sábado, 18 de outubro de 2008

TRICHET, CASINHAS DA CÂMARA, CRISE E UM MINISTRO SUICIDADO

Crise: Desvendar o mistério Trichet. A Euribor foi abaixo mas as taxas de juro subiram (e só deram sinais de descer depois das intervenções simultâneas de quase todos os governos da EU). Trichet é, portanto, o sr. “mal-entendido” que tarde e a más horas, decidiu… Resultado: ninguém o seguiu. Antes e depois, ele estava “certo”... Consumidores, famílias e empresas é que não o entendiam e estavam “errados”… Viu-se! E ainda não se demitiu...?!



Ler os jornais, nestes dias da grande crise, serve sobretudo para vermos como mais de 95 por cento dos opinion-makers não percebe nada do que se está a passar… E não consegue escondê-lo. Parece aquela estória dos cegos à volta de um elefante a tentarem adivinhar que coisa será pela impressão recolhida do sítio em que lhe tocam...

José Mateus Cavaco Silva


O caso das casinhas da Câmara mostra bem um dos mais tristes (e só aparentemente paradoxal) aspectos do Portugal pós-Abril: a “união de facto” (ainda não tanto o casamento gay...) das nomenklaturas comunistas e aparentadas locais com o “complexo salazarento e neo-corporativo”. Bem instalada nestas ricas casinhas e bem abrigada atrás de um discurso de “superioridade moral”, esta “união de facto” vai próspera, feliz e fazendo muitos meninos. Este conúbio só aparentemente é insólito porque, realmente, “o que os une (a dependência das tetas do Estado) é muito mais forte que o que os separa (as simpatias pela esquerda totalitária ou pela direita totalitária)”… E todos berram contra o liberalismo, essa coisa que, claro, seria pôr as casinhas da Câmara no mercado (de arrendamento, o tal que Salazar liquidou e ninguém quer ressuscitar), entregando-as a quem as pagasse pelo seu valor (resolvendo-se, assim e de caminho, também o défice crónico, agudo e grave da CML. Compreende-se… Tudo se compreende. Tal como se compreende que um dia (como a história do sítio bem ilustra) a coisa acaba mal... Até lá, vão vivendo à conta e bordando belos discursos com os resíduos da “superioridade moral” de comunistas e fascistas.



As Finanças andam a confundir o dispositivo militar com a Função Pública e aplicar-lhe as mesmas regras. Há outras maneiras de dizer isto: confundir o rabo com as calças ou, melhor ainda, comparar o cu com a feira de Castro... Leia-se o texto de Helena Pereira no “Sol” de 11 deste mês e fica-se esclarecido sobre a dimensão do enorme mal-entendido. Mas se as Finanças cometem o típico erro do tecnocrata pouco atento ao valor real e ao peso e densidade de certos “imateriais” (como “a soberania” ou “o moral”) e pouco entendido nos determinantes da geopolítica e suas implicações fatais, já o ministro da Defesa comete suicídio. Porque, a ser verdade o que o “Sol” relata, isto é o suicídio político de Severiano Teixeira… O ministro da Defesa foi apagado deste quadro. Assim, os militares percebem que não podem contar com ele. E a partir daí, o ministro não conta no campeonato. É claro… Se ele deixar que isto aconteça, realmente. Se a norma diz que poucos sobrevivem politicamente ao exercício do cargo de ministro da Defesa (façam a lista a dos ministros dos últimos trinta anos e vejam...), a agir assim então é “morte” certa antes ainda do fim do exercício.

Desertores

Terceira classe de Desertores, aquela que Pacheco Pereira fala, e que tentava incluir num “bolo” único. Esta classe era constituída pela parte da população que beneficiava directamente do status-quo do Estado Novo, privilegiada, rica e instruída, vivia num outro Portugal, bem "longe" do estado de indigência em que se encontrava a maioria da população.

Estes Portugueses tinham um bom nível de vida, mesmo para os padrões actuais.

Estes recusaram defender a pátria que tanto os beneficiava e preferiram partir, financiados, a maioria pelos dinheiros dos seus papás. E o seu “exílio” foi bastante dourado.

Nessa altura Paris devia ser uma cidade espectacular para quem tinha duas coisas, Dinheiro e tempo Livre. Mesmo para aqueles cuja mesada paternal não chegava para os copos do Quartier Latin e Montparnasse, podiam arranjar facilmente um empregozeco relativamente bem pago. Esta classe de desertores nunca pôs o pé nos Bidonville, onde a primeira classe de "desertores" vivia, até podemos dizer que raramente saiu dos limites da cité, dos seus cafés e livrarias.

Não quero que pensem que estou aqui a dar lições de moral a estes senhores. Não dou, porque sou de uma outra geração. Geração que nunca foi posta perante o dilema de ter que defender a sua pátria lutando. Se vivesse nesses tempos, não poderia dizer, hoje em dia, qual a opção que teria tomado.
Mas estes desertores não contentes com o que fizeram, voltaram logo a seguir ao 25 de Abril para Portugal e foram-se colocar em Alcântara a chamar de “assassinos” aos Portugueses que combateram em África. Mais tarde o acto de cobardia serviu de “medalha” para se introduzirem na classe politica dirigente, onde ainda se encontram. Aí difundiram a sua cultura de exigir direitos recusando-se a cumprir qualquer dever, cultura essa que hoje está completamente arreigada na Sociedade Portuguesa.

Mas não se ficaram por aí!

Tiveram até a desfaçatez de Auto-atribuir-se pensões por “feitos relevantes na luta Anti-fascista”.
Estes cobardolas apenas são merecedores do meu mais profundo desprezo.
Nada lhes devo.

Se houve 25 de Abril, se hoje vivemos em Democracia e se a minha geração nunca se confrontou com o dilema de combater ou não combater, são coisas que devo a todos os Portugueses que foram mobilizados para a guerra do Ultramar, sobretudo aqueles que nunca voltaram.
Esses é que são os verdadeiros Heróis.
Esses é que foram os que se sacrificaram.
Esses foram aqueles que todos os dias, durante dois anos ao acordar, não sabiam se iria ser a última vez.
Esses são aqueles que hoje estão votados ao esquecimento.
Esses são aqueles que a classe política, saída do 25 de Abril, nunca teve a honra nem a dignidade de lhes agradecer.

A todos os que foram mobilizados, o meus sinceros agradecimentos.

Aos filhinhos do Papá e da Mamã, que prestaram a sua comissão nos bares do Quartier Latin.

BADAMERDA!

Luís Bonifácio

Capitão Salgueiro Maia

O depois considerado grande herói do 25 de Abril, o então Capitão Salgueiro Maia, cerca de uma semana depois de chegar à Guiné, com a sua C.Cav.ª n.º 3420, na Instrução de Aperfeiçoamento Operacional (IAO), veria a sua companhia completamente destroçada, o que seria resolvido com um seu “salve-se quem puder”. Houve militares que apenas apareceram dois dias depois e outros que seriam apanhados e ficariam detidos nas prisões do PAIGC.

Ten-Coronel Marcelino da Mata

TGV - EM QUEM ACREDITAR...?!

Bruxelas e a ADFER dizem, no mesmo momento e sobre o mesmo assunto, coisas opostas. Mais, o presidente da ADFER, como "especialista em combóios", diz que a ligação Porto-Lisboa não deve ser feita por ser um desperdício de dinheiro (mas nada diz das centenas de milhões de contos que já se gastaram na chamada linha do norte sem ter resolvido nenhum dos seus problemas...). O problema é que o quadro de decisão do TGV Lisboa-Porto não é de "especialistas de combóios" mas sim de políticas de valorização do território e de estratégia do País. E é neste quadro que a decisão tem de ser discutida para fazer sentido. Depois, entrem em cena os especialistas de combóios para tratar os problemas de combóios que essa decisão coloque. Mas neste sítio anda tudo ao contrário e os especialistas de combóios querem decidir da estratégia e da valorização do território...

O quadro de contradição entre a ADFER e Bruxelas cria dúvidas, claro. E na dúvida o melhor mesmo é perguntar a quem sabe: Prof. António Brotas, diga-nos o que lhe parece isto e como estão realmente as coisas...

.

Presidente da ADEFER fala em desperdício de dinheiro

14-10-2008 8:50



A Associação Portuguesa para o Desenvolvimento do Transporte Ferroviário considera ser desperdício de dinheiro a construção da linha de TGV entre Lisboa e Porto e defende o seu adiamento.

Esta é, apenas, uma das críticas que o presidente da ADEFER faz ao projecto do Governo para a Alta Velocidade.

Arménio Matias insiste que a ligação Lisboa-Madrid deveria passar por Alcochete e estranha o atraso da obra em Portugal em relação a Espanha que iniciou o projecto na mesma altura.

Para este responsável, Portugal está muito atrasado quanto ao TGV, lembrando que tudo começou ao mesmo tempo - em 1988 - em Portugal e Espanha.

Nestas declarações, o presidente da ADEFER, diz que não concordar com o calendário proposto pelo Governo para o TGV em Portugal e considera que o projecto contém soluções dispendiosas e esbanjadoras. Na sua opinião, o plano poderia ser mais barato e mais eficiente.

Arménio Matias diz ainda que a linha deveria ter sido alterada depois da decisão de não se fazer o novo Aeroporto na Ota e sim em Alcochete, defendendo que a ligação Lisboa-Madrid e Lisboa-Faro deveria passar sempre por Alcochete.


Já quanto ao traçado Lisboa-Porto, uma prioridade para o Governo, este especialista em caminhos de ferro diz que não se deve fazer imediatamente pois isso é um desperdício de dinheiros públicos.

Cx/Paulo Neves

Bruxelas diz que TGV Portugal-Espanha está no «bom caminho»
Relatório anual de acompanhamento do projecto
2008/10/14 15:13Redacção / MD



Custos serão mais baixos na parte portuguesa



O projecto de eixo ferroviário de alta velocidade (TGV) que ligará Portugal e Espanha «parece actualmente estar no bom caminho, tanto a nível de programação, como de custos», indica o relatório anual de acompanhamento do projecto, divulgado esta terça-feira em Bruxelas, citado pela «Lusa».

O relatório aponta que «efectivamente, de acordo com os dados disponíveis, os custos serão mais baixos na parte portuguesa» e os prazos estão a ser cumpridos.

Segundo o documento, que foi elaborado pelo coordenador europeu do eixo ferroviário de alta velocidade do sudoeste da Europa, Etienne Davignon, adianta que «no que respeita à parte portuguesa da ligação, relatórios mais pormenorizados confirmaram os progressos registados entre o Porto e Lisboa e entre Lisboa e a fronteira espanhola (Caia)».

No entanto, o coordenador europeu aponta que há «algumas questões que merecem uma avaliação mais profunda», tais como o facto de o futuro aeroporto de Lisboa, em Alcochete, não ter ligação à linha de alta velocidade, o que «obrigará a um serviço expresso a partir do Poceirão no caso dos passageiros provenientes do Leste e do Sul de Portugal.

O coordenador recomenda ainda «que seja realizada no projecto a avaliação do impacto da mudança de localização do aeroporto da Ota», no caso específico da ligação Lisboa-Porto.

José Mateus Cavaco Silva at October 14

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Roubo e saque

Há muitos anos que o Estado liquidou o mercado do arrendamento. Intervenções sucessivas culminaram no congelamento das rendas após 1974. Os resultados foram péssimos.

A desvalorização da propriedade arrendada gerou a ruína dos centros das cidades. Os jovens, mal começam a ganhar algum dinheiro, são obrigados a endividar-se para o resto das suas vidas para gáudio dos bancos e dos construtores.

As novas gerações são sacrificadas em prol dos benefícios ofertados aos que arrendaram casas antes do 25 de Abril. Nenhum Governo teve coragem e seriedade política para mudar isto. Agora, o Estado, que provocou a desgraça, quer triplicar a carga fiscal aos prédios arruinados. Era como se o incendiário multasse o dono do pinhal por este o ter deixado arder.

Carlos de Abreu Amorim

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

OS DOZE TRABALHOS DE HERCULES

A expressão “trabalhos de Hercules” designa uma tarefa difícil ou impossível de realizar. Hercules ou Heracles, herói mitológico grego dotado de força extraordinária, é fruto da união entre o pai dos deuses, Zeus’ e Alcmena, mulher do general tebano Anfitrião. A ciumenta Hera, mulher de Zeus, enviou duas grandes serpentes para o matar ainda em criança, mas Hercules estrangulou-as com as suas próprias mãos. Mais tarde, casou com a princesa tebana Megara, com quem teve três filhos.mas Hera provocou-lhe um ataque de loucura, durante o qual matou a mulher e a prole. Horrorizado, tentou suicidar-se, mas o oráculo de Delfos persuadiu-o a expiar o crime convertendo-se em servo do seu primo Euristeu, rei de Micenas. Este, compelido por Hera, impôs-lhe o desafio de vencer 12 provas. O 1º trabalho foi matar o leão de Nemeia; o 2º, a destruição da hidra de Lerna; depois, capturou vivos um feroz javali que vivia no monte Erimanto e a corça sagrada do monte Carineu. A seguir eliminou os pássaros Estinfalos. Como 6º trabalho, limpou num só dia os estábulos do rei Áugias. Depois trouxe vivos para Euristeu o touro de Creta e os cavalos devoradores de homens de Diomedes. Como 9ª e 10ª prova, foi buscar a cinta da rainha das Amazonas e o rebanho de Gerião. Por fim, trouxe a Euristeu o cão do inferno, Cérbero, e os Pomos do Ouro de Hespérides. Hercules morreu mais tarde, envenenado, mas os seus feitos valeram-lhe a ascensão ao Olimpo.

‘João Palma’

AS COISAS NÃO DERAM CERTO. O QUE FAZER?

Lembramos de que existem muitas opções no mundo dos negócios e vários caminhos a percorrer. Devemos analisar o mercado e a concorrência antes de tomar qualquer decisão.
Fazer um balanço da situação financeira e ver se esse é o melhor momento para arriscar. Sinal verde, devemos elaborar um plano de sobrevivência econômica.
Não podemos adiar as mudanças. Existindo decisão pela virada na vida profissional, o plano deve ser colocado em prática.
Outro ponto importante: As metas estabelecidas, devem ser possíveis de serem alcançadas e ano devemos nos isolar na hora de tomar decisões importantes.

‘Rocha & Coelho’