sábado, 17 de maio de 2008

LUZES

Apagados em luzes desdizemos os caminhos percorridos: escondemos as verdades e rimos da obviedade do medo. Estremecemos ódios e jogamos no lixo a história. Apegados às luzes duradouras das estrelas, permanecemos em sombras e apertamos contra o peito o tesouro: metal sonante e a lembrança da carta recebida em resposta. Apostamos a vida em derradeiros avisos. Afogados em luzes contraímos dívidas necessárias aos acordos. Acordamos cedo e no trabalho de voltar para casa ressonamos. Apaixonados em luzes descobrimos a dor e o extremo.

Pedro Du Bois

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