segunda-feira, 24 de março de 2008

ADOLF E AS BARATAS

Reza a lenda que em meados dos anos 20, século passado, um jovem chamado Adolf insistia em aprender piano com uma velha e boa professora num bairro classe media de Viena, apesar de notória falta de talento do aluno para a música.
Além de não conseguir avançar no aprendizado, o pior é que Adolf começava a falhar no pagamento. Mesmo assim, persistente que só ele, decidiu estudar até um dia aprender. Só lhe faltava dinheiro para honrar as mensalidades.
O problema foi contornado da seguinte forma: Adolf passou a caçar baratas na periferia onde morava, guardando-as numa caixa de sapatos que levava e discretamente abria, liberando as “bichinhas”, quando chegava à residência da professora.
Foi um horror. Apavorada diante da súbita aparição de tanta barata, a pobre mulher pediu ajuda até ao exercito austríaco, mas ninguém deu cabo de livrá-la de tamanho sofrimento.
Menos de duas semanas de convívio com as baratas, ela concluiu que se não exterminasse as baratas exterminariam com o seu oficio e clientela. O alunado já começava a minguar rapidamente.
Em meio a tanto aperreio, a professora descobriu que o menos promissor de seus discípulos mostrava-se solidário e, melhor ainda, solicito, oferecendo-se a todo momento para dar um fim àquele tormento.
- Mas como, meu rapaz, se nem o serviço público de dedetização conseguiu? E, suponho que você consiga, como poderia eu recompensá-lo pelo enorme bem que você me faria? Uiz saber a professora.
- Simples, professora: eu livro a senhora das baratas e a senhora me livra das mensalidades – propôs Adolf. O acordo foi prontamente aceito pela desesperada e inocente vítima.
A pobre nem de longe sonhava estar comprando uma facilidade a quem, traiçoeiramente, lhe arranjara tremenda dificuldade. E claro que as baratas sumiram porque o rapaz esperto deixou de levá-las, simplesmente.
UMA HISTORIA PUXA OUTRA
Lembrei-me ontem do episodio protagonizado por Adolf, que alguns anos mais tarde ficaria mundialmente famoso e conhecido também como Hitler, depois de recuperar um relato que me foi enviado há dois anos.
Segundo o narrador, houve uma reunião de autoridade no qual a autoridade maior corara empenho de seus auxiliares no sentido de estancar a serie de assassinatos cometidos por bandidos que o povo chamava de “matadores da moto preta”.
Não pensem, contudo, que o chefe estava preocupado com os crimes ou as vitimas. O que estava pegando mesmo, diziam encomendadas pesquisas, era o desgaste de imagem por conta da ação continuada e desenvolta dos facínoras.
Véspera da campanha eleitoral, aquilo estava afligindo muito o homem. Foi aí que destacados membros daquele circulo se apresentou como agente da solução esperada. Se o chefe lhe desse carta branca...
Naquele momento, os super poderes requeridos no foram delegados, até para não ferir suscetibilidades dos (então) superiores hierárquicos de quem se dizia pronto e capaz de “dar um jeito” na matança.

‘Rubens Nóbrega’

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