Venho de um sonho que sonhei contrito,
com desejos de vê-lo idealizado,
repasses de uma rua do passado
dos castelos de areia o mais bonito.
Venho do adeus, que sufoca meu grito
de menestrel do amor. Venho do fado
de ser vida de espaço limitado, confinado ao espaço a mim restrito.
Quero voltar à calma costumeira
e não mais ser espera, à vida inteira,
até quando me alcance o nada, o pó.
Mas volto, como volta um cão sem dono,
as sendas desoladas do abandono,
a mesma sina de ser triste e só!
‘Ronaldo Cunha Lima’
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