sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

“E AÍ, AMIZADE?”

Sejam de fé, do peito ou batutas, amigos nunca foram tao importantes na vida como hoje.
Imagine escolher uma frase, entre as milhares que já foram escritas, para definir a mais celebrada relação que existe na face da terra. Uma frasezinha apenas, um único conjunto de palavras que possa transmitir o que é a amizade.
Dos pára-choques de caminhão aos filósofos gregos, dos ditados populares a Shakespeare, achei uma delas, muito singela e capaz de dar a exata dimensão desse amor fraternal. Ela foi escrita por um autor norte-americano de ficção cientifica, Ray Bradbury. Disse o escritor que : “A amizade é uma casa com uma luzinha na varanda.”
Bonito não? Em poucas palavras, ele passa a sensação de aconchego, calor, carinho e alegria que pode estar presente na amizade. Isto é, por mais escura que a noite possa parecer, a luminosidade acolhedora desse sentimento estará sempre aguardando a nossa chegada.
Ao abrigo dos amigos podemos tirar a fantasia, a máscara, armadura, apus e pedras e nos mostrar vulneráveis, frágeis, cheios de defeitos. E perceber que ainda assim somos aceites. Existe bem tão precioso quanto tão raro e ao mesmo tempo tão aguçado e agressivo como a amizade de hoje?
A amizade é o relacionamento que tem mais a cara do nosso tempo, ou talvez mais ainda do futuro. Livre, aberta, democrática, el nos convida ao exercício, do outro exatamente como ele é. Na maioria dos mitos há um companheiro que ajuda o herói a cumprir a missão da sua vida.
Dá para pensar em “Salsicha sem Scooby-Doo” ou Zé Colméia sem Catatau”?
Não, não é, um complementa o outro.

Molina Ribeiro

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