sábado, 19 de janeiro de 2008

DORMIR É A MELHOR MEDITAÇÃO

Parece incrível, mas 16 a 40% da população mundial sofre algum distúrbio de sono. Ao contrario do que se diz, não “perdemos” um terço de nossas vidas dormindo. Durante o sono, ocorrem importantes processos metabólicos, fundamentais à nossa saúde e ao bem-estar. Quando nosso processo sono-vigilância se encontra em desequilíbrio, verdadeiras catástrofes podem ocorrer a curto prazo ou longo prazo.
Pessoas que dormem menos que o necessário costumam ter menos vigor físico e envelhecer mais precocemente, e estão mais propensas a infecções e a desenvolver doenças, como obesidade, diabetes e hipertensão arterial.
Ninguém é obrigado a dormir oito horas por dia. Cada um tem a sua necessidade de sono: uns dormem mais e outros menos. Essa variação também tem a ver com sexo, idade e posição social. Por exemplo: adultos precisam, em media, de sete a oito horas diárias de sono, crianças, de nove a onze horas, e bebes, de 16 horas ou mais de sono aao longo do dia.
A maioria das pessoas não conhece a sua necessidade de sono nem sabe o quanto é importante respeitar essa necessidade.
A privação do sono, a longo prazo, pode comprometer seriamente a saúde, pois algumas das funções mais vitais do organismo só acontecem enquanto estamos a dormir, como a produção do GH (hormônio do crescimento) cujo nível mais alto de produção acontece durante o sono profundo. O GH ajuda a manter o tônus muscular, evita o acumulo de gordura, melhora o desempenho físico, estimula o sistema imunológico e combate a osteoporose. Em suma, dormindo ajuda a emagrecer e a rejuvenescer.
Outro hormônio que entra em ação durante o sono profundo é a melatonina, produzida pela glândula pineal. Primeiro, ela dá uma sensação de sonolência; depois reduz os ritmos cardíaco e respiratório, relaxa a musculatura corporal. Então, a libertação de GH e da leptina (hormônio responsável por controlar a sensação de saciedade) atingem seu ápice, e o cortisol, que induz ao sono profundo, começa a ser libertado e continua sendo até o inicio da manhã, quando atinge o seu pico.
Dormindo menos que o necessário pode causar diabetes; com falta de sono, a insulina (hormônio que retira o açúcar do sangue) deixa de ser produzido adequadamente pelo pâncreas e, ao mesmo tempo, a liberação de cortisol, que tem ação contrária à d insulina e é relacionado ao estresse, aumenta.
A curto prazo, dormir menos que o necessário pode provocar cansaço, sonolência durante o dia, irritabilidade, alterações repentinas de humor, perda de memória de factos recentes, comprometimento da criatividade, redução da capacidade de planejar e executar, lentidão do raciocínio falta de atenção e dificuldade de concentração... Se o desequilíbrio continuar, o quadro tende a se agravar e a pessoa pode entrar em um processo de perda do vigor físico, envelhecimento precoce, diminuição do tônus muscular e comprometimento do sistema imunológico que levam a doenças, como obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares e gastrointestinais e perda crônica da memória.

- “ Lair Ribeiro” -

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