segunda-feira, 12 de maio de 2008

BILRO

(Recordando amores)

Um a um, consumiram seus encantos.
Alguns, adormecidos no passado,
alguns envelhecidos pelo enfado,
do presente esquecidos outros tantos.

Alguns morreram cedo, amores santos,
outros foram malicia do pecado,
um chegou a ser céu, por Deus louvado,
sorrisos poucos para tantos prantos.

Mas seus amores todos foram musas,
as musas das ofertas, das recusas
e as musas que das musas lhe restaram.

Entediado com o tempo chilro
o poeta sentou-se, a fazer bilro
com os fios das lembranças que ficaram.

‘Ronaldo Cunha Lima’

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