Envelhecer! Sentimos dia a dia
A idade aniquilar-nos lentamente,
É vermos um deserto à nossa frente
E atrás de nós, exausta, a poesia …
É ver fugir aos poucos a alegria
Que a vida nos trouxera antigamente;
É nem saber se acorda o sol ardente,
Quando a alma dorme escurecida e fria.
É começar a ter, nalguns instantes,
Saudades de alguém que fomos antes,
Viver lembrando aquilo que morreu …
É perguntar, em busca de conselho
Fugindo à voz fatídica do espelho,
A si mesmo e com medo: Quem Sou Eu?
(Pedro Homem de Mello)
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