nossas idéias e sentimentos.
Utilizada em varias profissões como instrumento de trabalho, destacamos os professores, sacerdotes, políticos. Médicos e advogados como exemplos de pacientes que, devido a vários fatores, começam a ter falha na qualidade vocal (disfonia ou rouquidão) e que necessitam de pronto restabelecimento para continuarem no trabalho do dia-a-dia.
Atualmente, dispomos de exames que mostram em detalhes a superfície das pregas vocais e da mucosa de revestimento da laringe, possibilitando a correta avaliação dos processos que as atingem, tais como pólipos, nódulos, papilomas, cistos vocais e câncer da laringe.
Vamos cuidar da voz!

Dicas para preservar e melhorar a voz:

1 – Evite falar alto e em locais barulhentos;
2 – Fale mais devagar e com melhor dicção;
3 – Devemos evitar o excesso de gelados, álcool e tabagismo;
4 – Mantenha o organismo bem hidratado tomando muita água;
5 – Trate da tosse e do pigarro;
6 – Evite falar em demasia e sem parar para respirar adequadamente.

Quando uma pessoa apresenta rouquidão por mais de uma semana e não está melhorando, é sinal que deverá procurar um otorrinolaringologista para uma orientação especializada, pois o melhor tratamento é a prevenção!

‘Marcus Sodré – Otorrinolaringologista’

COM PENA DE SOCRATES

Hoje amanheci com muita pena de Sócrates, o chamado “pai da filosofia”, que nasceu na velha Grécia e convidava todo o mundo para o conhecer a si mesmo. Vestia-se mal, tinha uma mulher temperamental e muito prática. Mas ela tinha razão de estar se queixando do marido a todo o tempo. É que Sócrates só queria saber de filosofia. E para muitos, sem duvida, não passava de um velho chato, que vivia perguntando: O que é a justiça? O que é a beleza, o que é o amor?
As pessoas que passavam para o mercado, decerto, não agüentavam aquele perguntador, que deixava muita gente perturbada. E, aqui para nós, não há nada que perturbe mais do que uma pergunta. Uma pergunta como esta: “o que você acha da morte?” Ou senão: “Porque você não deixa de fumar?” Ou ainda: “Qual a finalidade da vida?” pois Sócrates era assim. Vivia enchendo as pessoas com as suas indagações. Chegava a casa de mãos vazias, enquanto Xantipa, a mulher, se esbaldava varrendo a casa e preparando a comida do casal.
Um dia ela não agüentou e disse o diabo ao marido, que pacientemente a ouvia. E quando ela deixou de grita, vendo a passividade do filosofo, não agüentou e jogou um balde de água fria sobre ele. Sorrindo, Sócrates apenas disse: “Depois da trovoada vem a chuva...”
Mas, o diabo é que amanheci hoje muito compadecido do grande pensador. É que ele, na época em que viveu, não desfrutava das facilidades que a moderna tecnologia nos oferece, a começar pelo papel higiênico. Sócrates não conheceu o automóvel, não conheceu o avião, não conheceu a ressonância magnética, não conheceu o portão eletrônico, não conheceu o radio, o computador e, consequentemente a Internet. Não conheceu a calça-jens, que ficaria muito bem em Xantipa. Sua época era atrasadíssima. Como telefonar para Platão, para Alcebíades, se não havia telefone, seja de parede, seja celular?...
E que dizer da medicina do seu tempo, que quase nada sabia sobre o corpo humano? Ainda não se sonhava com a anestesia. A cirurgia era a cru. E o tratamento dos dentes? Sócrates deveria ter muita carie.
Não sei não, mas deveria ser horrível viver naquele tempo. Acontece que o filosofo soube levar a vida muito em com a sua sabedoria. E haverá maior riqueza do que saber a resposta pra estas perguntas: “Donde viemos, o que somos, e para onde vamos?”
Sócrates conhecia-se a si mesmo. Condenado a beber veneno, não perdeu a calma. Quando Xantipa foi avisá-lo que os juizes o haviam condenado. Ele apenas respondeu com uma pergunta: “E eles também não estão condenados á morte?”
Não, agora não estou mais com pena de Sócrates. Estou com pena de quem não se conhece a si mesmo. De quem vive sem reflexão, igualzinho a um animal.

‘Carlos Romero’

COM A RENUNCIA DE FIDEL O SECULO XX VAI AO “PAREDÓN”

Para que tudo desaparecesse, para que não restasse pedra sobre pedra daquilo que tanto amamos e detestamos, ao longo de tanto tempo, faltava que Fidel saísse de cena.

Há de se dizer que um homem não mata um século. E isto provavelmente é verdade. O comum é que os séculos matem os homens. Sejam eles bons ou maus.mas há algo de secularmente macabro nesta renuncia do comandante Fidel Castro. Ele nem sequer morreu (ainda) mas a sua capitulação política é, sem nenhuma duvida, o sinal mais evidente de que o Século XX acabou de vez.
Não há mais guerra fria, não há muro de Berlim, os Beatles não tocam mais e Picasso já era. Desafio o leitor a citar, agora mesmo, o nome de um grande romancista, de fama mundial, que tenha surgido e emocionado os leitores dos dias de hoje. Cadê Guy de Maupassant, cadê Graciliano? Onde estarão Hemingway, Carlos Drummond e Neruda? Noel Rosa, Nat King Cole e Tom Jobim, onde estarão?
O século XX acabou de vez. Os amores literários de Gonzaga, os apreços filosóficos de W. Solha, o suspense hitchcokquiano de Martinho e a voz frondosa de Nora Ney no existem mais. O século acabou e disso não se fala mais.
Mas, para que tudo desaparecesse completamente, para que não restasse pedra sobre pedra daquilo que tanto amamos e detestamos, ao longo de tanto tempo, faltava que Fidel saísse de cena. E na semana passada, finalmente, Fidel saiu.
Nada indica, muito pelo contrario, que Raul seja melhor do que ele. Talvez seja bem pior, mas o importante é que Fidel não há mais. Como todos os ditadores, um dia haveria de chegar para deixá-lo no chão. Como todos os déspotas, não haveria ele de escapar dos desígnios da historia.
Pois bem, sumiram Glauber Rocha, Frank Sinatra, Darcy Ribeiro e Juan Perón. Levaram consigo o restinho do século XX que ainda havia em cada um de nós. Agora, querendo ou não, somos todos pós-modernos. Estamos no século XXI e a pergunta que primeiro se apresenta é a seguinte: o que podemos esperar desses novos tempos?
Haverá um novo John Lennon, um Di Cavalcanti mais encantador nas paredes de nossa memória? O século XX morreu mas nós estamos vivos e precisamos sempre dessas referencias que nos chegam pelos jornais, pelas revistas e... sim, agora pela Internet.
Será Bill Gates a nossa nova bússola? O que faremos com a lembrança de Jean Paul Sartre? Steven Spielberg será mesmo o nosso Fellini ou Antonioni de antigamente?
Nenhuma dessas perguntas precisa ser respondida. Mora no coração da gente a certeza de que também estamos passando. Lamentar que os ídolos de hoje sejam como os de antigamente é só uma manifestação primária de saudade consigo mesmo.
Não há nenhum mal nisso: ter saudade de si mesmo é como ter a absoluta convicção de que, para o bem ou para o mal, nós mudamos. Seja lá o que possamos encontrar pela frente, o importante é não esquecer que “O passado nos condena”, como sugere o belo titulo de um filme também inesquecível.

‘Agnaldo Almeida’

BIODIVERSIDADE

A terra está repleta de vida. Ela transborda em cada canto e cada fenda. Um punhado de terra de jardim contém bilhões de microorganismos de formas elegantes, ativamente ocupados com as suas complexas microatividades. Do gélido topo do Monte Everest até aos tórridos afluentes que jorram do interior da Terra ao chão dos oceanos, existem por toda a parte formas de vida refinadamente adaptadas a suas peculiares circunstancias.
Há seres que deslizam, rastejam, flutuam, caminham, galopam ou apenas ficam imóveis e crescem verticalmente durante séculos. Alguns pesam 100 toneladas, mas a maioria é menor que um bilionésimo de grama. Há organismos capazes de enxergar sob luz infravermelha ; e há seres cegos que percebem o ambiente envolvendo-se num campo elétrico. Alguns armazenam luz solar e ar; alguns são plácidos comedores de pastagens; outros caçam a sua presa com garras, dentes e venenos neurológicos. Alguns vivem uma hora e, alguns, um milênio. Sua harmonia com o ambiente é marcante. Mesmo os micróbios estão longe de ser estúpidos: são capazes de aprender com a experiência. E os humanos – no momento, a forma de vida dominante – penetraram as mais remotas regiões do planeta, refizeram a sua superfície e até, hesitadamente, saíram em direção ao espaço.
De onde veio essa gloriosa profusão de vida?

‘Carl Seagan’

AFINAL, QUEM GANHOU A GREVE?

Então, depois de uma longa e amarga greve os roteiristas venceram a briga, certo? Na contagem dos pontos, sim, provavelmente. No que diz respeito a princípios, certamente. Mas do ponto de vista prático, nem tanto. É verdade: o Sindicato dos Roteiristas conseguiu arrancar uma grande concessão das empresas – receber parte dos lucros com as vendas digitais. Tony Gilroy, roteirista e diretor de “Michael Clayton”, diz que não há duvidas de que a greve era necessária.
- Nunca teríamos chegado aonde chegamos sem a greve. Quem disser que foi uma má idéia, está completamente enganado.
Mas também é verdade, no entanto, que a paralisação foi ruim para os escritores a curto prazo. Os atrasos levaram os estúdios a se questionarem a respeito do financiamento de toda a sorte de pilotos de series (mesmo que nem todos emplaquem). Esse sistema vinha sendo historicamente lucrativo para os roteiristas. Cerca de 70 acordos nos quais os escritores eram pagos para criar shows que nem sempre iam ao ar, foram revistos e podem nunca mais voltar.
Mas será que os estúdios cumprirão as promessas de cortes e de reality shows? Talvez uma comparação com outro negócio gerido por grandes egos seja instrutiva: a liga de beisebol. Todos os anos, os donos dos times anunciam uma nova onda de austeridade. Mas logo, depois de os treinos começarem, eles ficam nervosos e um jogador como Ted Lilly – o equivalente no basebol a um assistente de roteirista de “Two and a Half Men” – consegue algo como U$ 10 milhões.
A longo prazo, uma das principais conseqüências da greve é que agora os estúdios terão que lidar com um grupo muito mais unido.
- Acho que podemos dizer que a greve foi um sucesso – conclui Jonathan Handel, advogado na área de entretenimento.

‘David Carr do New York Times’

A NOITE ESCURA DA ALMA

Um misterio da humanidade que para mim nao tem misterio algum é: por que motivo algumas pessoas preferem trabalhar de noite, e não de dia? Como pertenço a essa espécie, o meu modo de ser me parece óbvio, e os outros é que são estranhos. A alta madrugada é o único horário propício para o trabalho intelectual. Para escrever, para compor, ou apenas para pensar. Frederik Pohl descreve assim esse período mágico: “O meio da noite é especialmente benfazejo para um escritor”. O telefone não toca, ninguém bate à porta, as crianças estão dormindo. É possível produzir pensamentos longos e consecutivos”.
Esta ultima frase diz tudo. Quem escreve precisa desenvolver idéias até uma certa extensão, sem perder de vista tudo o que foi pensado antes. É um pouco como fazer castelos de cartas. tudo se apóia numa base muito frágil. Qualquer perturbação bota tudo abaixo e é preciso recomeçar do zero. Eu comparo escrever a fazer contas de cabeça, somar vários números de cinco ou seis dígitos. Se a gente é interrompido, esquece tudo que veio antes, e tem que recomeçar.
Outro escritor de FC, Jmes Blish, saiu-se com uma versão interessante e cientifica para essa importância atribuída à noite. O seu conto “The Dark Night of the Soul” de 1956, descreve o cotidiano numa colônia espacial situada em Calisto, um dos satélites de Júpiter. Ali, vários artistas (pintores, poetas, músicos, etc...) são reunidos para trabalhar em tempo integral, e um dos cientistas explica por que:
“A maior parte do trabalho criativo é feito durante a noite. Durante essas horas, a massa inteira da Terra está entre você e o Sol. Ela o protege de um tipo muito penetrante de radiação solar, feito de partículas chamadas neutrinos. Estatisticamente, essa proteção é irrisória, porque toda a matéria é quase perfeitamente penetrável pelos neutrinos, mas parece que os processos criativos são sensíveis até à menor proteção”. Quando lhe perguntam por que a colônia artística foi criada em Calisto, ele responde: “Primeiro, porque a esta distancia do Sol o fluxo de neutrinos corresponde a apenas 3,7% do que experimentamos na Terra. O outro motivo é que por cerca de cinco horas a cada duas semanas, quer dizer, a cada dia local, você está protegido não apenas pela massa do satélite, mas por toda a massa de júpiter, que se interpõe entre você e o Sol. Durante esse período, você é capaz de utilizar as suas forças criativas com um mínimo de interferência da estática dos neutrinos.
A possibilidade de manter “pensamentos longos e consecutivos” é essencial para quem escreve. É como um compositor escrevendo uma sinfonia; ao escrever a parte de cada instrumento, ele precisa ter em mente tudo o que os demais instrumentos estarão tocando naquele instante, lembrar o som de cada uma dessas combinações, etc. O pensamento linear é fácil de manter. Pensamentos complexos, simultâneos, em paralelo, só sem a interferência dos neutrinos.

‘Braulio Tavares’

A IMPORTANCIA DO ESTILO DA LINGUAGEM

O estudo da linguagem foi decisivo para o desvendar de crimes. Eis dois dos mais curiosos:
1 – O FBI chegou a Theodore John Kaczynski, o Unabomber, responsável por enviar cartas-bomba para diversos endereços nos EUA, matando três e ferindo 23 pessoas, por meio do seu estilo de escrita. Os peritos compararam o seu famoso manifesto “Sociedade Industrial e o seu Futuro” com um manuscrito de cerca de 300 palavras encontrado em sua casa e identificaram uma serie de pontos em comum.
2 – Um julgamento na Pensilvânia, EUA, terminou com Brian Hummert considerado culpado pelo assassinato da mulher. Um lingüista fez a perícia nas cartas enviadas por um suposto serial killer à vitima e concluiu, depois de fazer comparações que o assassino era o próprio marido, que forjou as missivas.
Realmente se estes fatos virassem filme, poderiam intitular-se:
“O meu estilo me condena...”

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

CONSELHOS PARA VIVER MELHOR

Ao acordar… Envolva-se pela musica e ouça. Comece a sorrir mais cedo. Ao invés de reclamar quando o relógio despertar, agradeça pela oportunidade de acordar mais um dia. O bom humor é contagiante espalhe-o, fale de coisas boas, de saúde, de sonho e de amor.
Não se lamente! Ajude as outras pessoas a perceberem o que há de bom dentro de si. Não viva emoções mornas ou vazias. Cultive o seu interior, extraia o máximo de pequenas coisas. Seja transparente e deixe que as pessoas saibam que você as estima e precisa delas.
Repense os valores e dê a chance de crescer e ser mais feliz. Tudo o que merece ser feito merece ser bem feito. Torne as suas obrigações atraentes, tenha garra e determinação. Mude, opine, ame o que faz. Não trabalhe só por dinheiro e sim pela satisfaço da missão cumprida. Lembre-se de que nem todos têm a mesma oportunidade. Pense no melhor, trabalhe pelo melhor e espere o melhor. Transforme os seus movimentos em oportunidades. Veja o lado positivo das coisas e assim tornará o seu otimismo uma realidade.
Não inveje. Admire! Sinta entusiasmo com o sucesso alheio, como seria com o seu próprio. Idealize um modelo de competência e faça a sua auto-avaliação para saber o que lhe está faltando para chegar lá. Ocupe o seu tempo crescendo, desenvolvendo as suas habilidades e o seu talento. Só assim ano terá tempo de criticar os outros.
Não acumule fracassos e sim experiências. Tire proveito dos seus problemas e não se deixe abater por eles. Tenha fé e energia, acredite! Você pode tudo o que quiser.
Perdoe! Seja grande para os aborrecimentos, pobre para a raiva, forte para vencer o medo e feliz para permitir momentos felizes. Não viva só para o trabalho. Tenha outras atividades paralelas como esportes, leituras, cultivar amigos.
Finalmente, ria das coisas á sua volta, dos seus problemas, dos seus erros, ria da vida. E... Ame. Antes de tudo, a você mesmo! A gente começa a ser feliz quando é capaz de rir da gente mesmo! Tenha um bom dia, uma boa tarde, uma boa noite, uma ótima vida...

‘Brígida Brito’

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

O NATAL QUE SABIA A NATAL...

D. Manuel Madureira Dias:
“Era, a nossa festa. Os pobres contentam-se com o pouco que têm!”

O Natal era simples, como simples eram as condições de vida dos protagonistas que viviam naquelas paragens!
Perdida no ermo do campo, e pendurada sobre o rio Douro, a aldeia onde vivi a minha infância, íngreme e de acessos difíceis, lavava os pés nas águas do grande rio que corria em direcção à já progressiva urbe do Porto, galgando os declives de um leito irregular, lá desde as bandas de Espanha.
Para ir à sede do concelho, só havia transporte duas vezes por semana; para ir a Lamego, sede diocesana, não existia qualquer meio público de locomoção. Toda a vida de contactos se fazia, na direcção da cidade do Porto, através da «carreira» que passava, vinda de Cinfães, quatro dias na semana, uma vez por dia.
Existia uma escola primária que nem todos frequentavam, por não ser obrigatório, e, se alguém quisesse estudar mais, teria de sair da terra, porque o liceu mais próximo era no Porto, embora existisse uma escola industrial a quarenta quilómetros, mas sem transporte para garantir as ligações necessárias à sua frequência.
Na aldeia existia uma telefonia particular, alimentada a bateria, que, ao Domingo era escutada pelo povo que se aglomerava, para ouvir o programa cómico, ao tempo, «O Zequinha e a Lélé». Jornais diários eram recebidos dois, na loja do Sr. Miranda, onde os mais «cultos» iam saber das notícias do país e do mundo. Vivia-se, então, numa grande ansiedade por saber o que ia acontecendo lá para os lados da Europa central, uma vez que se vivia em plena Segunda Guerra Mundial.
Não existiam estradas alcatroadas e algumas delas ficavam intransitáveis, após qualquer chuvada mais invernosa.
E como era celebrado o Natal, por essas «terras do demo», escondidas nas faldas remotas da serra de Montemuro, quase isentas de tráfego automóvel, por inexistência de vias de ligação?
Como podia ser, dentro destas e de muitas outras limitações de ordem sócio-económica. Vivia-se do trabalho do campo ou do exercício de algum ofício de magros rendimentos. Era o caso dos meus pais. No tempo da guerra e do pós-guerra, as coisas tornaram-se difíceis: os alimentos mais essenciais à subsistência ficaram racionados e reduzidos a um mínimo prescrito por senhas, através das quais se comprava a mercearia e a farinha para o pão. Quando essas quantias se tornavam insuficientes, era necessário recorrer ao «mercado negro», que se aproveitava da circunstância, para a especular nos custos do bem que se vendia e comprava.
Com todos estes condicionamentos, se celebrava o Natal!
Vivido com muita simplicidade, pobreza e isolamento do mundo mais evoluído. Mas vivia-se, com aquela poesia própria da quadra festiva. Nada tinha de especial, mas era uma grande data, apesar da modéstia que o envolvia.
Do ponto de vista religioso era tão pobre como o presépio de Belém. Missa à meia-noite não existia, porque o Pároco vivia a alguns quilómetros de distância e não tinha transporte; além disso, no escuro da noite, numa aldeia dispersa e sem luz, não era possível andar pelos caminhos e veredas daqueles campos.
A única realidade vivida festivamente, como Natal, era a Missa do próprio dia 25, solenizada por uma orquestra, formada por alguns instrumentistas da filarmónica da terra, que, para além de cantarem a Missa (em latim), cantavam e tocavam loas ao Menino Deus. Era, a nossa festa. Os pobres contentam-se com o pouco que têm!
Em família, o mesmo ambiente sadio e simples. No meio das limitações existentes, sempre se ia economizando alguma coisa para celebrar aquele dia com alguma diferença do quotidiano: economizava-se dinheiro para comprar algo necessário em todos os dias, mas cuja estreia era reservada para o dia de Natal; economizava-se no açúcar racionado, para se poder cuidar da doçaria naquela noite de consoada.
Nessa refeição comia-se o que era uso comer-se em qualquer aldeia da região. O importante, contudo, era o encontro da família naquele repasto festivo. Só o facto da família se congregar para essa refeição já marcava o cunho festivo, mesmo que não houvesse grandes e extraordinários sinais festivos próprios dos grandes acontecimentos. Mas, mesmo assim, era Natal! Natal único, igual ao qual nunca mais encontrei outro!
Fiz a experiência da falta deste Natal, assim vivido, no primeiro Natal que passei fora de casa, aos treze anos de idade; senti saudades deste Natal, quando, em 1963, vinte anos depois destes natais, o passei numa aldeia de Itália, onde o Natal, sendo Natal, não sabia a Natal!

D. Manuel Madureira Dias, Bispo Emérito do Algarve

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

SONHOS OU METAS TANGÍVEIS?

Você também pode realizar os seus sonhos!
Depende só de você!
Basta fazer escolhas coerentes com o seu objetivo de vida. Mas, para isso, é preciso ter objetivos claros e bem definidos.
“Quando eu crescer, quero ser engenheiro”, diz o menino de sete ou oito anos de idade, enquanto constrói arranha - céus com os blocos do seu jogo de armar. O problema é que, depois que cresce, o menino acaba parando de escutar a sua criança interior. Começa a trabalhar e, em vez de direcionar o seu trabalho para a realização do seu sonho, vai se enfraquecendo e se distanciando deste, realizando funções que não correspondem aquilo que sonhou um dia. Desvia-se facilmente do sonho, perde o rumo e, anos mais tarde, vê-se frustrado com a vida que leva.
É por isso que insisto na importância de se identificar os sonhos, descrevendo-os com riqueza de detalhes, clareza, objetividade e prazo para acontecer. A partir do momento em que você tem isso, você pode planejar. E, planejando, você pode conquistar o que sonhou.
Planejar é simples. Pegue uma folha de papel em branco. No topo da pagina, escreva o seu objetivo final e a data em que pretende realizá-lo; e no rodapé, escreva onde você se encontra em relação a esse objetivo e coloque a data e o dia em que estiver escrevendo. Feito isso, comece, de baixo para cima, a traçar as etapas necessárias à conquista do seu objetivo. É importante colocar data em cada etapa. Só assim você terá como se orientar no cumprimento de cada uma delas. Isso o fará enxergar a sua meta de modo mais realista, acreditando na possibilidade de alcançá-la. Assim, em vez de um abismo entre você e a sua meta passa a existir uma ponte constituída de etapas, e onde há uma ponte é mais fácil atravessar!
Lembre-se de que tudo o que é importante deve estar escrito, registrado, quer seja em uma agenda, num diário ou no seu computador. Se quando você vai assinar um contrato, qualquer que seja, ele está por escrito, porque você não pode fazer um contrato de responsabilidade com a sua vida, também por escrito?
Se você quer ter energia para realizar um sonho, lembre-se sempre de que o sonho tem de ser seu. Não vale fazer medicina porque sua mãe sonha ter um filho medico. Se ela sonha com medicina, ela que entre na faculdade. Você só conseguirá comprometer-se com a realização de um sonho se ele for verdadeiro, autentico. Você pode até entrar na faculdade de medicina, formar-se médico, mas isso não é garantia de que você será uma pessoa realizada, feliz e motivada.
Você é a única pessoa que pode viver a sua vida, não se esqueça disso! Mais ninguém pode fazer isso por você. A sua vida é hoje o que você determinou para ela. Não adianta ficar culpando pais, chefes, o governo ou o planeta. Você é o único responsável pela sua vida, portanto, assuma essa responsabilidade. Só você poderá escolher entre uma estrada bem cuidada, arborizada e segura ou uma estrada esburacada, escura e perigosa. A decisão é sua!

‘Lair Ribeiro’

REENCONTRANDO A VIDA ATRAVÉS DO DIVÓRCIO

Na vida passamos por diferentes aprendizados. O caminho que escolhemos percorrer deveria sempre nos levar a momentos mais auspiciosos, com melhoria da nossa qualidade de vida, crescimento pessoal, profissional e relacional...
Entretanto, a realidade é um pouco mais dura. É verdade, precisamos decidir e construir a nossa existência com atividades e pessoas que estão perto de nós. Quem sou eu? O que quero ser? Com quem vou compartilhar os meus projetos pessoais e profissionais? São algumas perguntas cruciais que precisaremos responder através do nosso envolvimento, discurso e ações. Ao escolhermos os nossos parceiros de caminhada, corremos o risco de acertar e errar; pode estar bom hoje, mas todo o mundo muda, tudo evolui, se transforma, flui, essa é a dinâmica do universo, da humanidade, das pessoas, sua, minha.
Mas o tema desta matéria é divórcio... Eu penso que o que foi escrito acima tem uma grande repercussão para quem se separa, pois considero o divórcio uma segunda chance que dou a mim mesmo (e ao outro)... de buscar o melhor que a vida oferece. Para a sua materialização, existem leis cada vez mais flexíveis e rápidas. Não se permita violentar física, emocional ou psicologicamente por seu parceiro ou parceira. Ninguém tem o direito de machucar ninguém!
Por outro lado, se você ainda gosta do outro, se você ama os pássaros, deixe-os livres, voar e cantar para todo o universo. Assim talvez eles fiquem seus amigos.
De algumas coisas temos a certeza:
A vida é muito boa, quando se pode viver.
Posso crescer infinitamente...
Não sou dono de ninguém, e ninguém é dono de mim...
Quando sou sincero e verdadeiro comigo, encontro forças para ser feliz.
Meus amigos, vamos aproveitar a vida que o tempo está cada vez mais acelerado. Não podemos mais perder o norte, a direção...
Olhe, sinta e escute o seu coração. Ele deve ser o seu professor em momentos de grandes mudanças.
Boa vida sempre!

‘Jorge de Oliveira Gomes – Psicólogo’

PAZ

Era uma vez um rei que ofereceu um premio ao artista que pintasse o melhor quadro que representasse a paz. Muitos artistas tentaram.
O rei olhou todos os quadros, mas apenas gostou mesmo de dois e teve de escolher entre ambos.
Um quadro retratava um lago sereno. O lago era um espelho perfeito de altas e pacíficas montanhas á sua volta, encimado por um céu azul com nuvens brancas como algodão. Todos que viram este quadro acharam que ele era um perfeito retrato da paz.
O outro quadro também tinha montanhas. mas eram escarpadas e calvas. Acima havia um céu ameaçador do qual caía chuva, e no qual brincavam relâmpagos. Da encosta da montanha caía uma cachoeira espumante. Não parecia nada pacifica...
Mas quando o rei olhou com mais clareza, ele viu ao lado da cachoeira um pequeno arbusto crescendo numa fenda da rocha e nele, uma mãe pássaro havia feito seu ninho. Lá no meio da turbulência da água feroz, se instalara a mãe pássaro em seu ninho em perfeita paz.
O rei escolheu a segunda pintura e sabe porque?
Porque, explicou o rei, “paz no significa estar num lugar onde não há barulho, problemas ou trabalho duro. Paz significa estar no meio disso tudo e ainda estar calmo no seu coração”.
Este é o significado real da paz.

‘Brígida Brito’

NÃO SEI...

Não sei... se a vida é curta...

Não sei...
Não sei...

se a vida é curta
ou longa demais para nós.

Mas sei que nada do que vivemos
tem sentido,
se não tocarmos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser:
colo que acolhe,
braço que envolve,
palavra que conforta,
silêncio que respeita,
alegria que contagia,
lágrima que corre,
olhar que sacia,
amor que promove.

E isso não é coisa de outro mundo:
é o que dá sentido à vida.

É o que faz com que ela
não seja nem curta,
nem longa demais,
mas que seja intensa,
verdadeira e pura...
enquanto durar.

’Cora Coralina’

MEDOS E FOBIAS

“Se mesmo sem estar diante do objeto do medo você sentir falta de ar, suor, tontura, pavor...? Cuidado, voce pode ter fobia.”

“Quem é que nunca sentiu que o mundo é um gigante e achou que era fraco, e se achou quase um rato e que o gto era o mundo, um gigante malvado (...)”. O trecho desta musica de Oswaldo Montenegro, pode descrever um pouco da sensação do que é medo. Mas, se esse medo for incontrolável? Se mesmo sem estar diante do objeto o medo você sentir falta de ar, suor, tontura, pavor...? Cuidado, você pode ter fobia.
Ansiedade e medo são sensações comuns. Mas quando esse sentimento é exagerado, quando você se sente indefeso e acuado por causa desse medo, pode ser fobia. Segundo a psiquiatra Andréia Ligia Vieira Correia, fobia vem da palavra grega Fobos, que significa medo. Para a psiquiatra, a fobia é considerada um transtorno de ansiedade onde o individuo teme determinada situação, objeto ou animal.
“Na fobia o medo é excessivo, ou irreal. Por exemplo, você pode temer uma cobra porque ela é perigosa. O fóbico, no entanto, pode nem sair de casa se pensar em uma cobra, ou ainda desmaiar se vir um animal destes enjaulado. O que está em questão não é o medo em si, mas a intensidade dele, ou o quanto este medo prejudica a sua vida” explicou.
A psicóloga Terlúcia Paiva complementa o pensamento da psiquiatra explicando que fobia é um medo excessivo e irracional que provoca a resistência consciente do individuo a enfrentar as situações de fobia. “Isso pode causar limitações sociais desse individuo e consequentemente um sofrimento que muitas vezes ele carrega durante muito tempo silenciosamente”, comentou.
Terlúcia Paiva elucidou que o medo, assim como a ansiedade são reações naturais a exposição de situações desconhecidas ou que possam, na sua realidade, causar algum tipo de dano ao individuo. “Isso seria até um mecanismo de defesa e de sobrevivência nosso. Por exemplo: tendo medo de atravessar a rua o individuo tem cautela e toma cuidados para não ser atropelado, tendo medo de se queimar não colocamos nenhum membro do nosso corpo em exposição direta ao fogo, etc. o que difere dos transtornos fóbicos”, explicou.
PREOCUPAÇÕES EXCESSIVAS COM O FUTURO
Para a psiquiatra Andréia Ligia, a resposta para a pergunta do por que uma pessoa desenvolve fobia esta na psicanálise. Segundo Andréia, o transtorno tem origem em uma situação anterior vivida que, na atualidade seria revivido. “Posso citar um exemplo simples, vejamos: a cobra simbolizaria algo que a pessoa vivenciou de forma traumática anteriormente. O que notamos na prática clinica é que as pessoas fóbicas normalmente são pessoas bastante ansiosas, com preocupações excessivamente com o futuro ou com as situações cotidianas. È claro que muitas vezes há pessoas também ansiosas entre os familiares, o que sugere também a carga genética do transtorno, explicou.
Andréia Ligia disse ainda que é mais comum encontrar as fobias isoladas, como de avião, elevador, barata, formiga... O que acontece com esse tipo de fobia é que muitas vezes o individuo apenas se afasta do estímulo.
A nutricionista Gilmara Dias, conta que tem consciência que o medo que sente de elevador não é apenas medo. “Tenho fobia de elevador. Lugar fechado com muita gente, nunca gostei em. Sinto falta de ar só em pensar em ficar em um lugar fechado com muita gente. Quando eu me sinto muito apertada começa a sensação de falta de ar. Ai, já procuro um lugar bem arejado. Por isso é diferente estar em um elevador de estar em um show com muita gente. No show posso procurar outro lugar, no elevador não”, relatou.
Sensação semelhante tem a secretário Morgana Nóbrega quando se sente presa. “Não sei se é fobia, mas se alguém me prende, nem que seja de brincadeira, se fico em um elevador com muita gente, daquela coisa ruim”, comentou.
Situação um pouco mais alarmante vive a contadora Pollyana Menezes. Ela tem fobia de barata. Ela relata que desde criança tem esse medo, mas quando começou a morar sozinha o medo aumentou. “Não abro as janelas do apartamento se estiver sozinha e sempre tenho um inseticida por perto”, comentou. O pavor dela é tão grande que, certa vez, ela ligou para a mãe, que estava em outra cidade, para dizer que tinha uma barata em seu quarto. “Outra vez liguei para uma amiga que estava perto da minha casa, para ela pegar o inseticida que eu havia deixado na cozinha. O problema é que eu estava vendo uma barata na porta”, contou.
A psiquiatra alerta que existem um tipo comum e muito prejudicial de fobia, que é a fobia social. “Nela, as pessoas temem falar em público, usar banheiros, escrever cheques, etc. muitas vezes estas pessoas podem ter a sua vida social bastante prejudicada, pois não conseguem ir além: o estudante que desiste de estudar para não fazer seminários, o diretor de empresa que a cada reunião fica gaguejando e com vontade de opinar, mas não consegue”, explicou.
A jornalista Savanna Hipólito admite que têm problemas em falar em publico. “Tenho medo de falar em publico. Começo a suar nas mãos, fico pálida. Antes eu chegava a atrapalhar as palavras por ficar muito nervosa. Mas, agora, depois que passei por algumas reuniões, ainda fico nervosa, mas consigo expressar melhor o que estou pensando”. A estudante Fernanda Lima disse que não sabe se o que sente é fobia, mas sabe que tem um medo grande de algumas coisas. “Eu não tenho nenhuma fobia, mas tenho medo de ser rejeitada, de ter minhas idéias desvalorizadas, de não me sair bem numa seleção para emprego. Talvés sejam fobias subjetivas do convívio humano mais do que altura, lugar fechado, água...”, comentou.
Apesar da fobia de lugares fechados ser mais conhecida, também existe o oposto da claustrofobia que é a Agorafobia. “Nesta, geralmente por causa do Transtorno do Pânico, o individuo evita ou teme espaços abertos, pois acha que vai passar mal ou as pessoas não poderão socorrê-lo. Por vezes estas pessoas podem ficar muito tempo em casa, ou só sair acompanhadas”. Explicou a psiquiatra.

‘Lidiane Gonçalves’

MPB DE CARAS NOVAS

Andreia Dias e Ana Cañas provam nos seus discos de estreia que é possível renovar a música brasileira sem se afastar da tradição.

A Musica Popular Brasileira vive sempre nos proporcionando ótimas surpresas. Talvez por isso ainda consigamos suportar o estado de mediocrização por que passam os meios de comunicação eletrônicos, rádio e tevê para ser mais exato. Se de um lado a maioria dos jovens abrem o capô dos seus carros para ouvir coisas como “beber, cair levantar”, existem os que se engajam na missão prazerora de manter viva a chama do riquíssimo cancioneiro brasileiro. Para este segundo grupo indicamos dois belos CD’s: “Amor e Caos” de Ana Cañas (Sony-BMG) e “Vol.1”, de Andréia Dias (Scubidu Records), que são sem exagero algum, obrigtórios.
As duas moças têm em comum não apenas o talento e nem o A nos nomes, mas a ousadia com causa, o respeito á tradição e a busca de uma nova sonoridade e de uma nova forma de interpretar, mais do que cantar. É necessário dizer que há quem cante bem e interprete mal, e quem não cante assim de forma tão correta e dê vida ao que canta. Tanto Cañas como Dias cantam muito bem e interpretam melhor ainda.
A ousadia de Andréia Dias nesse seu primeiro disco solo – gravara antes coma excelente Banda Dona Zica – tem fundamentação no samba moderno de Itamar Assumpção, o Nego Dito, que deixou-nos uma profunda saudade. A levada é mais ou menos a mesma que Assumpção e a sua Banda Isca de Policia consagraram, meio atonal e recitativo.
Já a ousadia de Ana Cañas é realmente mais intempestiva e por isso nos remete a uma rebeldia ainda maior no tocante ao que ainda se ousa chamar mercado. Ela nos remete a um experimentalismo vocal surpreendente e sedutor, mas sem perder contato com a melodia e respeitando devidamente o sentido das letras.
“Vol 1” de Andréia, é um dos mais belos álbuns que ouvi em pelo menos cinco anos. Dito isto, o leitor poderá perguntar por que ela ainda não apareceu na ‘rede bobo de alienação’ e nem ganhou uma trilha de telenovela ou de comercial. Ela também não toca no rádio, é bom que se diga. Nem mesmo nas emissoras que se dizem dedicadas a tocar MPB, e relegam o novo e o regional a sua lista de proscritos.
“Amor e Caos” de Ana Cañas, é uma das surpresas mais acachapantes que tive em tantos anos de busca e expectativa, de que a música brasileira se redimisse da mesmice e do caos. Nem se faz necessário dizer que a intérprete passará longe dos padrões globais que é a afrenia acima de tudo.
O mais interessante ainda de estarmos tratando de dois maravilhosos discos é que ambos trazem, também uma sonoridade renovada e competente, sem os moderníssimos estereotipados que em vez por outra aparecem e somem com uma velocidade estonteante, por não terem consistência. As duas cantoras-compositoras não estão brincando de embromar nem de pesquisar aleatoriamente.
No disco “Amor e Caos” o charme da voz de Ana Cañas consiste justamente em chutar a mesmice sem menosprezar a técnica e o conceito das obras. Assim ela se arrisca como autora e assina ótimas faixas como “Mandinga Não”, “Para Todas as Coisas” e “Vacina na Veia”, esta última com direito a uma citação no inglês original de Shakespeare. Mas ela também se exibe com uma interprete visceralmente inovadora quando canta, pasmem, “Rainy Day Women # 12 & 35”, do gênio Bob Dylan, ou quando traz para si “Coração Vagabundo”, de Caetano Veloso.
Em “Vol1” Andréia Dias ousa de uma outra forma, com um outro sotaque, sem que isso torne o disco inferior ao da colega, mas apenas diferente. Todas as faixas são autorais, algumas simplesmente encantadoras e contagiantes como “Bode” e “Homem”, e outras perfeitamente cabíveis na tradição, caso de “Seu Retrato”. O timbre de voz suave é usado sabiamente por Andreia que derruba tabus e destrona mitos.
Estas duas cantoras e compositoras so exemplos de como a Musica Popular Brasileira tem novidades. O que ocorre é uma omissão criminosa da mídia, por isso recomendo que corra às lojas virtuais e pesquise na internet, porque tem muita gente honrando a sigla MPB e sem ficar remoendo o bagaço já sem sabor a Bossa Nova, que já morreu mais ainda não foi devidamente necropsiada e enterrada.

‘Ricardo Anísio’

ILUMINADOS

Existem pessoas que sao luminosas, possuem luz própria e por onde pasma iluminam tudo e todos à sua volta. Existem pessoas que vivem à sombra da luz das outras. Não tem luz própria, vivem na escuridão e não aceitam a luz das estrelas. São as trevas. Por isso, tentam de todas as formas apagá-las custe o que custar. Elas tentam e tentam... Às vezes até conseguem por um curto espaço de tempo diminuir a luz de uma estrela. Mas mesmo que a luz se torne do tamanho da chama de uma vela ela jamias se aparará. Se mesmo assim ainda insistirem ela votará a brilhar e a iluminar novamente. As trevas não prevalecem diante da luz.
Apagar a luz de uma estrela seria o mesmo que apagar a luz do Sol, apagar a beleza das flores. A noite tenta, mas não consegue portanto a luz do Sol com todo o seu esplendor e força invade a escuridão, as trevas... E a noite desaparece a cada amanhecer.
Quantas vezes na vida nos deparamos com pessoas que tentam apagar o nosso brilho com maldade, julgamentos, prepotência, orgulho, vaidade. Envenenando a mente dos que amamos e que nos amam. Estas são as trevas, que permanecerão eternamente nas profundezas da solidão.
Seja sempre uma estrela, uma pessoa que ilumina por onde passa, pois por menor que a luz esteja, por maior que seja a treva do momento, ela terá sempre o seu próprio brilho e sempre voltará a brilhar com total intensidade.

‘Brígida Brito’

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

A LENDA DO GUARANÁ

As lendas indígenas são muito ilustrativas e enriquecem o universo cultural dos nossos educandos de uma forma extraordinária. Por isso, deveriam ser mais divulgadas nas escolas, na forma de leitura e interpretação de texto, como também no cinema, teatro e televisão.
A lenda do guaraná, por exemplo, muito interessante, conta a historia de Alupá, filho dos índios Taíra e Naiara. De boa índole e inteligente, o menino ajudava a mãe na plantação, pecava com os homens da aldeia, colhia frutas na floresta e saía para nadar com as outras crianças.
Aos poucos, Alupá foi desvendando os mistérios da mata, com exceção da maldade de Jurupari, o espírito do mal, que um dia se transformou numa cobra para dar o bote no indiozinho.
Assim, quando o garoto se encontrava sozinho no alto de um pé de carambola, saboreando as frutas, Jurupari tomou a cor do tronco da arvore e enrolou-se no seu corpo, picando-o mortalmente.
Quando o índio Taíra encontrou o filho morto, com a perna sangrando, sentiu logo a ação do gênio do mal, pois sabia que ele conhecia muito em os animais e não se deixaria atacar assim tão facilmente, o que foi confirmado pelo chefe religioso da tribo, o xamã.
Enquanto os índios se reuniam em torno de Alupá, ouviu-se um trovão. Naiara, a mãe do garoto, fechou os olhos e ficou assim por alguns minutos, contando depois ao grupo que o estrondo fora uma mensagem de Tupã.
O deus queria compensar a aldeia pela perda de Alupá e pedia que ela plantasse os olhos do filho, como se fossem sementes.
Daí nasceria um arbusto milagroso cujos frutos trariam felicidade. E assim, dentro de poucos dias nasceu o pé de guaraná, fruto de grande valor nutritivo, reverenciado no mundo inteiro.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

A LENDA DO AMOR

Era uma vez, o amor…
Morava numa casa repleta de estrelas e enfeitada pelo sol. Luz não havia na casa do amor, afinal, a luz era o próprio amor. E uma vez o amor quis uma casa mais linda para si. Então fez a terra, e na Terra fez a carne, e na carne soprou a vida e na vida imprimiu a imagem de sua semelhança. E chamou a vida de homem.
E dentro do peito do homem, o amor construiu a sua casa, pequenina, mas palpitante, inquieta e insatisfeita como o próprio amor.
E o amor foi morar no coração do homem. E coube todinha lá dentro porque o coração do homem foi feito do infinito. Uma vez, o homem ficou com inveja do amor.
Queria para si a casa do amor, só para si. Queria a felicidade do amor, como se o amor pudesse viver só. Então o amor foi-se embora do coração do homem.
O homem começou então a tentar preencher o seu coração, encheu-o com todas as riquezas da Terra e ainda ficou vazio, ele sempre se sentia incompleto. E continuava se sentindo assim, não importando tudo o que ele já tinha de riquezas matérias.
Então, um dia, resolveu repartir o seu coração com as criaturas da terra. O amor soube... Vestiu-se de carne e veio também receber o coração do homem. Mas o homem reconheceu o amor e o pregou numa cruz.
E o homem continuou a derramar suor para ganhar a comida e voltou a se sentir sozinho e vazio. O amor, que sempre o amou muito, teve uma idéia para voltar ao coração dele, a sua casa: vestiu-se de comida, se disfarçou de pão e ficou quietinho...
Quando o homem ingeriu a comida, o amor voltou à sua casa, no coração do homem. E o coração do homem se encheu de plenitude.
Reflexão: permita que o AMOR se reinstale em sua morada, aceite-o em seu coração, divida-o com os outros seres humanos, veja-o nos semblantes dos seus semelhantes, não importando a sua cor, raça, credo ou condição social.
Você poderia ser feliz novamente.

‘Brígida Brito’

OS SOLITÁRIOS E A INTERNET

Quando vejo jovens sorridentes, teclando frenéticamente as teclas do seu computador e alguns afirmando que tem 100, 200 ou 500 amigos na Internet, começo a pensar no futuro desses jovens. Alguns leitores devem saber, como se sofre com a falta de “amigos”, desses que olham nos olhos e falam com sinceridade. Amigos de verdade são raríssimos, mas hoje há um novo conceito de amizade, de namoro, de casamento, de transar, de ficar.
Mas, pessoas solitárias se contentam em conseguir amigos na Internet. Claro que já aconteceram casos até de internautas que namoram firme ou até se casam a partir da Internet. No entanto, essa história de “mil amigos” na Rede não me cheira bem, não!
O mercado de informação acaba de acrescentar ao seu crescente leque de ofertas o assim chamado “personal friend”. Trata-se de um especialista em amizade profissional, que cobra por hora para ser seu amigo, conversar e acompanhá-lo em voltinhas pelos shoppings da cidade, tomando uma água um café ou uma cervejinha.
O nosso profissional faz questão de esclarecer que não tem a amenor intenção de ser terapeuta. Disponibiliza apenas a amizade. A profissão é nova mesmo e os seus adeptos começaram no ramo há menos de um ano e, segundo dizem, estão com a agenda tomada. Ah, importante: o serviço acaba na amizade, descartando-se, portanto, qualquer proposta de cunho sexual. Sexo como dizem muitos jovens, é outra parada.
Para os solitários que procuram a Internet, o amigo pessoal por dinheiro cobra uma taxa que pode variar, em geral prefere trabalhar em lugares públicos e não tem restrições quanto à faixa etária. O profissional da amizade, em geral, teve contato com gente, e descobriu um talento inato para falar. Seria, traduzindo livremente o termo do inglês, um “conversador”. Até chegar à conclusão de que poderia cobrar para ser amigo de pessoas com dificuldade de relacionamento, esse profissional já acumulou um currículo bastante razoável, geralmente foi motoboy, manobrista, auxiliar de lava-rápido, ou mesmo garoto Mcdonalds. Pelo menos uma coisa ele sabe: conversar.
Portanto, atenção pais, professores e psicólogos: muita orientação aos jovens sore as amizades na Internet, pois o tiro pode sair pela culatra e um amigo virtual pode sair bastante caro.

‘Fernando Vasconcelos’

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

ZODÍACO – CAPRICORNIO

AMOR

Vencida a sua timidez e reserva natural, os capricornianos revelam-se parceiros quase perfeitos; a pesar de cautelosos e introvertidos, podem ser muito fieis no amor. Mas precisam de um parceiro que os apóie emocionalmente e lhes reforce a autoconfiança.
Alguns capricornianos temem tanto a rejeição e a possibilidade de sofrer que podem perder diversas oportunidades de iniciar um romance. Sem muita autoconfiança, acham-se pouco atraentes e convencidos de que ninguém jamais se interessará em viver com eles um relacionamento mais significativo e duradouro.
Flertes não atraem os capricornianos, pois preferem um envolvimento permanente, que lhes traga maior segurança afetiva. O parceiro deste signo poderá descobrir, com o tempo, que o seu único rival sério é a própria carreira do companheiro. Ainda que pareçam um tanto introvertidos nos primeiros encontros, no momento em que se sentem á vontade com alguém começam a revelar-se, e um dos traços mais atraentes dos capricornianos é o seu fantástico senso de humor. Uma vez estabelecida a confiança com o parceiro, o relacionamento tem tudo para desabrochar plenamente.
Quem dirige o coração dos capricornianos é a sua mente, eles nunca se casam sem estra convencidos davescolha correta do companheiro. Sem causar surpresas, são estáveis e carentes no amor, e se mostram sempre fieis e confiáveis pois o seu objetivo final é a segurança no amor.

DINHEIRO

Os capricornianos são injustamente associados à ambição material. Na verdade, o simples fato de aprender a viver no mundo já é um desafio para eles. Acreditam que nada pode ser tomado á força, muito menos a sorte, que não é nenhum substituto para o trabalho. Assim, desenvolvem uma determinação de ferro que aplicam com paciência infinita nos seus esforços de controlar a realidade.
Apenas as considerações práticas importam para os capricornianos, e a evidencia mais tangível que existe para eles é o saldo da sua conta bancaria. Podem ser astutos no trato com os negócios, mas se magoam se são acusados de um materialismo obstinado. O dinheiro é uma necessidade, apenas. Isso lhes permite manter á distancia o que lhes parece ser um mundo intrinsecamente caótico.
Pode levar muitos anos para que os capricornianos atinjam os seus objetivos, mas nada consegue desviá-los deles. Trabalham sem descanso pelo seu ganho e mantêm tenazmente o que conseguiram com muita luta. Essa obstinação vale-lhes a denominação de avarentos. Mesmo quando têm muito dinheiro adotam a virtude da frugalidade e estão sempre lembrando as suas origens humildes. “Passar sem dinheiro nunca fez mal a ninguém”, dizem os capricornianos.
Os capricornianos podem ser muito bem sucedidos financeiramente. Mas, com medo de que os bons dias terminem, acabam armazenando dinheiro e bens.
“Eu construo” é o seu lema. Mas o temor de perder o seu edifício faz deles, em pouco tempo, avarentos acumuladores.

SEXO

A menos que estejam certos do amor do seu parceiro, é pouco provável que os capricornianos se realizem totalmente no sexo, pois não são motivados pela luxuria. As mulheres deste signo talvez tenham um desejo sexual mais forte que os companheiros masculinos. Buscam um relacionamento potencialmente sexual, mas sempre tomando muito cuidado na escolha do parceiro.
Ao contrario dos demais signos, os capricornianos podem tolerar uma vida sexual insatisfatória por um tempo considerável, e, mesmo quando são atraídos por outra pessoa, podem não corresponder até se sentirem plenamente seguros desse novo alguém.
Os capricornianos mais jovens estarão envolvidos com as suas ambições, sem se preocupar muito com o sexo oposto. Os mais velhos podem sentir-se oprimidos demais por causa das suas responsabilidades. Pacientes, os capricornianos esperarão eternamente, mesmo no tocante a sexo.
Quando encontram o seu parceiro perfeito, os capricornianos aproximam-se dele com grande seriedade, e preferem que a sua atividade sexual tenha hora e lugares certos, o que dificulta a sua acomodação a um companheiro sexualmente mais aventureiro.
Os capricornianos são particularmente cautelosos nos assuntos relativos ao sexo. Podem levar mias tempo que a maioria dos outros signos para relaxar, mas, quando encontram o parceiro ideal, o lado mais expressivo da sua natureza será revelado e esses nativos libertarão também o seu senso de humor.

SAÚDE

Vivendo sempre cautelosamente, os capricornianos parecem ter uma consciência intuitiva de suas habilidades, que aplicam com inteligência na perseguição dos seus objetivos. Quando estão desanimados, poucas coisas os distraem. Contudo, esses ataques de depressão são resultado de desafios que eles próprios se impõem e depois não realizam.
Ao mesmo tempo que são tenazes na perseguição dos seus objetivos, tendem a ser rígidos no seu padrão de trabalho. Isso porque não confiam nos outros para levarem adinte os seus projetos a longo prazo. Tendem também a desvalorizar o descanso, a não ser como um fim útil, tal como uma partida de tênis com o chefe. Essa rigidez coincide com as doenças que podem atingi-los, como reumatismo e artrite.
Em geral os nativos deste signo encaram a sua saúde com a mesma disciplina com que enfrentam o seu trabalho. Naturalmente ativos, só se darão ao luxo de praticar exercícios se isso servir a um propósito determinado. Os capricornianos têm sempre que impor um objetivo diante dos seus olhos, um alto pico de montanha, por exemplo, ou uma posição de ioga muito difícil.
Capricornianos mais sérios podem atolar-se em desgastantes períodos de trabalho que gradualmente minam a sua saúde. Em vez disso, seria mais prudente desenvolver interesses que envolvam mudanças de humor, e entender as propriedades curativas do jogo pelo jogo, apenas para combater o estresse.

PERSONALIDADE

O lado positivo – uma das características mais positivas da personalidade do capricorniano é o seu apurado senso de humor. É algo que dá sustentação a este signo nas suas tentativas de ordenar o mundo ou de controlar as suas riquezas sabiamente. Embora o seu humor seja um tanto irônico, envolve na maior parte das vezes contato com outras pessoas, coisa em que o retraído capricorniano não é exatamente um expert! Naquilo em que ele é muito bom, os outros signos (exceto os da terra) consideram aborrecido: o capricorniano é eternamente paciente, prudente, confiável, perseverante e disciplinado.
O lado negativo – os capricornianos muitas vezes soa extremamente rígidos e pessimistas na sua visão; e tristes e deprimidos, chegando mesmo a ser depressivos, na sua interação com os outros. Outras vezes mostram-se emocionalmente frios e inibidos. O seu lado prudente e cuidadoso pode chegar ao extremo da avareza, afetando a sua sociabilidade.
A necessidade do capricorniano em estar sempre no controle da situação às vezes atinge os limites do autoritarismo. Os nativos deste signo suspeitarão de qualquer acontecimento espontâneo, se isso parecer desviá-los do seu objetivo, que é modificar o ambiente para satisfazer as suas necessidades.
A maioria dos capricornianos é fã das coisas tradicionais e convencionais. Sua motivação básica é a segurança. Podem se tornar fanáticos moralistas, opondo-se tudo o que contradiz o seu ponto de vista. Por outro lado, são muito conhecidos por sua natureza generosa.

TRABALHO

Para muitos capricornianos, a grande preocupação da sua existência é o trabalho; e uma vida estável e previsível, motivada por uma considerável ambição material, é geralmente a prioridade numero um deste prático signo da Terra.
Serão infelizes se não virem os resultados concretos dos seus esforços no dia-a-dia, e simplesmente não estão interessados em possibilidades vagas. A realização para os nativos deste signo deve ser sólida e real.
Os capricornianos apresentam uma visão absolutamente original do tempo, ou seja, não têm a menor pressa em subir a escada do sucesso, geralmente dispostos a esperar com paciência pela sua recompensa, depois de terem criado meticulosamente as condições que tomarão esse sucesso inevitável. Ao atingir o topo, assumem a responsabilidade de ajudar os outros a fazerem o mesmo, ensinando-lhes a disciplina, a perseverança e o trabalho árduo que são as marcas de seu próprio trabalho.
Quando há um trabalho a ser feito, este empregador espera o melhor e seu rosto gentil e amável mascara uma rude insistência para que as coisas saiam da forma que quer.
Como empregados, os capricornianos se satisfazem em apenas cumprir ordens, mas serão devotados ao trabalho.
Os capricornianos são as mais ambiciosas das pessoas e têm sempre em mente um objetivo bem definido e realizável. Mestres da paciência e da autodisciplina, possuem a perspicácia de mudar aquilo que podem aceitar e o que não podem.para eles, os desafios e responsabilidades são sempre bem-vindos.

BOA FORMA

Capricórnio é talvez o signo mais disciplinado de todo o zodíaco, e os nativos deste signo que decidirem entrar em forma sem duvida o conseguirão! Como em relação a qualquer assunto, os capricornianos têm uma maneira de agir muito bem estruturada e escolhem o melhor método para atingir os seus objetivos. Neste caso, eles vão preferir, por exemplo, a ginástica diária de onze minutos da Força Aérea Canadense.
Um dos maiores problemas que os capricornianos enfrentam com o passar do tempo é a rigidez dos membros e das juntas. Assim, exercícios que contribuem para uma maior flexibilidade, como o Yoga, são altamente recomendáveis. Também são indicados aqueles que elevam a pulsação e a temperatura do corpo, como a aeróbica. O ideal, portanto, seria intercalar Yoga e aeróbica.
O desporto característico dos capricornianos é o alpinismo; eles apreciam o desafio e não se importam de enfrentar condições adversas. Embora um tanto frágeis quando crianças , se fortalecem com o tempo e chegam a sua melhor forma na segunda metade da vida. Na verdade, Capricórnio é o signo da longevidade, por serem muito disciplinados, esses nativos não são dados a excessos. O seu planeta regente, Saturno, é associado a Cronos, o deus grego do tempo, que simboliza o amadurecimento.

AMIZADE

Ao contrario dos seus dois signos vizinhos, Sagitário e Aquário, os capricornianos são reservados com as pessoas e extremamente seletivos quando se trata de escolher um amigo. Como os escorpianos tendem a ter poucas amizades, mas leais e duradouras.
O capricorniano é o mais sincero dos amigos. Apoiará você nos maus momentos e celebrará o seu sucesso e felicidade.
Um amigo deste signo lhe dará excelentes conselhos e apoio prático, fundamental nas horas difíceis o apresentará a pessoas interessantes e o levará para almoçar ou jantar, uma forma carinhosa de reanimá-lo. Em troca, esperará receber dos amigos o mesmo tipo de apoio.
Contudo os capricornianos nem sempre compreendem as depressões de alguns signos. Por isso, tendem a ser atraídos por pessoas do mesmo elemento, com as quais partilham a sua forma realista de ser. Os signos da Água também se harmonizam com eles. São muito produtivos com os expansivos signos do Ar e do Fogo, ajudando-os a pôr em prática as suas idéias e aspirações. Mas esses relacionamentos não são muito cômodos para o capricorniano típico.
As pessoas nascidas sob o signo de capricórnio valorizam os amigos à medida que os anos vão passando, por isso as suas amizades resistem à passagem do tempo.
Os capricornianos acreditam mais no fazer que no dizer, e que os sentimentos de alguém são expressos por suas ações. Não alardeiam as suas emoções; assim, você pode não perceber que grandes amigos eles são até poder contar com o seu apoio numa crise. A partir daí, você saberá que tem um amigo para a vida toda.

APARÊNCIA

Auto-suficiência e persistência são características próprias dos capricornianos; fisicamente parecem ter sido preparados para resistir aos desafios que o tempo impõe.
Embora um dos signos mais elegantes e de menor ossatura, o capricorniano não pode ser chamado de frágil. Possui costas retas, peito e quadris estreitos e ombros largos. Por mais resistente e sólido que seja, tem uma boa percepção do seu corpo, resultado de um espírito alegre. Seu andar é ágil e seguro como o de um cabrito montês.
A estrutura do rosto pode ser austera, com dobras na testa que denotam uma vida de preocupações. Olhar levemente melancólico, boca e maxilar bem desenhados.
Calmo e persistente na sua maneira de ser, o capricorniano apresenta uma conduta autoritária, que ás vezes pode parecer excesso de rigidez e auto-valorização. A mulher de Capricórnio é mais ligada ao elemento do seu signo, a Terra, que lhe transmite uma fria sensualidade.
Rosto comprido e fino, maxila voltada para cima são traços marcantes deste signo. Olhos agudos e inteligentes, com sobrancelhas grossas e arqueadas. Nariz pequeno, ás vezes achatado.
Independente das suas características físicas, o capricorniano sempre dá a impressão de economizar movimentos, mesmo quando está apressado. Os seus olhos espelham grande astúcia e inteligência, avaliando as circunstancias antes de tomar uma decisão, e escolhendo o melhor meio de praticá-la.

FAMÍLIA

Os capricornianos parecem ser pessoas muito bem preparadas para assumir responsabilidades e encaram as obrigações paternas com muita seriedade. Porem, esse seu grande senso de responsabilidade pode servir também como desculpa para negligenciar o que eles consideram o desconfortável ldo emocional da educação de uma criança em favor de uma criação mais materialista.
Os capricornianos proporcionam à família riqueza e prestigio, incluindo uma gorda poupança para a educação das crianças. Essa eterna preocupação com status e dinheiro, no entanto, pode levar a uma continua ausência do lar por conta de compromissos de trabalho.
Valorizam a estabilidade e as convenções, e tentarão assegurar que as crianças cresçam com disciplina. Não é um signo que proporcione muita liberdade, franzindo a testa a qualquer desvio das normas estabelecidas por eles.
Os capricornianos tendem a estimular os filhos. Embora a criança tímida e retraída tenha a simpatia deste signo introvertido, um filho emocionalmente carente poderá sentir falta do seu afeto. Os pais capricorninos precisam ter em mente que disciplina não é tudo na educação e que o riso e a brincadeira podem aliviar a carga paterna mesmo com as crianças mais problemáticas.
É difícil para o pai capricorniano relaxar o suficiente para brincar com o seu filho, embora isso melhore com o tempo. Na certa, ele vai matricular a criança numa escola assim que nascer. A mãe deste signo usará o seu grande senso de humor para relacionar-se com a criança.

HUMOR

O ambicioso e esforçado capricorniano não é do tipo fatídico. Gosta das coisas bem planejadas e organizadas, mas a maioria tem um apurado senso de humor.
Embora este aspecto da sua personalidade não seja imediatamente percebido, os capricornianos gostam de se divertir, e divertir os outros, tanto quanto os signos mais extrovertidos do Zodíaco. Geralmente identificados com a autoridade, os capricornianos podem representar um homem ou mulher sérios numa comedia. Nesse caso, estão traçando uma imagem calcada nas suas próprias inclinações, mas tal circunstância não os impede de enxergar o lado cômico da situação que estão criando.
O humor dos capricornianos costuma surgir mais tarde na sua vida. À medida que amadurecem, relaxam um pouco a autovigilancia e estão compreendem que o riso e a diversão são importantes ingredientes, não apenas perda de tempo.
Ocasionalmente, o humor destes nativos parece um tanto fantasioso e surrealista, tal qual o de seu signo oposto. Câncer: inventam personagens escandalosos e extravgantes, colocando-os em cenários imaginários. Muitas vezes acham graça em historias estranhas, que aos outros surpreendem. Podem ser tão temperamentais e imprevisíveis quanto os cancerianos.
O capricorniano não é o mais esperto dos signos e pode levar um tempo até que entenda uma piada. Mas quando isso acontece, ri ás gargalhadas. Reprises de shows e de comedias o divertem mais que da primeira vez, seguro de que entendeu todas as tiradas, que ainda estão na sua mente.

CASAMENTO

Por serem a favor do casamento e o encararem com muita seriedade, os capricornianos são bastante cuidadosos na escolha de um companheiro adequado. Para este signo pouco “romântico”, adequado não é necessariamente o mais compatível, porém o mais aceitável.
Os capricornianos sentem saudade do tempo dos casamentos arranjados, e podem ainda hoje casar com a filha ou filho do chefe, na sua opinião a melhor receita para um bom casamento.
Não importam as razoes que levam o capricorniano a escolher uma esposa, uma vez casado será bastante fiel e fará tudo ao seu alcance para manter o casamento estável e feliz.
Uma das dificuldades que se encontram em casamentos com capricornianos é o tempo que eles passam fora de casa e o seu interesse pelo trabalho e pelos negócios. Apesar disso, tudo é feito em favor do futuro da família, e o capricorniano cauteloso terá escolhido uma esposa que saiba apreciar isso.
É de esperar que um parceiro como esse saiba entreter no estilo ao qual o capricorniano está acostumado, com grande parte da diversão acontecendo em casa mesmo, para que o seu sucesso seja garantido. As conversas serão inteligentes e muito divertidas.
O nativo de Capricórnio dá muita importância às regras sociais tradicionais. Uma das convenções com que mais se identifica é a do casamento. Na verdade, o capricorniano considera que o casamento, um dos fundamentos da sociedade,é o que mantém elevados os seus padrões morais, e levam isso muito a serio.

ALIMENTAÇÃO

Os capricornianos têm uma maneira prática de encarar a alimentação, e sensibilidade para apreciá-la, com especial atenção para a qualidade. Seu elemento Terra reforça a importância da comida para eles, o que se reflete no fato de esse signo produzir muitos gourmets e enólogos.
Embora sejam muito econômicos, os capricornianos sempre levam em conta a qualidade dos produtos que compram; se dispõem de pouco dinheiro, preferem adquirir pequena quantidade daquilo que é bom a comprar mais de alguma marca inferior. Na verdade, para um capricorniano interessado em culinária, apenas o que houver de melhor servirá, como massas frescas, queijo parmesão cortado á peça inteira, carne de primeira, o melhor azeite de oliva e café moído na hora.
Devido a seu apego às tradições, consciência social e ambição, os capricornianos estão sempre em dia em questão de restaurantes da moda e dos melhores produtos. Gostam de comer em lugares elegantes e frequentemente estão envolvidos em negócios culinários.
Contudo, com o seu apego às tradições e muito ligado ás raízes, preferem comidas simples, que lhes lembram a infância. Assim, muita doçaria e boa comida são os seu preferidos.
Os capricornianos são interessados por vinhos, e bons conhecedores. Talvez, por isso, o habito de comprar vinhos com todo o critério e esperar pacientemente que amadureçam, ao mesmo tempo em que faz um ótimo investimento, é tão próprio do capricorniano.

CASA

Para os capricornianos, o lar desempenha um papel de suma importância, uma vez que é o lugar onde vivem. Fascinados pela arquitetura ou conservadores apaixonados, eles não resistem ao desafio de reformar velhos imóveis e criar interiores historicamente autênticos e originais. Os fins de semana costumam ser passados em lojas e mercados de antiguidades, á procura de uma peça de determinado período da historia que irá compor perfeitamente um canto do ambiente.
Os capricornianos encaram tudo muito seriamente, inclusive e principalmente a sua casa, e são pessoas cuidadosas e organizadas.
Governam a casa com rigidez militar, certificando-se periodicamente de que todos os aparelhos e lâmpadas estão em perfeito estado. Apesar da tendência de alguns à avareza, muitas vezes aventuram-se a alguma barganha, desde que tenham um mínimo de segurança, e, se decidem que a sua casa é bastante respeitável para exibi-la, podem ser generosos, acolhendo a todos os que os visitam. O capricorniano gosta de rigor em tudo. As crianças são bem educadas e polidas, e até os seus animais tem de ter comportamento impecável.
Mas a casa deste signo pode se revelar, ás vezes, surpreendente: o capricorniano adora achados e curte as novidades.
Propriedades são um dos muitos interesses do capricorniano, e a segurança que oferecem satisfaz as suas necessidades de estarem bem posicionados na vida. Eles têm um forte senso do dever, especialmente com relação à vida familiar; mas precisam refrear a sua natureza rude e inflexível, a qual pode ser dominadora e levar a situações constrangedoras.

TENSÃO

Os capricornianos apreciam, e até procuram, uma quantidade de coisas e situações que costumam causar tensão em outras pessoas. Por exemplo: gostam de viver sob a pressão de precisar alcançar um objetivo determinado. E se este não for estabelecido por ninguém, eles próprios se encarregam de criá-lo.
Quando atingem um de seus objetivos na vida, os capricornianos se sentem um pouco desorientados, e mesmo estressados, até que possam alcançar vôo em direção a um novo alvo.
Como os virginianos, outro signo da Terra, os nativos de Capricórnio estabelecem objetivos muito altos para si mesmos e só se satisfazem com o melhor. Como são extremamente disciplinados e trabakhadores, quando levam muito longe os seus objetivos, ou exigem demais de si mesmos e não conseguem atingir as suas metas, ficam estressados. Muitos desses objetivos estão ligados à profissão, à posição social e à segurança material, coisas extremamente importantes para eles. Uma ameaça em qualquer dessas áreas causa muita preocupação e estresse aos capricornianos.
Um dos grandes talentos dos capricornianos é a sua habilidade de planejar. Isso lhes dá sensação de segurança e os ajuda a combater o medo e a desconfiança; traços fortes de sua personalidade.
Os capricornianos gostam de comandar. Assim, quando as coisas não acontecem como planejaram e fogem do seu controle, eles se sentem profundamente deprimidos. Acham muito difícil soltar as rédeas confiando na vida e nos outros, mas precisam aprender a fazer isso.