Meu sonho, leve, leve-o comigo
á procura do amor que não vivi,
do amor que um dia já esteve aqui
e aqui, no coração, ainda abrigo.
Na leveza do ser de amor antigo,
o meu sonho, sentindo o que senti,
traz esperança ao tempo que perdi,
fazes-me mais crente, e nessa crença eu sigo.
Sigo essa crença e sofro. Infelizmente,
o amor se cala e continua ausente,
como a querer lembrar de me esquecer.
Usa do comodismo reticente,
e o dúbio do “não sei” torna evidente
na sua leveza do não ser.
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