É próprio do modelo capitalista, ter instantes de crises.
São tumultos que colocam em xeque a capacidade de reagir d chamada economia de mercado.
Hoje, por exemplo, o mundo de desenho liberal está envolto numa atmosfera de instabilidade econômico-financeira.
E a matriz desta situação é a dificuldade vivida pelo setor imobiliário dos Estados Unidos da América.
Analistas internacionais, todavia, apontam o BRIC – Brasil, Rússia, Índia e China, os novos tigres emergentes, como a opção capitalista, ou melhor, a âncora liberal, para o enfrentamento do trauma no universo da liberdade de mercado.
Assim, esses quatro países vão segurar a ponta da corda próxima de ser rompida.
Como bem observa Kenneth Rogoff, ex-economista-chefe do Fundo Monetário Internacional e professor da Universidade de Harvrd: “Estes quatro países são hoje, inquestionavelmente a força mais dinâmica da economia global. Graças à emergência deles – continua o mestre norte-americano – o crescimento potencial do planeta é bem superior ao de duas décadas atrás.
Correta, sem duvida, a interpretação do economista e professor daquela famosa universidade.
O peso dessas nações é fantástico, bastando lembrar, de inicio, que elas representam um ativo consumidor em torno de 3 bilhões de bocas.
Alias, este fenômeno de enfrentar as turbulências de mercado, com a inserção de novos agentes econômicos, já foi, desde 1848, pressentido por Karl Marx e Friedrich Engels, quando escreveram o “Manifesto Comunista”, apontando a mobilidade que têm os empresários da iniciativa privada, quando procuram novas fronteiras, em todo o globo, capazes de garantirem os seus lucros.
Assim, dentro desta linha de raciocínio, é oportuno lembrar o ensinamento de Deng Xiaoping um socialista utópico e um capitalista pragmático quando filosofa macroeconomicamente: “A pobreza não tem nada de socialismo. Ser rico é glorioso”
Marx e Engels morreram sem conhecer esta máxima.
‘Paulo Gadelha’
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