quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

A LENDA DO AMOR

Era uma vez, o amor…
Morava numa casa repleta de estrelas e enfeitada pelo sol. Luz não havia na casa do amor, afinal, a luz era o próprio amor. E uma vez o amor quis uma casa mais linda para si. Então fez a terra, e na Terra fez a carne, e na carne soprou a vida e na vida imprimiu a imagem de sua semelhança. E chamou a vida de homem.
E dentro do peito do homem, o amor construiu a sua casa, pequenina, mas palpitante, inquieta e insatisfeita como o próprio amor.
E o amor foi morar no coração do homem. E coube todinha lá dentro porque o coração do homem foi feito do infinito. Uma vez, o homem ficou com inveja do amor.
Queria para si a casa do amor, só para si. Queria a felicidade do amor, como se o amor pudesse viver só. Então o amor foi-se embora do coração do homem.
O homem começou então a tentar preencher o seu coração, encheu-o com todas as riquezas da Terra e ainda ficou vazio, ele sempre se sentia incompleto. E continuava se sentindo assim, não importando tudo o que ele já tinha de riquezas matérias.
Então, um dia, resolveu repartir o seu coração com as criaturas da terra. O amor soube... Vestiu-se de carne e veio também receber o coração do homem. Mas o homem reconheceu o amor e o pregou numa cruz.
E o homem continuou a derramar suor para ganhar a comida e voltou a se sentir sozinho e vazio. O amor, que sempre o amou muito, teve uma idéia para voltar ao coração dele, a sua casa: vestiu-se de comida, se disfarçou de pão e ficou quietinho...
Quando o homem ingeriu a comida, o amor voltou à sua casa, no coração do homem. E o coração do homem se encheu de plenitude.
Reflexão: permita que o AMOR se reinstale em sua morada, aceite-o em seu coração, divida-o com os outros seres humanos, veja-o nos semblantes dos seus semelhantes, não importando a sua cor, raça, credo ou condição social.
Você poderia ser feliz novamente.

‘Brígida Brito’

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