Dor mamária (mastalgia) é a queixa mais freqüente das mulheres no consultório de mastologia. A sua prevalência chega a 70% das mulheres, se levarmos em consideração os diversos tipos e a intensidade do sintoma. A mastalgia pode ser classificada de acordo com a sua intensidade em leve, moderada e severa que influencia na qualidade de vida, repercutindo negativamente em termos sexuais, sociais e, de modo geral, nas atividades habituais da mulher.
Cerca de 11% a 15% dos casos de dor mamária se enquadram nos critérios de mastalgia severa. Felizmente, para a maioria das mulheres, a dor mamária é um pequeno desconforto, auto-limitado e não necessita de tratamento, apenas de orientação. A mastalgia também pode ser classificada como cíclica, quando ocorre e varia ao longo do ciclo menstrual, e não cíclica, quando não tem relação com o ciclo menstrual.
Fatores hormonais se interagem, levando á dor mamária. Suas causas mais comuns são, alterações funcionais benignas, ectasia ductal (dilatação dos ductos e estagnação da secreção nos mesmos) e o abscesso sub-areolar recidivante. Naquelas mulheres que estão no período puerperal, observamos o ingurgitamento mamário e a mastite, que são aspetos de um mesmo problema.
Como causas extra-mamárias relativamente freqüentes de mastalgia, temos as doenças reumáticas da coluna dorsal e nevralgia intercostal (dor entre as costelas).
Não podemos deixar de citar o uso do sutiã inadequado como causa de dor mamária.
Com relação ao câncer de mama, a dor ocorre somente em alguns casos, quando há disseminação tumoral para as costelas, processo inflamatório associado ou necrose do tumor.
O tratamento da mastalgia varia de acordo com a sua causa, podendo, como já foi dito, ser apenas uma orientação.
Apesar da maioria dos casos de dor mamária não refletir doença grave, é importante que a mulher procure o mastologista regularmente.
‘Débora Cavalcanti’
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