quarta-feira, 14 de maio de 2008

CAMINHO PERDIDO

Se as noites envelhecessem,
se os meus olhos cegassem,
se os fantasmas dançassem
em blocos de neve
para que me ensinassem o caminho
por onde eu caminhei.
A cidade sem porta,
as ruas brancas da minha infância
que não voltam mais.
Se a minha mãe se abruma,
se o mar geme,
se os mortos não voltam mis,
se as matas silenciosas no recebem visitas,
se as folhas caem,
se os navios param,
se o vento norte apagou a lanterna,
eu tinha nas minhas mãos somente sonhos.
Eu tinha nas minhas mãos somente sonhos!

‘Manoel José de Lima – Manoel Caixa D’Água’

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