sábado, 19 de janeiro de 2008

O QUE É ÁGUA?

Comecemos pelo obvio. A água é composta de dois gazes – hidrogênio e oxigênio, sendo duas partes de hidrogênio e uma parte de oxigênio. Não tem cor (é incolor, transparente), não tem cheiro (é inodora), não tem sabor (é insípida), não tem forma própria e – como num milagre – pode ser encontrada nos estados liquido, sólido e gasoso. Só o elemento água é capaz de tal proeza. Sim, e não há vida onde não há água.
Vista de cima, da imensidão, a Terra é quase totalmente coberta por água. Na verdade, dois terços do Planeta Terra são cobertos por água. Mas é bom lembrar que 97 por cento dessa água é salgada e estão nos Oceanos e Mares. As grandes geleiras se constituem de 2 por cento de toda a água do Planeta, e apenas 1 por cento é água doce – e se presta ao consumo humano.
Alem disso, a quantidade de água disponível nos dias de hoje, em todo o Planeta, é a mesma na Terra. Mas o consumo cresce de forma desenfreada. Temos cada dia mais pessoas e mais animais que precisam de água para viver. As grandes plantações aumentam, como aumentam as industrias – e todos precisam de água.
Os mais antigos filósofos gregos já afirmavam que tudo provem da água. Nos dias actuais, a ciência tem, por sua vez, demonstrado que a vida se originou na água, e que ela constitui a matéria predominante em que todos os corpos vivos.
Por mais que tentemos, não somos capazes de imaginar um tipo de vida em sociedade que dispense o uso da água para beber e cozinhar; para a higiene do lar e das cidades; para uso industrial, irrigação das plantações, geração de energia, navegação, transporte de detritos...
Os mais belos cenários da Terra, agradáveis aos sentidos, à imaginação, ao repouso, e convidativos ao lirismo, não podem deixar de ter água na sua composição, geralmente como fundo principal: as ondas do mar, as cachoeiras, os regatos, a neve sobre as montanhas. Os lagos espelhados, a chuva caindo sobre a mata. Mas não só isso.
Finalmente, as águas constituíram, sempre, o elemento que possibilitou a descoberta de novos mundos: o Caminho para as Índias e para a América, a passagem de Magalhães, a penetração pelos continentes. Foram os rios que permitiram o desbravamento do interior brasileiro, pelos bandeirantes, e a ampliação do território nacional brasileiro, e de outras nações.
Apesar disso, poucos de nós tem dedicado sua atenção à origem, ás propriedades peculiares e à distribuição cíclica desse interessante e indispensável elemento da natureza. Talvez por ser muito abundante, ele se tornou tão banal que sua presença – embora indispensável – não nos chama muito a atenção.
Ao prepararmos um bolo, ao fazermos a argamassa para uma construção ou mesmo uma composição química ou farmacêutica, preocupamo-nos com a natureza e as particularidades de cada um dos componentes da receita, mas a água... é a água, simplesmente. Ninguém se preocupa com isso.
No entanto, quão rico de ensinamentos e de originalidades é esse elemento que nos cerca por todos os lados e que utilizamos a cada momento de nossas vidas.
De certa forma, tinham razão os sábios gregos: o estudo das águas nos revela muito da natureza do Mundo e do Universo. Muitas das propriedades da vida são elucidadas pela compreensão das características físicas da água.

- “José Euflávio” -

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