Cadê o azul, com que eu pintava sonhos,
e o verde, que enfeitava a minha crença,
e o vermelho das rosas, e a presença
do amarelo dos cravos mais bisonhos?
Cadê a cor das cinzas tão tristonhas,
efeitos do color da indiferença, cadê a cor sem cor da desavença, a preta, de meus medos mais medonhos?
Cadê o roxo, colorindo odores
das violetas, encantando amores,
cadê açor d paz, da despedida?
Cadê as cores dom jardim das flores,
e as colores gentis das outras cores
dos antigos painéis da minha vida?
‘Ronaldo Cunha Lima’
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