segunda-feira, 7 de junho de 2010

O elo entre a psiquiatria e a Implementação da República

O papel de destaque que a medicina ocupa nas comemorações do centésimo aniversário da República Portuguesa é hoje celebrado no “Colóquio Doentes e Cidadãos”, a decorrer no Casino da Figueira da Foz.

Na sua sessão de abertura, Artur Santos Silva, presidente da Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República (CNCCR), referiu que “os médicos, que na altura não eram mais de dois mil, tiveram um papel muito relevante e foram grandes protagonistas da República”, pelo que a “medicina tem pessoal destaque na programação do Centenário”.

Este colóquio, organizado pelo Ciência Hoje e pelo CNCCR, divide-se em duas sessões: “Não lhe façam mal, é apenas um louco…”, que decorreu durante a manhã, e “O Doente e o Cidadão”, que tem lugar a partir das 14h30.

Sob a coordenação de Manuel Sobrinho Simões e Rui Mota Cardoso, este iniciativa junta ao longo do dia especialistas de renome como Manuel Lousã Henriques, José Morgado Pereira, Ana Leonor Pereira, José Pacheco, João Arriscado Nunes, João Rui Pita e ainda Fernando Gomes.

De acordo com o fundador do banco BPI, “foi feliz a temática escolhida” no sentido em que “cidadania e república são temas indissociáveis e marcam profundamente aquilo que hoje se vai aqui tratar”. Nesta sessão de abertura foi ainda sublinhado o papel de várias personalidades da Psiquiatria como Júlio de Matos e Miguel Bombarda, entre outros.

Artur Santos Silva

Na sua intervenção, Artur Santos Silva destacou ainda que durante a Segunda República, os “indicadores da saúde deram um salto enorme”, tendo sido este “o sector mais bem sucedido”. Portugal ocupa agora uma das primeiras posições do mundo relativamente à baixa taxa de mortalidade infantil, pelo que o presidente da CNCCR espera que “não se perca muito do que se conquistou, mas que pelo contrário se continue a avançar.”

Foram também anunciadas as exposições “Corpo, Estado, Medicina e Sociedade na Primeira República” - que vai abordar a história da medicina e do poder e prestigio dos médicos – e “Corpo Transparente” – que vai incidir sobre a vida de Abel Salazar , “um grande cientista, professor de Medicina, artista plástico, pensador e escritor que tinha o espírito dos homens da Renascença”.


"Carla Sofia Flores"

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