sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

‘DICIONÁRIO DE SILENCIOS’

De vez em quando, é preciso zerar, começar outra vez. Tateio caminhos, busco conquistas. Vou ali, já cheguei. A vida é mais longa como o engatinhar de um bebê e a viagem só se completa quando dançamos no coração da canção.
Sigo desvarios, encantadores. Vibro acompanhado a repetida queda de uma estrela e no são só minhas as emoções. Amo os espaços, a sombra das mangueiras, o mamão e o mel.
Admiro quem tem a capacidade de compreender, de viver o instante por fazer coisas simplesmente porque nunca as fez antes:
Desde se casar ou não casar, ter filhos ou não ter e ficar horas fazendo coisas que o coração manda.
Tardes lindas de Setembro, sombras de luz, jardins bem cuidados e livros de Dalai Lama pelo chão, como a convidar – vem pra cá para sê ver como é bom proporcionar. Saio logo da janela se quiser sonhar. Vem acordar.
Um dia todo par juntar mascaras e levar para ignorar mascarados, ir até o encanto dos astros, a estrela mãe, se apaixonar por ela, que vigia sem punir. Assim gostaríamos que a vida permanecesse: caminhando sobre passatempos, ate pelos tristes instantes que são superados.
Me desperdiço em silabas, letras e barateio o significado do que sinto. Sou como se o enorme espanto da existência, a dor e o amor, aterradores, não coubessem nos textos que escrevo.
Queria a condensação do dicionário de silêncios.
Uma jiló e um aperto na mão que afagarei. Que a palavra seja só significados, despida e inelutável.
Estou de pé sem precisar do despertador. Passo perfume ns mãos antes de sir de casa. Discreto e feio, penso nos adjetivos que vou usar nesta ou naquela manhã. Sou da legião dos advérbios. Às vezes superlativo! Eu costumo amar os superlativos. Mas por favor reticências...
Salve as mulheres e as exclamações!

“Kubitschek Pinheiro”

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