quarta-feira, 16 de abril de 2008

A ALMA E O ALVORECER

Os movimentos da natureza são fantásticos! São belos e, também pedagógicos. Podemos aprender muito com eles, se soubermos olhar ao nosso redor e contemplar a vida com os olhos de um aprendiz.
Os ritmos da vida são alternados em movimentos de luz e sombra. Sabemos que a existência não é uma eterna aurora. O sol que se ergue imponente, irradiando luz, se põe no horizonte oposto. Somos, invariavelmente, visitados pela escuridão. A questão crucial é: como lidar com o crepúsculo? O que podemos aprender com a face escura da vida?
Todos os dias, invariavelmente, o sol se levanta e se põe. Os movimentos da natureza são fantásticos. São poéticos e também pedagógicos. A trajetória do sol tem muito a nos ensinar: nada fica para sempre às escuras- haverá sempre um amanhecer.
Todos nós precisamos saber conviver com a escuridão momentânea. É exatamente na escuridão que aprendemos a valorizar a luz. Infelizmente, muitas vezes, só nos damos conta da benção de poder enxergar as coisas que estão diante dos nossos olhos quando as perdemos.
A solidão nos faz valorizar as companhias que nós desprezamos. As angustias nos fazem relembrar os dias de paz. Por isso mesmo, depois do crepúsculo vem sempre o crescimento interior. Aprendemos muito com o silencio das madrugadas frias, e com a solidão das noites quase intermináveis.
Precisamos de criatividade para vencer as noites escuras. De paciência, para aguardar o brilho da manhã. Da esperança, para vislumbrar novos horizontes.

‘Estevam Fernandes de Oliveira’

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