terça-feira, 8 de abril de 2008

DORMIR É A MELHOR MEDICAÇÃO...

Parece incrível, mas 16% a 40% da população mundial sofre algum distúrbio de somo. Ao contrario do que se diz, não “perdemos” um terço de nossas vidas dormindo. Durante o sono, ocorrem importantes processos metabólicos, fundamentais à nossa saúde e bem estar. Quando nosso processo sono-vigília se encontra em desequilíbrio, verdadeiras catástrofes podem ocorrer a curto prazo, médio ou longo prazo.
Pessoas que dormem menos que o necessário; costumam ter menos vigor físico, e envelhecer mais precocemente, e estão mais propensas a infecções e a desenvolver doenças, como obesidade, diabetes e hipertensão arterial.
Ninguém é obrigado a dormir oito horas por dia. Cada um tem a sua necessidade de sono: uns dormem mais e outros, menos. Essa variação também tem a ver com sexo, idade e posição social. Por exemplo: adultos precisam, em média, de sete a oito horas de sono diárias; crianças, de nove a onze; e bebês e 16 horas ou mais de sono ao longo do dia.
A maioria das pessoas não conhece sua necessidade de sono nem sabe o quanto é importante respeitar essa necessidade.
A privação do sono, a longo prazo, pode comprometer seriamente a saúde, pois algumas das funções mais vitais do organismo só acontecem enquanto estamos dormindo, como a produção do GH (hormônio do crescimento), cujo nível mais alto de produção acontece durante o sono profundo. O GH ajuda a manter o tônus muscular, evita o acúmulo de gordura, melhora o desempenho físico, estimula o sistema imunológico e combate a osteoporose. Em suma, dormir ajuda a emagrecer e a rejuvenescer.
Outro hormônio que entra em ação durante o sono profundo é a melatonina, produzida pela glândula pineal. Primeiro, ela dá uma sensação de sonolência; depois reduz os ritmos cardíaco e respiratório, relaxa a musculatura e baixa a temperatura corporal. Então, a liberação do GH e da leptina (hormônio responsável por controlar a sensação da saciedade) atingem seu ápice, e o cortisol, que induz ao sono profundo, começa a ser liberado e continua sendo até o inicio da manhã, quando atinge o seu pico.
Dormir menos que o necessário pode causar diabetes: com a falta de sono, a insulina (hormônio que retira o açúcar do sangue) deixa de ser produzida adequadamente pelo pâncreas, a liberação de cortisol, que tem ação contrária à da insulina e é relacionado ao estresse, aumenta.
A curto prazo, dormir menos que o necessário pode provocar cansaço, sonolência durante o dia, irritabilidade, alterações repentinas de humor, perda de memória de fatos recentes, comprometimento da criatividade, redução da capacidade de planejar e executar, lentidão do raciocínio, falta de atenção e dificuldade de concentração... Se o desequilíbrio continuar, o quadro tende a se agravar e a pessoa pode entrar em um processo de perda de vigor físico, envelhecimento precoce, diminuição do tônus muscular e comprometimento do sistema imunológico, que levam a doenças como a obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares e gastrointestinais e perda crônica da memória.

Dicas para se ter um sono e qualidade:

1 - Evite café, chás (principalmente preto e mate, que contêm cafeína) e refrigerantes derivados de cola, pois são estimulantes.

2 - Evite dormir com a televisão ligada, pois isso impede que você chegue á fase de sono profundo, quando o hormônio do crescimento atinge o seu ápice de liberação.

3 - Mantenha o seu quarto sempre arejado e com boa circulação de ar. Quando for se deitar, certifique-se de que está bem escuro.

4 - Invista em um bom colchão, adequado ao seu peso e altura, em travesseiros confortáveis e em lençóis macios, de fibra natural, que permitem a transpiração.

5 - Procure ir se deitar sempre no mesmo horário, para criar uma rotina saudável.

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