Quem guarda dentro de si o que é velho, não dá lugar ao novo.
Basta que você observe como se sente diante do seu guarda-roupa cheio de roupas usadas e que talvez nem lhe sirvam mais. Se deixá-las lá, não terá coragem de lá colocar novas, pois ficarão socadas... amassadas e sem o vigor de NOVO.
Assim é o nosso processo mental; é preciso retirar, enfraquecer e rever registros antigos para poder assimilar verdades e conceitos novos. Porque as pessoas mudam, muda-se o mundo. E devemos começar pelo nosso mundo interior. É evidente que qualquer mudança parte inicialmente de um QUERER. Ninguém muda se não quiser.
Ao ativar o “Querer” para mudanças, é preciso compreender que elas não são impossíveis, embora possam ser difíceis. Aprendemos na escola Matemática, Física, Química, Geografia, mas nada sobre o que conduz as nossas emoções, pensamentos e ações: PROCESSO MENTAL. Começamos a nossa interação com o mundo através dos olhos da mãe ou daquele nos criou. Desse modo, adquirimos aprendizados que geram “verdades”, valores, gostos e que, por sua vez, provocam emoções e sentimentos.
No decorrer da nossa formação, raramente paramos para perceber se tudo o que foi colhido nesse aprendizado tem relação de verdade com nossa essência (alma). Até porque muito do que aprendemos é somente subsidio para o nosso desenvolvimento.
O problema consiste em, quando já adultos, continuamos aceitando aquelas informações como verdades e permitindo que permaneçam agindo em nós. Normalmente isso ocorre por ACOMODAÇÃO ou por FALTA DE CORAGEM PARA MUDAR diante das cobranças culturais ou também, e sobretudo, pela falta de AUTO_CONHECIMENTO.
Quando isso acontece, sentimos desconforto, tristeza, angustia existencial, porem não conseguimos identificar a causa e nem perceber que “aqueles valores” não são mais funcionais, são parte do passado que é, sem duvida, imutável e não mais nos pertence.
De que adianta falar, lembrar, contar, imaginar, pensar ou lamentar fatos acontecidos?
Cada vez que retomamos ao que passou, estamos reforçando o que é velho, e já é passado. Com isso não permitimos o NOVO.
Então, não guardar o velho dentro de nós é evitar remover o que passou e sentir a vida na sua plenitude a cada momento. A VIDA É NOVIDADE.
Basta prestar atenção à natureza e perceberemos que nela nada se repete: as ondas do mar têm movimentos sempre com forças diferentes... a brisa sopra em várias intensidades... a planta, que anoitece em botão, amanhece em flor... o Sol sempre se apresenta com variações no seu brilho e calor... as estrelas e a Lua brilham ou escondem-se conforme o movimento das nuvens... Enfim, a natureza é uma constante festa de novidades.
O passado é somente registro, é memória e dele deve ser usado unicamente o que faz funcionalidade da nossa vida de hoje. O futuro não nos pertence, ele deve ser somente perspectiva com finalidades e objetivos, porem sem ansiedade e sem medo.
O HOJE É VERDADEIRAMENTE NOSSO!
‘Marilda Zamboni’
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