segunda-feira, 21 de março de 2011

PS desde 2005 a «prejudicar os interesses do país»

Os números oficiais do Instituto da Gestão da Dívida Pública aí estão para evidenciar esse enorme buraco, cada vez mais descontrolado.
Nos anos da governação de Sócrates, o aumento da dívida pública foi o seguinte:

2005 -  11,1 mil milhões de euros
2006
-    6,8 mil milhões de euros
2007
-    4,2 mil milhões de euros
2008
-    5,7 mil milhões de euros
2009
-  14,3 mil milhões de euros
2010
-  14.0 mil milhões de euros.


Nos 6 anos de 2005 a 2010, a dívida aumentou 56,1 mil milhões de euros, passando de 90,7 mil milhões para 146,8 mil milhões de euros. E se, em 2004, significava 60% do PIB, em 2009 representa 79,4% e em 2010 vai aproximar-se dos 90%.
Se a estes valores da dívida directa juntarmos cerca de 30 mil milhões de euros de dívida indirecta das empresas públicas deficitárias e que o Estado terá que honrar e ainda o valor actual dos compromissos com as PPPs no montante de cerca de 26 mil milhões de euros, teremos um valor global de 203 mil milhões de euros, equivalente a 122% do PIB. Em apenas 6 anos, a dívida pública sobe exponencialmente.

O risco de crédito é, de facto, enorme. Os credores e agências de rating apenas vêem o óbvio.
Por cá, o pensamento oficial insiste em negar a evidência. Para continuar na senda do despesismo de que é exemplo o aumento da despesa corrente previsto para 2011.
Mas querem o Governo e os “pensadores” a soldo fazer de nós parvos ou quê?» (4R).
Isto, num país normal, seria suficiente para se exigir a imediata remoção desses incompetentes que andam há anos a enganar e a enganarem-se. Mas como não é de todo um país normal, temos uma oposição que anda com eles ao colo.
Retirado do Blasfémias.net

sexta-feira, 18 de março de 2011

Por que algumas palavras são longas e outras curtas

Eficiência da linguagem
Por que algumas palavras são curtas e outras são longas?
Durante décadas, a teoria mais aceita considerou que as palavras usadas com frequência são curtas a fim de tornar a linguagem eficiente: segundo essa visão, não seria econômico se o artigo "o" fosse tão longo quanto "fenomenologia".
Mas agora uma equipe de cientistas do MIT desenvolveu uma teoria alternativa, com base em novas pesquisas: segundo eles, o comprimento de uma palavra reflete a quantidade de informação que ela contém.
"Pode parecer surpreendente, mas o comprimento das palavras pode ser melhor previsto pelo conteúdo da informação do que pela frequência," afirma Steven Piantadosi, principal autor de um artigo sobre o assunto que avaliou o uso de palavras em 11 idiomas.
Dependência entre as palavras
A noção de que a frequência de uso gera palavras mais curtas resulta dos trabalhos publicados por George Zipf, nos anos 1930.
Segundo Piantadosi, a ideia de Zipf tem um apelo intuitivo, mas oferece apenas uma explicação limitada para o comprimento das palavras.
"Faz sentido que, se você falar algo repetidamente, então você vai querer uma palavra mais curta," diz Piantadosi. "Mas há uma história de comunicação mais refinada para ser contada do que isso. A frequência não leva em conta as dependências entre as palavras."
Ou seja, muitas palavras geralmente aparecem em sequências previsíveis, na companhia de outras palavras.
Palavras curtas não são necessariamente muito frequentes.
Informação nas palavras
Mais frequentemente, os pesquisadores descobriram, palavras curtas não contêm muita informação por si mesmas, mas aparecem em sequências de outras palavras familiares que, como um todo, transmitem a informação.
Por sua vez, este agrupamento de palavras curtas ajuda a "suavizar" o fluxo de informações na linguagem através da formação de cadeias de pacotes de dimensões semelhantes, o que por si só gera uma eficiência - ainda que não exatamente a eficiência imaginada por Zipf.
"Se você considerar que as pessoas devem estar tentando se comunicar de forma eficiente, você chega a essa taxa uniforme," acrescenta Piantadosi; seja através de agregados de palavras mais curtas ou por meio de palavras individuais mais longas já carregando mais informação, a linguagem tende a transmitir informações a taxas consistentes.

quinta-feira, 17 de março de 2011

PRECE AO AMOR


Sou este cavaleiro persistente
Dentro desta armadura de crente
Cavalgo em noite sossegada
Sobre pétalas de rosas perfumadas

Cavalgo sem dragão nem santo
Armado do amor em busca do encanto
Sou um soldado que por amor chora
Por amar, por paz implora

Por este amor sofro tanto
O fruto do espírito santo
Senhor escuta do amor esta prece
É o que mais meu coração apetece

Sem arena nem nações
Só quero do amor os clarões
Amados sofrem mais não se abatem
E com o amor voltam ao combate

Temos forças mais não temos escudos
Chega o amor e ficamos mudos
Ficamos inertes a pensar
Só queremos amar e amar

(Orides Siqueira)

terça-feira, 15 de março de 2011

Como deve ser uma mulher- Jabor‏

"É melhor você ter uma mulher engraçada do que linda, que sempre te acompanha nas festas, adora uma cerveja, gosta de futebol, prefere andar de chinelo e vestidinho, ou então calça jeans desbotada e camiseta básica, faz academia quando dá, come carne, é simpática, não liga pra grana, só quer uma vida tranqüila e saudável, é desencanada e adora dar risada. 
Do que ter uma mulher perfeitinha, que não curte nada se veste feito um manequim de vitrine, nunca toma porre e só sabe contar até quinze, que é até onde chega a seqüência de bíceps e tríceps.
Legal mesmo é mulher de verdade. 
E daí se ela tem celulite?
O senso de humor compensa. 
Pode ter uns quilinhos a mais, mas é uma ótima companheira. 
Pode até ser meio mal educada quando você larga a cueca no meio da sala, mas e daí? 
Porque celulite, gordurinhas e desorganização têm solução. 
Mas ainda não criaram um remédio pra FUTILIDADE!!"

"E não se esqueça....
Mulher bonita demais e melancia grande, ninguém come sozinho!!!!!"
Arnaldo Jabor

quarta-feira, 2 de março de 2011

O botequim carioca


É fato. Quando viajamos ao Rio de Janeiro (à turismo) pensamos logo o Cristo Redentor, o Pão de Açúcar, o Maracanã, o povo carioca e o seu jeito divertido e hospitaleiro. Além disso, é impossível estar nessa Cidade Maravilhosa e não conhecer o botequim e toda a cultura do boteco.
            Nossa! Imagine numa manhã clara de um azul, ensolarado e carioca, sentindo aquele cheiro longínquo de praia nas narinas. E, como não poderia deixar de ser, sentado ou não no botequim de sua preferência, tomando uma cerveja estupidamente gelada ou um chope bem tirado e na temperatura perfeita.
            Há uma observação de fundo: o boteco é também um lugar lúdico e sociável. Com destaque, como acessório, está “a mesa” onde jorra lições de boemia, e que a volúpia da conversa (entorno) é a pedra filosofal!
            Entre muitos boêmios cariocas têm uma regra matemática que afirma que fome + madrugada = sanduíche do Cervantes. Funcionando desde 1955, em Copacabana, transformou o sanduíche em produto de alta gastronomia. No boteco Bracarense, instalado em Leblon, o chope é tirado de uma chopeira tradicional, como sempre, bem gelado e é tido com um dos melhores da cidade. O segredo, dizem, está no copo (reto, mais longe e mais fino que o dos concorrentes) que é marca da casa.
            Fiquei bestificado quando visitei, pela última vez, à Academia da Cachaça, no Leblon, chamando atenção para as prateleiras que funciona como um santuário forrado com pingas de todas as procedências. A cozinha garante os petiscos que ajudaram a construir a fama do bar. Foi neste ambiente, acomodado no canto da varanda, que ouvi de um cara, de bigode grisalho, sobrancelhas descabeladas e igualmente grisalhos – tipo de rebelde nato, revoltado com a derrota de seu time:
            -Escute: futebol é bola na rede. Entendeu meu filho? Vale gol de bico, de canela, peito, pescoço, cotovelo, até gol de bunda vale.
            Aprumado, ainda, apesar de vários goles de cerveja, arrematou:
            -Esse nosso centroavante, do jeito que tá, vai terminar a vida sem um puto no bolso, amante de mulher de zona, talvez massagista ou roupeiro de time de futebol.
            Não à toa que essa toada de conversa gera um efeito cascata entre os seus frequentadores. Dribla a obviedade. Leva até os enrustidos a saírem do armário e se revelarem em corpo, alma e espírito.
            A vida em botequim é assim... Tem sempre algo em comum: a boa bebida, a culinária singular e o que existe de melhor na verdadeira arte do encontro: alegria e informalidade.


                                        LINCOLN CARTAXO DE LIRA
                                               (lincolnconsultoria@hotmail.com)