quinta-feira, 10 de abril de 2008

VARANDA DE MENINAS

No beijo que me deste nessa despedida
Ficou o teu tempo todo concentrado
Parte da tua alma, toda a tua vida
Em luz sem presente fez-se só passado
Havia a varanda das belas meninas
Vendo os mascarados, mimos no passeio
Depois de atirarem muitas serpentinas
Que à casa ligavam árvores do meio
O meio que agora já só tem asfalto
E os fumos dos carros, feio e doentio
Onde uma sirene me traz sobressalto
E onde chega a névoa que sobe do rio
Foi encontro breve, como de rotina
Chamavam tarefas do teu dia-a-dia
No beijo voltaste como a ser menina

E a Morais Soares foi a da Alegria

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