Pelos meridianos imaginários viaja a noite sem medida e se infiltra o dia. Pelos mediterrâneos iluminados. Uma aragem sopra onde as bandeiras nas muralhas, onde os códigos, as malhas das fronteiras. Desde os confins da Terra sopra. Sobre os equadores de todas as divisas sopra, sobre os estritos dicionários, as praias restritas onde nada sobra. Faz-se ventania, clamor, vozerio sem letra e desigual e sem destino, que se desperdiça: nos paralelos do deserto, num parapeito de balcão. Nos paradeiros mais incertos, pelas margens opostas do paraíso.
Izacyl Guimarães Ferreira
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