terça-feira, 1 de abril de 2008

A VOLTA

Venho de um sonho que sonhei contrito,
com desejos de vê-lo idealizado,
repasses de uma rua do passado
dos castelos de areia o mais bonito.

Venho do adeus, que sufoca meu grito
de menestrel do amor. Venho do fado
de ser vida de espaço limitado, confinado ao espaço a mim restrito.

Quero voltar à calma costumeira
e não mais ser espera, à vida inteira,
até quando me alcance o nada, o pó.

Mas volto, como volta um cão sem dono,
as sendas desoladas do abandono,
a mesma sina de ser triste e só!

‘Ronaldo Cunha Lima’

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