O uso dos dinheiros públicos para beneficio próprio de políticos em cargos para os quais foram eleitos só não será um crime na republica das bananas. Por cá, apesar de todas as demoras, Fátima Felgueiras foi condenada a três anos e três meses de prisão, com pena suspensa durante esse período, por causa de uma falha de acerto de contas relacionadas com uma viagem à Irlanda e por uso indevido de um carro da autarquia numa deslocação ao congresso do PS. Em Inglaterra, Hazel Blears, secretária de Estado para as Comunidades e o Governo Local, é acusada de usar o dinheiro dos contribuintes para aprender castelhano. O ataque dos tories ao caso e o destaque dos media ingleses quanto a esta questão levam-me a pensar que:
1) os ingleses, apesar de corruptos, sempre aplicam as libras alheias na sua formação;
2) nós não damos assim tanto valor ao dinheiro. A senhora entretanto defende-se afirmando que tudo não passou de uma explicação de três horas da língua estrangeira para poder participar numa reunião. Não deixar passar nem um “me llamo Hazel” aprendido à custa dos contribuintes é uma forma de valorizar um recurso limitado e de proteger de quem paga.
‘Carla Hilário Quevedo’
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