quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

BASE CIENTIFICA DE UM DIA COM MAIS DE 24 HORAS

Cientistas defendem que as alterações no movimento de rotação do planeta tem repercussões na própria duração dos dias, a uma escala de milissegundos. O movimento de rotação da Terra não é constante e varia sazonalmente. Nos meses de Janeiro e Fevereiro, o movimento de rotação do planeta abranda. Tal como observou ao “live Science”, David Salstein, cientista do Atmospheric and Environmental Research, o Inverno no hemisfério Norte tem uma forte influencia nas oscilações da velocidade da rotação da Terra. Nesta altura do ano, “os ventos são mais fortes”, justificou aquele especialista. Quanto mais fortes forem os ventos na região, maior é o chamado momento angular (velocidade angular x momento de inércia), fenômeno que descreve a rotação da Terra em torno do seu eixo. Para David Salstein, as alterações verificadas, em todo o mundo, ao nível da pressão atmosférica e os movimentos dos ventos associados a fenômenos como o “El Nino” são suficientes para que o seu efeito possa ser observado n medição da rotação do nosso planeta. Nos anos tingidos por “El Nino”, a rotação tende a abrandar, levando assim ao aumento da duração dos dias para um milissegundo (milésimo de segundo).
Depois de estudos e observações sobre as constantes oscilações do movimento de rotação da Terra e dos fenômenos atmosféricos, N. S. Sidorenkov, cientista russo do Hydrometereological Center, na Rússia, idealizou um modelo capaz de fazer a previsão do tempo através da constatação dos dados de rotação do planeta. Aquele cientista garantiu ser possível que este seu método se torne mais eficaz do que os atuais métodos de previsão meteorológica existentes.
A Terra está constantemente a acelerar e a desacelerar o seu movimento, acabando por alterar a própria duração dos dias. “Ensinaram-nos que o dia tem 24 horas, ou seja 86.400 segundo. Esta constatação é verdadeira, mas existem irregularidades ao nível dos milissegundos”, explicou David Salstein.
Existe pois uma relação entre o tempo e a rotação do nosso planeta. Mas, como é possível medir o movimento da Terra a uma escala tão ínfima? A forma mais freqüente de medir a velocidade da rotação é a utilização de múltiplos telescópios espaciais que observam, ao mesmo tempo, objetos astronômicos distantes. Também têm sido utilizados, frequentemente, satélites GPS e satélites geodésicos.

‘Jamarri Nogueira’

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