segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

O PRIMEIRO MÉDICO PARAIBANO

A caixa de botica, clister, cachete, emplastro, mesinha papa de pimenta, elixir, defluxo e escalda-pés.

1703 – o Conselho Ultramarino acolheu a solicitação do doutor de Coimbra, José Pimenta de Lacerda que ofereceu a El-Rei pra curar de medicina na capitania da Paraíba, Documentos do Arquivo Histórico Ultramarino de Lisboa foram colhidos e microfilmados para a UFPB pela professora Elza Régis.
O historiador Irineu Pinto revela que em 1709 o já referido conselho recebeu dos oficiais da Câmara comunicação de vexame que padeceu com a contribuição de 150 cruzados para pagar o médico.
Elza Régis nossa historiadora maior recolheu vários documentos semelhantes de 1768.
O Conselho Geral de Província pelo Presidente António Henriques de Almeida na sessão de 19 de Dezembro de 1932, daquele arremesso de Assembléia Legislativa apresentou ao Conselho Geral de Província a criação do lugar de Médico da Província.
O PRIMEIRO MÉDICO NO BRASIL
O primeiro médico a usar de suas faculdades no Brasil foi o físico e cirurgião de sua Alteza, Joanes Farás. Bacharel em Artes Medicina e que integrou a frota de Cabral em 1500 que saiu do Tejo a 9 de Março e passou 44 dias para pisar no solo brasileiro.
OS PRIMEIROS MÉDICOS FORMADOS NO BRASIL
Foram dois irmãos nascidos no Vale do Pianço, Manuel de Arruda Câmara em 1786 que se doutorou em Filosofia e Matemática em 1787 e em 15 de Agosto de 1791 em Medicina na Universidade de Montpeller.
O outro foi o seu irmão Francisco de Arruda Câmra, terminou o seu curso em 1791.
Representam assim os irmãos Câmara os primeiros paraibanos esculapio.
O EXERCICIO DA MEDICINA NA PARAIBA
Os primitivos médicos na Paraíba, exerciam as suas funções nos hospitais e atendimento ao domicilio.
Os facultativos, não possuíam consultório, o atendimento clinico era nas boticas, nome atribuído ás Farmácias e Drogarias, 505 dos medicamentos eram atendidos por aviamentos, execução sob receita, as boticas eram de pequena expressão e sob a direção de um farmacêutico ou pratico.
O ATENDIMENTO
O atendimento médico era marcado para o meio-dia, na botica, na entrada em um banco de madeira no tamanho do espaço lateral e as consultas eram realizadas abertamente á vista de todos sem cerimônia contando os seus achaques, muitos se apresentavam, com rodelas de tomate, cebola e alho, enrolados na cabeça, para aliviar as dores.
Á frente de todos, os médicos apalpavam e auscultavam.
Os casos mais íntimos eram levados ao fundo do quintal ou interior da botica para exames mais minuciosos, como toque retal ou uterino.
As crianças eram colocadas por cima do balcão em geral, sujavam o mesmo face á diarréia.
As receitas, eram manipuladas ns próprias boticas em forma de cachetes (comprimidos) ou liquido, muitas vezes à frente do paciente, com o almofariz.
Era comum os médicos receitarem laxantes e em casos graves aplicar clister (introdução introretal de liquido nos intestinos com canícula). No geral o pagamento era em troca de galinha ou alguma cuia de alimentos.
Aplicava-se a sangria par aplacar o sangue grosso ou usavam-se as sanguessugas (paralisia da família dos hiorudenius mordedor que suga o sangue).
Todo o medico possuía uma caixa de botica (maleta com medicamentos) para eventuais necessidades; o bom medico, possuía um cavalo bem arriado, capote, chapéu e riuna (bota); media-se a capacidade do medico, pela letra agarranchada (somente o boticário interpretava).
MEDICAMENTOS DA ÉPOCA
Fluxo-Sedtina, Óleo de Rícino, Emulsão de Scoot, Saúde da Mulher, Garopirina Hornos Vivos, Mitigal Pimenta Malaguete, banho a vapor, peia de fumo, para hemorróidas e emplastro nos peitos, para defluxo.

‘Arion Farias’

Sem comentários: