sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

O SILENCIO QUE FALA

Muitas coisas se falam a respeito de Beethoven. O fato de ter composto extraordinárias sinfonias, mesmo após a sua total surdez, é sempre recordado. Exatamente por causa dessa surdez, era pouco sociável. Enquanto pôde, escondeu o fto de a audição estar comprometida. Evitava as pessoas porque a conversa se lhe tornara uma prática difícil e humilhante. Era o atestado público da sua deficiência auditiva.
Certo dia, conta-se, um amigo seu foi surpreendido pela morte súbita do filho. Assim que soube, o musico correu para a casa dele, pleno de sofrimento. Beethoven não tinha palavras de conforto para oferecer. Não sabia o que dizer. Percebeu, contudo, que num canto da sala havia um piano. Durante 30 minutos, ele extravasou as suas emoções da maneira mais eloqüente que podia, tocando piano. Ao contato dos seus dedos, as teclas acionadas emitiam lamentos e melodiosa harmonia de consolo. Assim que terminou, foi embora. Mais tarde, o amigo comentou que nenhuma outra visita havia sido tão significativa quanto aquela.
Reflexão:
Por vezes, nós também, surpreendidos por noticias muito tristes ou chocantes, não encontramos palavras para expressar conforto ou consolação. Chegamos ao ponto de não comparecer ao enterro de um amigo por sentir ‘não ter jeito’ para dizer algo à viúva ou aos filhos órfãos. Não vamos ao hospital visitar um enfermo do nosso circulo de relações porque nos sentimos inibidos. Como chegar? O que levar? Que palavras dizer?
Prendamos com o gesto do imortal Beethoven: na ausência de palavras, permitamos que falem os nossos sentimentos. Ofertemos um abraço apenas, e deixemos as lágrimas de quem se veste de tristeza escorrer em nosso peito. Sentemo-nos ao lado de quem padece e lhe seguremos a mão, como a afirmar, com todas as letras e nenhum som: estou aqui. Conte comigo!

‘Brígida Brito’

O QUE VOCE QUER SER QUANDO CRESCER?

Talento é uma poupança que ganhamos ao nascer. O problema é o que fazemos com ela ao longo dos anos, pois nem todo o mundo sabe administrar essa poupança.
Hoje, trocamos nossos talentos por dinheiro, prestigio e reconhecimento quando exercemos nossas habilidades como profissão. Mas, às vezes, surge a sensação de que o nosso trabalho está longe de refletir a nossa identidade. E essa sensação aumenta quando nos damos conta de que, quando mostramos os nossos talentos a outras pessoas, fora do contexto configurado pelo nosso ambiente de trabalho, somos reconhecidos por elas. Isso quer dizer que sabemos, sim, fazer algo digno de reconhecimento e que nos proporcione prazer, mas nem sempre é isso o que fazemos habitualmente, como trabalho.
Muito da nossa essência se manifesta na infância. Com os talentos não é diferente. Nas brincadeiras infantis, manifestam-se os talentos e as aptidões que acabamos por esquecer com o passar dos anos, mas que podem transformar e dar novo sentido à vida adulta, se resgatados a tempo. Você já perguntou para uma criança o que ela quer ser quando crescer? É bom se preparar para as respostas! Você pode escutar de tudo um pouco: bombeiro, atriz, jogador de futebol, astronauta... Marcos Pontes, o primeiro astronauta brasileiro a conquistar o espaço, desde pequeno sonhava alcançar as estrelas... mas, muitas vezes, nossos talentos ou aptidões não são tão claros e definidos, ficando mais fácil esquecê-los, perdê-los pelo caminho. Porém, com calma, paciência e atenção, é possível resgatá-los.
Um bom exercício é recordar-se das atividades que lhe proporcionavam prazer nas brincadeiras dos tempos de infância. Em uma folha de papel, relacione as brincadeiras e os jogos de que mais gostava, contando detalhadamente qual era a sua função e que habilidades eram exigidas. Não tenha pressa. Se não vier tudo à mente, mantenha esse papel com você e vá acrescentando itens, conforme se for lembrando. Este é um excelente exercício de autoconhecimento e que irá ajudá-lo a redescobrir seus talentos, além de servir como um guia para potenciais profissões ou trabalhos em que você conseguirá se sair bem, reunindo prazer, felicidade e realização.
Muitas das respostas pelas quais buscamos incansavelmente durante a vida estão guardadas dentro de nós mesmos. Basta ter coragem e determinação para buscá-las, o que não é tarefa simples. Porém, você pode se surpreender com os resultados!
Aos pais, um conselho d mesma forma como é importante para um adulto resgatar a sua origem, relembrando suas divertidas e enriquecedoras brincadeiras dos tempos de criança, é fundamental deixar que seus filhos também vivam com primazia esse tempo de inocência, descobertas e crescimento. Não tolha os dons de seus filhos, mas incentive-os, sempre primando pelo equilíbrio, bom-senso e educação. Muitas vezes, um adulto é surpreendido por um chamado eloqüente porque, na infância, foi impedido de dar vazão às suas aptidões ainda na infância, e aquilo ficou retido bem lá no fundo, do seu “Eu interior”. Dessa forma, contribua para que os seus filhos se tornem pessoas bem sucedidas e felizes. Pequenas atitudes podem fazer a diferença e na vida deles. Pode acreditar!

‘Lair Ribeiro’

O QUE DETERMINA QUE O ANO SEJA BISSEXTO

Chama-se ano bissexto o ano que possui um dia a mais do que os anos comuns (vulgares). O objetivo é manter o calendário utilizado em sincronia com os eventos sazonais relacionados com as estações do ano. No caso do calendário gregoriano, há a inserção de 1 dia extra a cada 4 anos no mês de Fevereiro, que passa a ter 29 dias (ano com 366 dias) ao invés de 28 como nos anos comuns de 365 dias. Diferentemente do que o senso comum leva a crer, o dia extra do no bissexto no é o 29º e sim o 24º do mês de fevereiro. Para concluir se um ano é bissexto basta se considerada a condição do ano ser divisível por 400 (o resto d divisão do ano por 400 é zero), ou no caso de essa condição ser falsa, o ano ser divisível por 4 mas não por 100. Em outras palavras, todos os anos que sejam múltiplos de 4 mas que não sejam múltiplos de 100, com exceção daqueles que são múltiplos de 400. são bissextos.
A razão da existência do no bissexto é para se corrigir a discrepância entre o ano-calendário convencional e o tempo de translação da terra em volta do Sol – o Ano Solar. A terra demora aproximadamente 365,25 dias solares (1 ano trópico) (46 horas = 1 dia) para dar uma volta completa em redor do Sol, enquanto o ano-calendário comum (por convenção) tem 365 dias solares. Portanto, faltam aproximadamente seis horas (0,25 dia) a cada ano. Para simplificar, as horas excedentes serão somadas e, a cada quatro anos adicionadas ao calendário na forma de um dia, exceção eita em anos múltiplos de 100 e que não sejam também múltiplos de 400. este di extra é incluído no mês de Fevereiro, que terá 29 dias a cada quatro anos.

O PIOR INIMIGO

Tudo na vida se resume na maneira de pensar. Já dizia Buda que a raiz de todo o sofrimento é o desejo. Assim, somos indiscutivelmente escravos do que pensamos. E na atividade do pensamento, a mente pode-se tornar garnde amiga, ou a maior das inimigas.
Vejam só o ressentimento. Existe coisa pior do que ficar remoendo mágoas e decepções, sofrendo com sentimentos que já podiam ter tomado outro rumo? E o remorso? Não obstante ele sirva para reflexão e consequentemente nos ensine a não repetir o erro que o causou, pode vir a ser um verdadeiro inferno. A consciência tranqüila é exatamente o céu a que bíblia se refere quando transcreve: “O reino dos céus está dentro de vós”.
O ensinamento principal da filosofia Zen, reiterado pela recomendação evangélica, é para que vivamos o aqui e agora, muito bem definido na máxima. “A cada dia os seus cuidados”. A psicologia Gestáltica já apregoou: “Não apresse o rio, ele corre sozinho”, titulo do best-seller de Barry Stevens. E o filosofo Heráclito atentou para efemeridade das coisas alertando que “ninguém toma banho duas vezes no mesmo rio”, porque tudo passa... inclusive os pensamentos.
É no desejo, na imaginação, em toda a nossa produção mental, ou seja, na maneira de ver a vida que está o mais precioso segredo da felicidade. Felicidade, por sua vez, visceralmente intrínseca á paz de espírito e á consciência tranqüila. Você pode ter saúde e no ser feliz, pode ter dinheiro e não ser feliz, realizar-se profissionalmente, ter fama, poder, amor e, ainda assim, não encontrar a felicidade. Sabe por que? Porque a felicidade está dentro de você. Não é material nem geográfica. O difícil é encontrá-la.
Certa vez, estávamos voltando de uma excelente viagem de férias, e na mesma fila para pegar o avião, uma criancinha chorava desesperadamente nos braços da mãe. Como não havia sinais de que ela se calaria, todos começaram a ficar visivelmente irritados, mesmo porque a mãe não parecia disposta a acalentá-la.
Já dentro da aeronave o excessivo choro ficou ainda mais barulhento e, aliado ao enfado da viagem, começou a nos irritar. Foi então que eu me pus a observar a própria mente, que já criava sentimentos de inquietação, querendo criticar a inoperância daquela me, que nada fazia para calar o berreiro esganiçado. Então comecei a direcionar a imaginação: “e se aquela criancinha estivesse com um tumor maligno no cérebro, justamente a caminho de uma consulta médica com um especialista, e fosse aquele choro conseqüência de insuportável dor? E se a mãe nada fazia porque não tinha jeito, nem com analgésicos?”, lucubrei...
Foi incrível como toda a irritação que se formava dentro de mim se desvaneceu. E aquele choro passou a no mais me incomodar, pois que agora o que me invadia era um profundo sentimento de compreensão. Tudo por causa da mente. Consegui facilmente acalmá-la.
Portanto, muito cuidado com os seus pensamentos. Eles podem transformar-se no seu pior inimigo...

‘Germano Romero’

O IMPERADOR VAI Á PRAIA

Contam que, no século XVIII, o rei prussiano Frederico II tinha a vista do seu castelo prejudicada por um moinho. As tentativas de remover aquela incômoda construção não tiveram sucesso, de forma que o soberano convocou o moleiro, proprietário do imóvel. Àquele simples cidadão, confrontado com a figura do soberano, foi questionado se não via que a sua discordância poderia resultar simplesmente na remoção do moinho por uma medida de força. O moleiro respondeu negativamente e acrescentou: “ainda há juízes em Berlim.”
O relato é lembrado para demonstrar um fato simples, mas muitas vezes esquecido: no estado democrático de direito todos estão sujeitos à lei, especialmente os governantes e os entes estatais.
A lembrança se faz apropriada agora, quando vários cidadãos estão sendo surpreendidos por comunicados emanados da Secretaria do Patrimônio da União, apontando irregularidades nos limites de terrenos foreiros e determinando a imediata demolição de benfeitorias. Estas correspondências têm tirado o sono de pessoas que há décadas ocupam imóveis cujas características já eram estas quando foram adquiridos, inclusive, com o pagmento do laudêmio à União. Na realidade, a questão não é tão simples quanto se parece.
Sabe-se que a delimitação dessas áreas passa necessariamente pelo estabelecimento da linha do preamar-médio de 1831, conforme dispõe o Decreto-Lei n. 9.760/46.
Quem reside na orla testemunha paulatinamente o avanço do mar, que se tornou mais acentuado nos últimos anos, a ponto de chamar a atenção da mídia. Mas, a questão que aqui se impõe é saber como, diante deste quadro extremamente mutável, pode ser estabelecida a linha do preamar-médio do longínquo ano de 1831.
Inúmeros são os estudos em curso com este objetivo. Contudo, é importante sempre lembrar da lei e, quanto a isto, a norma mencionada diz competir à Secretaria do Patrimônio da União determinar a posição da linha, devendo fazê-lo “à vista de documentos e plantas de autenticidade irrecusável, relativos àquele ano, ou, quando não obtidos, a época que do mesmo se aproxime.”
Todavia, a lei não deixou ao livre arbítrio do órgão estabelecer a linha do preamar-médio de 1831: ela pressupõe a participação dos interessados, pela simples razão de que poderá criar limitações ao direito do administrado. Nessa parte, o Decreto-Lei enfocado traduz vários princípios hoje positivados na própria Carta Magna de 1988, especialmente o de que “ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal.”.
Embora ali residam há vários anos, não há notícias de notificação ou convite endereçado a qualquer proprietário para participar do procedimento, razão pela qual se pode afirmar a insubsistência legal da atitude tomada pela Secretaria de Patrimônio. Tal como Frederico II, a União não está acima da lei.
Márcio Henrique C. Garcia

O DIREITO DE PENSAR

“Uma certa “familia…”
Um certo estado do Nordeste Brasileiro”

Para um europeu que esta vivenciado com cultura de lei e ordem em estado democrático, o Brasil e sobretudo o Nordeste é um País cheio de fenômenos e contrastes, onde a lei e a ordem se manifestam das formas mais obscuras e raras.
A lei dos homens, que noutros espaços do planeta também se conhece por “Honra”, pode custar por aqui 500 reais, pouco mais que um salário mínimo nacional, e será cobrada na ponta do cano de revolver, na mão de qualquer matador pré-encartado que muitas vezes circula na garupa de uma moto, para prestar relevantes e mais eficazes serviços de forma motorizada, mas também pode ser executado a pé por um qualquer Governador, Senador da Republica ou instituído em cargo publico de relevo na comunidade.
Quando em gênero novela das oito, nos chegam relatos sobre a saga dos coronéis, alguns de nós pensamos ingenuamente no quão antiga é essa realidade, mas nada mais errada essa nossa analise, pois no pleno desenvolvimento do século XXI, por mais incrível que possa parecer, tudo isso ainda é real.
No caso concreto e muito particular da Paraíba, um dos Estados mais paupérrimos do Nordeste Brasileiro, o poder ainda é repartido, como se fosse um bolo, por “famílias” que seguindo a boa tradição Italiana do sul, partem e repartem e claro tentam guardar a melhor parte. Eles são os Lucenas, Maranhões, Toscanos, Guedelhas, Limas e muitas outras de menor expressão nesta época da historia local.
No entanto, de á alguns anos a esta parte, uma certa “família” dedica-se a esta nobre arte de atirar primeiro e perguntar depois, seja com ou sem pistola, são os Limas, que são por si só uma imagem de marca da mais ilustre linhagem dos “fala barato” da política brasileira, que de obra publica real pouco ou nada apresentam, mas que com a sua sabia demagogia e muita saliva conseguem molhar tudo em seu redor.
Um poeta de bairro, transformado em pistoleiro Governador, que muda da esquerda para a direita da política, conforme o vento sopra do norte ou do sul. Acolhe um sobrinho sem fortuna que veio cair sem eira nem beira na Paraíba, após a trágica morte de um pai vitima das contingências de quem quer uma negociata rentável e rápida na grande cidade, construída muitas vezes na base da desgraça alheia.
De forma humanitária, diga-se, acolhe-o e faz dele a sua imagem, com tudo o que de “fala barato” tem, incluindo uma transformação estética familiar, acaba por fazer para a plebe o milagre de transformar um sobrinho num filho, quero dizer numa espécie de “bastardo” bem sucedido da família.
Claro que todos sabem do “transformismo” mas que vai ousar, colocar as idéias do poeta pistoleiro em causa...
Já passaram 14 anos desde que alguém o tentou fazer, e acabou por levar chumbo no rosto, em pleno restaurante “Gulliver”, perante todo o mundo presente
Agora imagine, o comum cidadão, entrar num local publico, num restaurante cheio de testemunhas, e desfechar um tiro no rosto de um individuo, apenas porque este pensa de modo diferente de si, e depois sair calmamente e nada lhe acontecer em termos de responsabilidade civil e criminal.
Claro que tal é possível de acontecer.
Mas claro que tal só é possível de acontecer no Nordeste do Brasil!
No mesmo Nordeste e no mesmo Brasil, onde essa mesma “família” pode comprar de forma descarada votos com fundos destinados á erradicação da pobreza, e com verbas avultadas sem o mínimo de identificação credenciada dos beneficiados, assim como se fora uma dádiva divina aos pobres, lançada de avião sobre as favelas a 150 reais por cabeça.
Mas não!...
“Para ter acesso a tão magnânima dádiva, era necessário entrar numa fila, ser atendido pelo Governador em pessoa, (imagine-se o Governador em pessoa, que importante ação) e dias depois maravilhosas e desprendidas pessoas o visitavam, como anjos, trazendo a “boa nova” com a mensagem, (qual rei mago) de que o Governador, solidário á sua “aflição” envia-lhe o presente, e só pede que se lembre sempre dele”.
(Só faltava dizer na sua infinita misericórdia)
As palavras acima transcrita entre “/” não são minhas, poderiam ser, pois as subscrevo na integra, são no entanto do mui ilustre colunista da Diário Correio da Paraíba, “Rubens Nóbrega”, que descreve com total exatidão alguns verdadeiros “milagres” da gestão Cássio Cunha Lima.
Mas e que dizer dos milhares de jornais pagos com os reais do erário publico, de forma descarada a fazer propaganda como se fosse um folheto de propaganda política, distribuídos generosamente, incluindo no próprio dia eleitoral, e mesmo dentro das assembléias de voto.
E os envelopes amarelos contendo pequenos bônus para os cabos eleitorais, e que a policia rodoviária federal apanhou conjuntamente com material de propaganda da “família” Lima. Como sempre surge uma desculpa esfarrapada, e desta feita seriam verbas para pagar energia elétrica e água. Pois que realmente muita água e luz foram consumidas nessa campanha para Governador da Paraíba.
E que desculpa pode existir para os sacos de dinheiro voador, num edifício comercial numa das mais movimentadas artérias da capital? Pode ter sido um milagre de Frei Damião? Quem sabe!
Mas, e quem explica os outros milagres, aqueles que deveriam acontecer no Estado de forma mais do que natural, pois as verbas existe, só que não são aplicadas onde deveriam e a população continua a olhar para o céu azul e não vê milagre algum.
Que dizer dos hospitais com a conclusão das obras já iniciadas á longo tempo parada praticamente desde que a “família” Lima, por via de Cássio, assumiu a gestão do Estado, e este é já o seu segundo mandato.
E a barragem que virou tragédia, e onde se deslocou em pose fotogênica e para eleitor ver, para ser fotografado no meio da lama e da tragédia, para á boa maneira do cinema dramático, verter umas quantas lagrimas de crocodilo.
E por falar em água?!
Sobretudo na falta dela, onde estão os abastecimentos de água a zonas de verdadeira catástrofe humanitária?
Os apoios á agricultura e pesca que viraram miragem. E a segurança dos cidadãos do Estado, onde nunca se viveu uma situação tão insegura que até saudades já existe dos tempos do Lampião e da Maria Bonita.
Um Estado onde os Policias Militares e Civis entram em concursos públicos, para abandonar os postos, poucos dias depois de tomarem posse, por manifesta falta de condições de trabalho e remuneração, para não se ter que falar de muitas outras situações tão ridículas como o fato de terem que comprar com o seu magro soldo as balas para se sentirem armados, com armamento digno dos primórdios do século passado.
E as estradas?
A malha viria estatal esta chegar a um estado deplorável, de tal forma que existem picadas em África em melhores condições que algumas chamadas de estradas do interior do Estado.
Mas sendo tudo isto grave e obviamente imputável á conduta de uma certa “família”, o mais condenável são as 64 mil crianças da Paraíba desnutridas. Crianças com menos de 2 anos que segundo informação oficial (PAC’s/PSF) Ministério do Desenvolvimento Social e do Ministério da Saúde, com 39,4% de óbitos em menores de 1 ano de vida, segundo os dados oficiais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Dados oficiais do Ministério da Saúde (DATASUS/2005) publicamente conhecidos, e portanto não constitui nenhuma novidade, dizem que por dia morre 1 (uma) criança na Paraíba vitima de desnutrição, fome e doenças associadas á pobreza como falta de alimentação básica adequada, água e nutrientes.
Para o fundo das Nações Unidas para a infância (UNICEF) que acompanha diretamente 131 dos 223 Municípios da Paraíba, as taxas de desnutrição e mortalidade infantil da Paraíba são consideradas altas.
Segundo informações do Doutor Rodrigo Pinheiro de Toledo Vianna, da Universidade Federal da Paraíba, uma criança bem alimentada não morre, aquelas que morrem são porque tem deficiências nutricionais, o que comprova as razões da taxa de mortalidade que se verifica neste Estado.
As mortes no período pós-neonatal geralmente só provocadas por problemas evitáveis, entre eles a fome, desnutrição e as doenças diarréicas agudas, associadas á falta de água tratada, esgotamento sanitário e condições adequadas das moradias.
Eu diria que este Governador, eleito de forma reconhecidamente ilegal, pois a ser cumprida a letra da lei, nem se poderia ter candidatado, é um “Boy” levado ao colo pela “brilhantina” de uma certa sociedade de cortesãos, que qual cria em teta de vaca leiteira, tem sabido sugar o “leitinho” que as suas maningancias tem deixado produzir e repartir.
A responsabilização direta do Estado calamitoso em que a Paraíba se encontra neste momento, tem que sem duvida alguma ser apontada em primeira instancia ao atual representante do “clã” da “família” Lima no governo do Estado e ao mesmo tempo as brechas, verdadeiras crateras, que existem na legislação brasileira que permitem todo o tipo de tropeços e fugas á lei numa profunda “asnice” no cumprimento da lei e da ordem aliadas á imensa lentidão da justiça, que permite que se continue a observar o espetáculo diário de fantoches eleitorais a movimentarem-se no palco da vida local, baseados num nome criado como se cria uma marca de cosméticos para tratar do cabelo, do tipo lave agora e seque depois.
A “família” Lima bem entendido que neste momento já não necessita da Paraíba para nada, daqui já retirou o muito tanto que puderam, para ate conseguir montar bons e rentáveis negócios além fronteiras, no velho mundo. No entanto fiquem certos de que a Paraíba necessita deles para conseguir saber para onde tem ido os muitos milhões de reais que deveriam ter sido investidos em programas como o da Saúde da Educação, que tem assim sido sonegados no desenvolvimento integrado que o Estado exigia, merece e tem direito em termos de verbas e na sua correta e mais do que justa aplicação.
Os eleitores podem fazer muito por mudar o estado da situação atual, usando de uma arma muito mais eficaz que a do “poeta pistoleiro”, ou seja usando uma nova postura n hora de votar nas próximas eleições, exigindo e elegendo novos candidatos que dignifiquem as suas cidades.
Mas sobretudo os militantes de base dos partidos podem e devem pensar num futuro diferente colocando um ponto final na saga de famílias que de corruptos, poetas pistoleiros e bastardos tudo tem um pouco, menos dignidade na sua missão ao serviço publico.
Quando se aguardam 14 anos por justiça, e agora se pode esperar por outros tantos. Quando se observa a destruição dia-a-dia de bens públicos com a mais do que obvia sonegação financeira direta e indireta, então podemos esperar que possa acontecer de tudo, como adjudicações de milhares de reais em pão que ninguém como, leite que ninguém bebe, combustíveis que davam para ir á lua e voltar quase duas centenas de vezes, viagens de jatinho contratado ao particular quando o Estado até tem duas aeronaves paradas na pista e tantos outros tristes exemplos.
Longe de mim estar a chamar de “gatunos” á “família” Lima, e a alguns dos seus “lambe-botas” mais próximos, mas na realidade existe algo a que nada nem ninguém pode vedar a liberdade, que é o inalienável direito de pensar...
E se por exemplo a imagem e a realidade de Campina Grande, deixadas após a estão da “família” Lima foi de dividas, falta de cumprimento de compromissos e profundo atraso estrutural relativamente ás verbas que deram entrada nos cofres da Prefeitura, a imagem e realidade atual do Estado da Paraíba é de claro desnorte na gestão, abandono de compromissos estatais com as populações, falta de planificação de desenvolvimento integrado, crescente aumento da criminalidade e insegurança publica, indefinição na aplicação de fundos estruturais.
Perante tanta coincidência, coincidentemente coincidente, ligada ao nome da “família” Lima, qualquer um é livre de poder pensar, mesmo alto que seja como o estou a fazer gora, que são na verdade coincidências demasiadas para tanto tempo de gestão.
Exige-se um nova forma de estar na vida e na sociedade, espera-se que o poeta pistoleiro saiba após 14 anos disparar um pouco melhor a sua escopeta, ou que os efeitos etílicos sirvam hoje para melhorar outros predicados pessoais em falta.
Como observador externo, interessado em poder de alguma forma contribuir para desejar e efetivar um bom ambiente na Paraíba, o que se pode também sonhar é tão somente justiça, na justa medida das necessidades e das causas.
A Paraíba sem duvida merece!

“João Massapina”