sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

AMORÉRIO

Minha alma vestida em verdadeiro trauma
Cada ponto que eu traço é um beijo jogado em vão
Cada vôo mais alto, mais duro é provar o chão
Meu amor de viver é tão grande
É um desafio a toda a minha calma
Meu amor é grande, bem maior que eu
Amar, eu preciso amar tudo
Amar o que eu penso e o que não penso
E quem sabe até deixar sobrar amor pra mim também

Tanto mor disparado a todo instante
Quem bem sabe o bem de minh’arma se expões e ainda mostra o peito
E quem usa o arsenal de minh’alma por mim tem o maior respeito
Tanto amor amado à toa é minha Hiroshima sem saber aonde explodir
Explode em meu peito e os cacos de mim, se atirados ao Ponto Cem Reis
Que sejam restos de feira ou dados do Ibope no chão
Mas serão amor-primeira-pgina

Meu amor, se exposto em out-door gigante
Fatalmente será confundido com slogan de refrigerante
Se falado no rádio parece põem de poeta louco
Meu mor, se visto em filme, só será aplaudido na morte do bandido
Se for bem sangrenta e arrancar do cinema
Aplausos e risos de quem consegue
Ter ódio ns veias e sangue na boca
E ninguém vai ver meu filme de amor

Amar demais até parece mal
Mas nenhum outro mal me faz tão bem!!!

‘Adeildo Vieira’

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